Terremotos no México causaram danos de 2 bilhões de dólares
28 de setembro de 2017
Valor é estimado para a reconstrução de áreas atingidas pelos três tremores que sacudiram o país neste mês. Mais de 1,5 mil prédios históricos e igrejas foram danificados.
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Os três terremotos que sacudiram o México neste mês causaram danos estimados em 2,1 bilhões de dólares, afirmou nesta quarta-feira (27/06) o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto. Os tremores devastaram a região central e sul do país.
Após uma reunião para a avaliação dos danos provocados pelos terremotos dos dias 7, 19 e 23, Peña Nieto disse que somente nos estados de Chiapas e Oaxaca será preciso um investimento de 358 milhões dólares para a reconstrução de residências. Nas demais regiões afetadas pelos tremores, a estimativa de recursos para moradias chega a 557 milhões de dólares.
Drone sobrevoa escombros de tremor no México
01:13
Além de moradias, os tremores danificaram mais 1.500 edifícios históricos e igrejas em 11 estados do país. Entre os imóveis afetados estão o Palácio Municipal e a igreja de San Vicente Ferrer de Juchitán, o ex-convento de Santo Domingo de Guzmán, no Istmo de Tehuantepec, a zona arqueológica de Chiapa de Corzo e o templo de Santa Lúcia, bem como a catedral de San Cristóbal de las Casas.
Em Puebla, seu centro histórico e monumentos emblemáticos, como a igreja de Los Remedios, situada no topo da pirâmide de Cholula, também estão na longa lista de imóveis danificados. Na capital do país, o centro histórico e Xochimilco – ambos inscritos na lista de Patrimônio Mundial da Unesco –, foram afetados.
O custo estimado para a recuperação dos edifícios históricos é de 445 milhões de dólares.
"São cifras muito relevantes, que mostram o desafio que está pela frente", afirmou Peña Nieto. O presidente destacou que há um roteiro claro de para onde devem ser orientados os esforços para a reconstrução e afirmou esperar que em poucos meses as áreas afetadas pelos tremores estejam outra vez de pé.
O México foi atingido por três terremotos em setembro. O primeiro, com uma magnitude de 8,2 na escala de Richter, atingiu o sul do país no dia 7, seguido de um segundo no dia 19, de magnitude de 7,1, com epicentro perto da cidade de Raboso, no estado de Puebla, e o terceiro de magnitude 6,4 sacudiu as regiões central e sul.
Os três tremores causaram mais de 430 mortes, o maior número de fatalidades desde o trágico terremoto de 1985 na capital que deixou cerca de 20 mil mortos.
CN/efe/lusa
Cidade do México em escombros
O relógio marcava 13h14 quando o terremoto atingiu a capital mexicana. Arranha-céus balançaram, edifícios desabaram e pessoas entraram em pânico nas ruas procurando proteção. Imagens de uma catástrofe.
Foto: Reuters/Rafael Arias
Aqui jaz uma casa
Edifícios primeiro balançaram, e depois tombaram feito castelos de cartas de baralho. Depois da dissipação da poeira que se espalhou pela Cidade do México, sobreviventes e ajudantes se confrontaram com imagens quase surreais: onde há minutos havia uma casa, sobraram escombros.
Foto: Reuters/Rafael Arias
Silêncio! Silêncio!
Apenas com as mãos, equipes de resgate procuram por sobreviventes. "Não podemos usar máquinas", disse o ministro do Interior, Miguel Ángelo Osorio. Muito grande seria o perigo de agravar a situação. Outros edifícios podem desabar. Placas com a descrição pedindo por "silêncio" são erguidas para que as equipes de resgate possam ouvir algo.
Foto: Reuters/C. Daut
Não hesite – ajude!
Bombeiros, integrantes de equipes de resgate, mas também pedestres, que pouco antes escaparam com um susto, tentam ajudar. Baldes velhos de tinta são usados para carregar entulho, e garrafas de água foram providenciadas para eventuais sobreviventes. Mas por onde começar?
Foto: Getty Images/R. S. Fabres
Tragédia em escola
Entre os escombros há vozes de crianças. São os restos da escola primária Enrique Rébsamen, na cidade de Coapa. Mais de 30 crianças morreram na instituição. Uma situação inimaginável para os pais, que correram para o local. Havia também um jardim de infância. Algumas pessoas seguem desaparecidas.
Foto: picture-alliance/AP Photo/C. Cisneros
Um abraço de consolo
Cidade do México, uma metrópole pulsante com milhões de habitantes. O terremoto atinge a capital no meio do dia – as pessoas estão em escritórios, no trabalho ou almoçando. Muitas ficaram em estado de choque. Quem sobreviveu demora para compreender o que ocorreu. Resta um abraço de conforto.
Foto: Reuters/C. Daut
Primeiros socorros
Alimentos, bebidas, remédios e analgésicos são distribuídos espontaneamente pela cidade. Socorristas e médicos estão disponíveis para fornecer rápido atendimento às pessoas. Alguns hospitais danificados precisaram ser evacuados com pressa. Faltam leitos para tratar os sobreviventes.
Foto: Getty Images/R. S. Fabres
Ajuda até a exaustão
Toneladas de detritos, pedras e tijolos precisam ser removidas. Homens e mulheres formam correntes humanas para acelerar a remoção. Eles se protegem contra a poeira com máscaras e receberam luvas de plástico para não se machucarem nos escombros. Muitos ajudam até a exaustão.
Foto: Reuters/H. Romero
Estruturas condenadas
Esta casa não desmoronou por completo, mas dificilmente poderá ser salva. Não há dados sobre os danos causados pelo terremoto. Autoridades falam em mais de 200 mortos, que foram encontrados nas primeiras horas após o tremor. Levará semanas para remover tudo o que foi danificado. Este edifício deve então ser implodido.
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Verdugo
Após treinamento, a amarga realidade
Cerca de duas horas antes do tremor, muitas autoridades, empresas e escolas estiveram envolvidas no exercício anual de terremoto, e também houve um teste de alarme. Exatos 32 anos depois do devastador sismo de 1985, a história se repete. Naquela tragédia, cerca de 10 mil pessoas perderam suas vidas. Quantas serão dessa vez?
Foto: picture-alliance/AP/E. Marti
Corrida pela vida
Um registro inicial citou o desabamento de cerca de 40 edifícios na Cidade do México. A situação na capital foi devastadora porque o epicentro do terremoto foi a apenas 130 quilômetros a sudeste da metrópole mexicana. Nos edifícios cambaleantes as pessoas buscaram apenas sair o mais rápido possível – algumas conseguiram salvar suas vidas, e nada mais.