Cerca de 1.600 pessoas são retiradas da região. Maioria estava em campings. Alemão que acompanhava grupo de escolares num acampamento está desaparecido.
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Um temporal causou nesta quinta-feira (09/08) inundações no sul da França. Cerca de 1.600 pessoas tiveram que ser retiradas de três regiões. A maioria delas estava em campings.
Segundo o ministro francês do Interior, Gerard Collomb, Gard foi a região mais atingida, onde 119 crianças, a maioria da Alemanha, foram resgatadas de um camping em Saint-Julien-de-Peyrolas. Somente em Gard, cerca de 750 pessoas foram socorridas.
Um alemão, de 70 anos, que acompanhava as crianças, está desaparecido. Seu trailer foi levado pela correnteza e encontrado destruído. Autoridades disseram que não há certeza de que ele estava no veículo. Quatro crianças alemãs tiveram que ser hospitalizadas com hipotermia. Outras seis pessoas tiveram ferimentos leves.
Mais de 400 bombeiros, muitos de outras regiões, ajudaram nas evacuações, que contaram com o apoio de helicópteros para localizar os acampamentos e auxiliar nos resgates. As autoridades adiantaram que a água levará algum tempo para recuar e pediram que as pessoas se mantenham vigilantes.
Várias regiões no centro e sul da França estão em estado de alerta por risco de enchentes. Após semanas de temperaturas elevadas, fortes tempestades atingiram o país nesta quinta-feira. Cerca de 17 mil pessoas no sudoeste e noroeste estão sem energia elétrica e diversas estradas estão interrompidas.
Há semanas a Europa enfrenta uma onda de calor. Na França, mais da metade do país estava em alerta laranja, por "situações perigosas por fenômenos incomuns, como altas temperaturas, que podem causar danos às pessoas". Autoridades recomendaram evitar a exposição ao sol nos horários mais quentes do dia.
As temperaturas elevadas e o tempo seco causaram ainda incêndios na Suécia, em Portugal, na Espanha, e na Grécia, onde ao menos 91 pessoas morreram.
CN/afp/dpa/ap
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As temperaturas em meados de 2018 surpreendem os europeus: de quase 48 graus em Portugal a verão recorde de 260 anos na Suécia. Apesar das chuvas escassas por toda parte, há também quem se divirta.
Foto: Getty Images/AFP/T. Schwarz
Portugal: É bom estar na sombra...
Num banco de parque em Lisboa, este cidadão aproveita o calor do sol. E tem havido bastante em Portugal, pois a Península Ibérica recebe as ondas quentes vindas do Norte da África. Até o momento, o recorde de temperatura está com Amareleja, no sul: 47,4°C. Porém também em outras partes do país vigora o alerta vermelho.
Foto: Getty Images/AFP/P. de Melo Moreira
... mas melhor ainda estar na água
Fontes, como esta na praça do Rossio, na capital, oferecem bem-vindo alívio do verão inclemente. Além das temperaturas elevadas, Portugal é alvo de nuvens de areia oriundas do deserto do Saara, tingindo o céu de amarelo escuro em alguns locais.
Foto: Getty Images/AFP/P. de Melo Moreira
Espanha: Perigo de vida
Na vizinha ibérica Espanha, o mercúrio está igualmente em alta, e foram expedidas advertências sobre os perigos para a saúde. No fim de julho, pelo menos três pessoas morreram por complicações relacionadas ao calor excessivo. Este homem de Madri segue os conselhos das autoridades: abrigar-se do sol e beber muito líquido.
Foto: picture-alliance/AP Photo/F. Seco
Itália: Proteção a todo custo
Parece uma cena de chuva, mas é justamente o contrário: um grupo de turistas se protege do sol na Praça de São Pedro, no Vaticano. Apesar das altas temperaturas na Itália, o fluxo de visitantes à cidade-Estado, sede da Igreja Católica, permanece miraculosamente intenso.
Foto: Reuters/M. Rossi
Problema de longa data
As fontes de Roma são numerosas e belas, e uma das grandes atrações turísticas da capital italiana. Na hora do aperto, porém, qualquer fio d'água serve como salvação. Apesar de 2018 ser um ano extremo, ambientalistas lembram que na península as ondas de calor são um problema de longa data: nos últimos 11 anos quase 24 mil morreram na Itália em decorrência de temperaturas veranis excessivas.
Foto: Reuters/M. Rossi
Alemanha: Pouca chuva e castigo solar
Apesar de sua posição setentrional no continente europeu, também a Alemanha tem sofrido temperaturas inusualmente altas, acompanhadas por muito menos chuva do que o normal. Os agricultores solicitaram ajuda governamental para compensar as safras perdidas.
Foto: Getty Images/AFP/T. Schwarz
Paisagem desértica?
O calor fez o nível da água no rio Reno cair dramaticamente, expondo trechos de seu leito – como aqui, em Düsseldorf. Embarcações de transporte estão sendo forçadas a reduzir suas cargas, a fim de não correr o risco de encalhar.
Foto: Reuters/W. Rattay
Áustria: Moda veranil para cães policiais
Na capital austríaca, Viena, o asfalto ficou quente demais para as patas dos cães policiais. A solução não se fez esperar: sapatos feitos sob medida para os agentes caninos da lei. Pelo menos o cão da foto, chamado "Spike", parece ter se adaptado rapidamente a essa moda de verão.
Foto: picture-alliance/Keystone
Inglaterra: Perigo de incêndio nos parques
Na ilha britânica normalmente conhecida por seu clima frio e chuvoso, o verão inusitadamente longo deu cabo de muitos gramados e jardins, como o Greenwich Park de Londres. O Corpo de Bombeiros alerta que parques e outras áreas gramadas se transformaram em verdadeiros palheiros, e o perigo de incêndio é grande, após um julho que foi o terceiro mais quente no Reino Unido em mais de um século.
Foto: Getty Images/AFP/D. Leal-Olivas
Frescor líquido em Londres
Porém mesmo no centro da capital há onde buscar alívio, como nesta fonte da Trafalgar Square. Uma vítima do calor é o comércio londrino: segundo a firma de contabilidade BDO, as vendas no varejo caíram 1,1% em julho. "O calor escaldante não encorajou as compras físicas e dificultou a frequência às lojas."
A nórdica Suécia teve seu julho mais quente em 260 anos. As altas temperaturas propiciaram incêndios florestais que se estenderam até o Círculo Ártico. Na capital Estocolmo, por outro lado, esses habitantes urbanos estão dispostos a ver o tempo quente como um presente de férias, indo nadar no parque Tantolunden.