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Termina a "Fórmula Ferrari 2004"

Arnulf Boettcher / Geraldo Hoffmann24 de outubro de 2004

Na temporada deste ano da Fórmula 1, a equipe italiana com Michael Schumacher e Rubens Barrichello não teve adversários. Novas regras da FIA podem mudar isso no ano que vem?

Foto: AP

Bem antes do Grande Prêmio de São Paulo, neste domingo (24/10), os vencedores da temporada de 2004 na Fórmula 1 já estavam definidos: a Ferrari e Michael Schumacher. Na classificação geral dos pilotos, Rubens Barrichello ficou em segundo lugar no ano.

Para os menos aficcionados do automobilismo, as notícias sobre o domínio esmagador da escuderia italiana e seu piloto alemão chegaram a ser entediantes. A Ferrari ganhou pela sexta vez consecutiva o campeonato mundial da construtoras.

Mesmo somando os pontos, a Williams-BMW e McLaren-Mercedes, só atingem pouco mais da metade dos pontos da Ferrari, mas ainda perdem para a BAR-Honda e Renault. Por isso, a direção das construtoras alemãs não vê qualquer sentido em falar de rivalidade entre Munique e Stuttgart. „Foi uma temporada dificil“, constata Mario Theissen, diretor de automobilismo da BMW.

Schumacher: colecionador de recordes

Michael Schumacher comemora seu sétimo título mundial no GP da Bélgica (29/08/04)Foto: AP

Michael Schumacher sagrou-se campeão pela sétima vez na 14ª corrida do ano, no GP da Bélgica, onde há treze anos iniciou sua fulminante carreira, reescrevendo a história da Fórmula 1. Ele acumunha os recordes de títulos mundiais, vitórias, pontos, voltas mais rápidas, quilômetros de liderança etc., mas ainda não está satisfeito. Pelo menos até 2006, pretende continuar se superando.

Enquanto isso, o futuro da Fórmula 1 parece nebuloso. A Ford abandona o esporte e, por motivos financeiros, retira os carros da subsidiária Jaguar das pistas. Isso pode significar também o fim das pequenas equipes Minardi e Jordan, cujos motores são fornecidos pela Cosworth, parceira da Ford.

Para salvar a Fórmula 1, as equipes mais fortes provavelmente terão de correr com três carros nos próximos anos, o que, apesar da redução de custos exigida pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), representaria mais gastos.

Mas ainda há esperanças: o Emirado de Dubai pretende montar uma equipe própria de Fórmula 1 até o ano 2006, possivelmente, com motores das Mercedes-Benz. Igualmente a Midland F1, da Inglaterra, quer integrar a nata do automobilismo.

Independentemente dos problemas financeiros, a temporada de 2005 deverá ter 19 corridas. Uma novidade no programa, a ser oficilizado em 10 de dezembro próximo, é o GP da Turquia, no dia 21 de agosto, perto de Istambul.

Calendário de 2005

Ralf Schumacher (d) troca BMW-Williams pela Toyota em 2005Foto: AP

A temporada do próximo ano começa no dia 6 de março em Melbourne e termina em outubro com o GP da China, que teve sua estréia este ano em Shangai. Os Grandes Prêmios em Magny-Cours, Silverstone e Ímola ainda são incertos, devido a problemas de contrato.

Apesar de registrar uma queda de público, a Alemanha novamente sediará duas corridas: o GP da Alemanha em Hockenheim e o GP da Europa no circuito de Nürburg, região das montanhas Eifel, onde Ralf Schumacher já estará pilotando um Toyota.

Depois de cinco anos na BWW-Williams, o irmão menor do heptacampeão Michael, passa para a equipe japonesa sediada em Colônia. Incerto ainda é o futuro dos outros dois pilotos alemães – Nick Heidfeld e Timo Glock – da ameaçada Jordan.

Protestos contra novas regras da FIA

GP da Alemanha em HockenheimFoto: AP

Na última sexta-feira (21/10), a Federação Internacional de Automobilismo anunciou um pacote de mudanças para as próximas temporadas, visando cortar gastos, aumentar a competitividade e a segurança na Fórmula 1.

A partir do próximo Mundial, um mesmo motor terá que durar duas corridas, incluindo todos os treinos oficiais, e não apenas um, como hoje. As equipes deverão usar o mesmo jogo de pneus para os treinos de classificação e a corrida. Pneus de borracha mais dura e mudanças na aerodinâmica dos carros (aumento da asa dianteira e diminuição do aerofólio traseiro) devem reduzir a velocidade nas curvas.

Nas corridas de 2006, as equipes grandes terão que diminuir a potência dos motores, usando propulsores V8 de 2,4 litros, em substituição aos atuais V10 de 3 litros. Até 2008, todas as equipes terão que fazer a modificação.

Os diretores esportivos da BMW, Mercedes e Honda resistem às mudanças e não descartam a possibilidade de recorrer à justiça para derrubar pelo menos a regra que diz respeito à diminuição da potência dos motores. Na próxima semana, eles pretendem definir uma linha comum para enfrentar a FIA.

O campeão mundial Michael Schumacher disse que "as novas regras vão na direção certa. Há uma série de medidas bastante razoáveis, mas outras que eu faria diferente, se tivesse possibilidade".

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