Apesar de maior preocupação ao longo dos anos, pais e mães podem ser compensados com vida mais longa. Conclusão é de pesquisa que analisou dados de mais de 1,4 milhão de pessoas que vivem na Suécia.
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Ter filhos não é uma tarefa fácil e exige certa coragem. Mas aqueles que sobrevivem às noites em claro, às birras de crianças e ao mau-humor de adolescentes podem viver mais do que pessoas que optaram por não tê-los, revelou um estudo do Instituto de Medicina Ambiental de Estocolmo, na Suécia.
Pessoas que tiveram filhos vivem cerca de dois anos a mais em comparação às que não deixaram herdeiros, afirmou o estudo publicado nesta terça-feira (14/03) na revista especializada Journal of Epidemiology & Community Health.
Para o estudo, pesquisadores analisaram dados sobre a longevidade de mais de 1,4 milhão de homens e mulheres nascidos entre 1911 e 1925 e que vivem ou viveram na Suécia. A análise levou em conta ainda informações sobre estado civil e número de filhos.
O estudo concluiu que homens e mulheres com pelo menos um filho tinham menos riscos de morte do que aqueles que não tiveram descendentes. "Aos 60 anos, a diferença na expectativa de vida foi de dois anos para homens e 1,5 ano para mulheres", acrescentou.
Aos 80 anos, pais tinham uma expectativa de vida restante de sete anos e oito meses, enquanto homens sem filhos tinham apenas sete anos. Para as mulheres nesta idade, a expectativa remanescente para as mães era de nove anos e seis meses, em comparação aos oito anos e 11 meses das que não deixaram herdeiros.
Os pesquisadores reconhecem que não podem concluir veemente que ter filhos é a causa para o aumento da expectativa de vida, mas eles acreditam que é um dos fatores para isso. O estudo pondera que filhos podem trazer benefícios sociais, além do suporte financeiro, aos pais quando eles estiverem mais velhos.
Outra possibilidade apontada para essa diferença pelos pesquisadores seria devido a um possível estilo de vida mais saudável seguido por pessoas com filhos.
A relação entre longevidade e filhos foi identificada tanto entre pais casados quanto em pais solteiros. O sexo das crianças não se confirmou como um fator relevante para aumentar a expectativa de vida.
CN/afp/ots
Drones lançam novo olhar sobre a Grande Barreira de Corais
Imagens de robôs voadores contribuem para a ciência e também para a preservação ambiental. A DW mostra fotografias aéreas fascinantes do maior recife de corais do mundo.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Visão ampla para a ciência
Durante o seu trabalho, a pesquisadora ambiental Karen Joyce pode apreciar uma bela vista da vida marinha na Grande Barreira de Corais, na Austrália. Esta fotografia mostra a Ilha de Heron. No canto inferior direito da imagem podem ser vistos os corpos achatados de duas arraias.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Missão de descobrimento
Joyce envia seu robô voador a uma missão previamente programada. Ela opera o drone com um controle remoto e um computador. As imagens tiradas pelo aparelho eletrônico podem ser baixadas após a missão. Esta mostra a parte sul do recife de Heron e o mar aberto em direção ao recife de Wistari.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
A natureza como artista
A Grande Barreira de Corais reúne diferentes habitats marinhos. Esta imagem mostra corais e algas em frente à Ilha de Heron, vistos de uma altura de 20 metros. A transmissão ao vivo daquilo que o drone avista é mostrada no computador de Joyce, porém somente em baixa resolução.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Tubarões a uma distância segura
Na parte esquerda da imagem pode-se ver tubarões nadando no canal da Ilha de Heron. Já no lado direito, nota-se a densa presença de corais. Para Joyce, a tecnologia do drone oferece a grande vantagem de poder monitorar regiões perigosas ou de difícil acesso. Isso permite aos cientistas estudar áreas muito maiores do que por meio do snorkeling ou mergulho.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Informações em alta resolução
Com a ajuda de drones, cientistas podem obter imagens muito mais detalhadas do que as fornecidas por um satélite. Esta imagem mostra um mosaico em alta resolução formado por centenas de fotos do recife de Heron tiradas pelo drone de Joyce.
Foto: Karen Joyce/James Cook University
Proteção necessária
A Grande Barreira de Corais sofre com o branqueamento. Neste fenômeno, os corais expulsam as algas, com as quais vivem em simbiose e que lhes dão suas cores características, e morrem. Pesquisadores como Joyce poderiam ajudar a descobrir o que está por trás do branqueamento. Cientistas acreditam que a principal razão seja o aumento das temperaturas das águas causado pelas mudanças climáticas.