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Tentativa de cessar-fogo fracassa após dia violento na Faixa de Gaza

20 de julho de 2014

Cruz Vermelha tentou trégua de duas horas para retirar vítimas de bombardeio em Shajaya. Com ao menos cem mortos, conflito entre Hamas e Israel teve dia mais intenso. Em Doha, Ban Ki-moon tenta negociar a paz na região.

Foto: AFP/Getty Images

A tentativa de um cessar-fogo humanitário de duas horas neste domingo (20/07) entre Hamas e Israel, intermediada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, fracassou. A trégua durou menos de uma hora. Segundo Israel, o Hamas abriu fogo contra militares israelenses, e o Exército de Israel retomou as operações militares na Faixa de Gaza.

A trégua foi negociada para que equipes médicas pudessem chegar em Shajaya, na periferia da cidade de Gaza, onde um violento bombardeio deixou dezenas de mortos e centenas de feridos. Pelo menos 87 palestinos e 13 soldados israelenses morreram neste domingo, o dia mais violento desde o início do conflito no dia 8 de julho.

Somente no bombardeio em Shajaya, mais de 60 palestinos morreram e mais de 400 ficaram feridos. Questionado sobre os ataques, o Exército israelense afirmou que há dois dias moradores receberam um alerta, avisando que eles deveriam abandonar suas residências.

No entanto, o Hamas já havia pedido que os palestinos ignorassem os alertas de Israel e permanecessem em suas casas.

Operação ampliada

Israel também anunciou a intensificação da ofensiva terrestre em Gaza para impedir que militantes do Hamas continuem lançando mísseis em seu território. "Nesta noite, a fase por terra da Operação Margem de Proteção será ampliada. Forças adicionais se juntam ao esforço para combater o terrorismo na Faixa de Gaza e estabelecer uma realidade, na qual os moradores de Israel possam viver com segurança", declarou um comunicado do Exército.

Mais de 130 mil palestinos deixaram a Faixa de GazaFoto: Reuters

Mais de 425 palestinos já morreram desde o início do conflito, pelo menos 112 eram crianças. Além disso, mais de 130 mil palestinos já deixaram a região e outros 81 mil estão refugiados em escolas administradas pela a Agência da ONU de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

Ajuda internacional

Ainda neste domingo, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, iniciou pela capital do Qatar sua viagem de mediação para tentar negociar o fim do conflito entre Israel e Hamas, que já dura 13 dias. Com o mesmo objetivo, Ban deve seguir também para o Kuwait, Cairo, Jerusalém, Ramallah e Amã.

Ainda em Doha, Ban Ki-monn irá se encontrar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e com o líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal, para tentar estabelecer a paz em Gaza.

CN/rtr/afp/dpa/ap

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