Terroristas matam dez turistas estrangeiros no Paquistão
23 de junho de 2013![](https://static.dw.com/image/16900461_800.webp)
Pelo menos dez alpinistas foram mortos por homens armados em um acampamento próximo ao Nanga Parbat, uma das montanhas mais altas do mundo, no norte do Paquistão, região próxima à fronteira com a China. A informação é de autoridades locais e foi divulgada neste domingo (22/06).
De acordo com a polícia, o ataque foi realizado na noite de sábado por homens que usavam uniformes de unidades paramilitares. Um grupo extremista muçulmano assumiu a autoria do atentado.
Segundo a polícia, as vítimas são montanhistas de nacionalidades ucraniana, nepalesa, chinesa, russa e paquistanesa. Um chinês teria sobrevivido. Eles se preparavam para escalar a montanha quando foram surpreendidos.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, que foi empossado no início do mês, condenou o ataque e ordenou "a investigação e a prisão dos culpados".
Um grupo extremista islâmico ligado ao Talibã chamado Jundallah reivindicou a responsabilidade pelo ataque e prometeu novos atentados contra estrangeiros. O porta-voz do Talibã, Ehsanullah Ehsan, disse que o atentado foi uma vingança pela morte do líder talibã Waliur Rehman no fim de maio, em um ataque de drone (um avião não tripulado).
O ministro do Interior paquistanês, Chaudhry Nisar, disse no Parlamento, que os atacantes conseguiram chegar no acampamento com a ajuda de dois guias mantidos reféns. Um dos dois teria sido assassinado, o outro estaria vivo.
Nisar admitiu que não há proteção da polícia para estrangeiros naquela região. "Aqueles que cometeram este crime hediondo aparentemente queriam destruir as crescentes relações entre o Paquistão, a China e outros países amigos", declarou o Ministério do Exterior do Paquistão através de comunicado.
O governo do Paquistão vem enfrentando grandes problemas, incluindo um desaquecimento da economia e contínuos atos de violência realizados pelos talibãs. A região do Himalaia ainda não havia sido alvo de ataques, sendo uma das poucas áreas do país que ainda atrai turistas estrangeiros, a maioria montanhistas.
MD/afp/rtr