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RAF

20 de agosto de 2009

Amostras de DNA de Verena Becker em cartas da RAF, datadas de 1977, comprovam a participação da ex-terrorista no atentado que matou o procurador-geral Siegried Buback.

A ex-terrorista Verena Becker em foto não datadaFoto: picture alliance / dpa

Em cartas enviadas no ano de 1977 por membros da RAF (Fração do Exército Vermelho), nas quais assumiam a autoria do atentado que matara o então procurador-geral Siegried Buback e dois de seus dois acompanhantes, foi detectado material genético da ex-terrorista Verena Becker.

Um novo parecer da Procuradoria Geral da República, divulgado nesta quinta-feira (20/08), revela que havia com certeza material genético pertencente a Becker nestas cartas. A polícia revistou em seguida a casa da acusada, hoje aos 57 anos e que deixou a prisão 20 anos atrás.

Segundo o relatório da Justiça, há amostras de DNA da ex-terrorista em vários envelopes, nos quais foram enviados os comunicados em 1977, uma semana após o ocorrido.

Sem dúvidas

Segundo informações do Departamento Federal de Investigações (BKA), "não há dúvidas" sobre a participação de Becker no caso. A Procuradoria Geral da República iniciou nos últimos meses uma série de investigações, em função das suspeitas desencadeadas pela análise de material genético.

Em julho de 2008, um exame de DNA havia apontado para a inocência da acusada, contra a qual é movido um processo desde abril de 2008. As amostras de material genético colhidas em uma luva, um capacete e um casaco encontrados no local do crime não eram de Becker, afirmaram na época as autoridades competentes.

Silêncio eterno

Corpo do procurador-geral Buback e de seu motorista em 1977Foto: picture-alliance/ dpa

Michael Buback, filho do procurador-geral morto, continuou acusando Becker de envolvimento no caso no decorrer das últimas décadas, sempre lembrando os depoimentos de testemunhas que afirmaram ter visto uma pessoa magra e frágil – como Verena Becker na época – na moto da qual foram feitos os disparos contra Buback.

Por ocasião do atentado, o crime foi atribuído a Christian Klar, Knut Folkerts e Günter Sonnenberg, além de Brigitte Mohnhaupt, considerada a líder da ação terrorista. Até hoje, nenhum dos envolvidos confessou quem atirou em Buback naquele dia de 1977.

Um mês depois do ocorrido, Becker e Sonnenberg foram presos em Singen, no sul da Alemanha, em posse da arma do crime. Em função do tiroteio ocorrido no momento de sua detenção, Becker foi condenada à prisão perpétua, mas posta em liberdade no ano de 1989. As investigações sobre sua participação direta no atentado haviam sido encerradas nos anos 1980.

SV/dpa/reuters

Revisão: Rodrigo Rimon

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