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Terrorista de Paris é extraditado para a França

27 de abril de 2016

Preso em março, na Bélgica, Salah Abdeslam é o único sobrevivente do grupo extremista que realizou os ataques de 13 de novembro. Suspeita-se que ele tenha conexão também com atentados de Bruxelas.

Foto policial do rosto de Salah Abdeslam, suspeito de envolvimento direto com os ataques de Paris
Foto: Police Federale Belgien

Depois de detido pelas autoridades belgas por mais de um mês, Salah Abdeslam foi entregue às autoridades francesas, nesta quarta-feira (27/04), para enfrentar acusações criminais em conexão com os ataques terroristas de 13 de novembro em Paris.

"No âmbito dos ataques de Paris de 13 de novembro de 2015, Salah Abdeslam foi entregue às autoridades francesas, nesta manhã", declarou o Ministério Público federal belga, em comunicado.

Abdeslam foi preso alguns dias antes dos atentados de 22 de março, em Bruxelas. A polícia belga interrogou o suspeito sobre seu papel tanto nos ataques na capital francesa como nos executados na capital belga.

Ele exerceu seu direito de permanecer em silêncio na maior parte do tempo em que ficou detido. Abdeslam, porém, concordou em cooperar com as autoridades francesas. Ele é aguardado a comparecer perante um juiz francês ainda nesta quarta-feira.

Nos ataques de Paris, 130 pessoas foram mortas. Abdeslam é considerado o único sobrevivente do grupo que realizou o massacre parisiense. Já nos atentados em Bruxelas, que ocorreram poucos dias depois de Abdeslam ter sido detido pela polícia, 32 pessoas morreram.

Investigadores acreditam que os ataques na capital belga foram executados por extremistas com ligações com a mesma célula da organização terrorista "Estado Islâmico" (EI) por trás dos ataques em Paris.

Segundo o irmão de Abdeslam, Mohamed Abdeslam, o dteido "voluntariamente optou por não se explodir" durante os ataques de Paris – o que provavelmente teria aumentado o número de mortos.

Abdeslam, nascido na Bélgica e com nacionalidade francesa, teria dito a seu irmão que não estava envolvido nas explosões em Bruxelas, mas os investigadores garantem que ele tem conexões com, ao menos, dois dos terroristas.

As impressões digitais de Abdeslam foram encontradas num apartamento em Bruxelas alugado por Khalid el-Bakraoui, o terrorista que se explodiu na estação de metrô de Maelbeek. A polícia afirma também que um dos dois homens-bomba do aeroporto, Najim Laachraoui, chegou a viajar de carro com Abdeslam até a Hungria.

PV/afp/dpa/rtr/ap

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