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Criminalidade

Teste de DNA em massa para investigar morte de 23 anos atrás

23 de novembro de 2019

Cerca de 900 voluntários estão fornecendo amostras de seu DNA à polícia, num esforço para desvendar a morte de Claudia Ruf – raptada, estuprada, estrangulada e incinerada aos 11 anos, no Oeste da Alemanha.

Homem abre a boca para se submeter a retirada de amostra da mucosa bucal
Foto: picture-alliance/dpa/R. Weihrauch

Amostras de DNA dos primeiros de cerca de 900 homens foram coletadas neste sábado (23/11), numa escola de Grevenbroich, no Oeste da Alemanha, numa nova investida para solver o caso do assassinato brutal de uma menina de 11 anos, em 1996.

Os homens tinham entre 14 e 70 anos quando Claudia Ruf foi morta, e moravam nas proximidades da cidade. Além de submetê-los ao teste de esfregão da mucosa bucal, os investigadores pediram que respondessem perguntas referentes ao homicídio.

Segundo dados da polícia, no fim do dia 480 homens haviam fornecido amostras de seu DNA. As coletas continuarão no domingo e no fim de semana seguinte, e os resultados deverão estar disponíveis dentro de quatro a oito semanas.

A escolar foi raptada em 11 de maio de 1996, quando levava o cão de um vizinho para passear. Em seguida foi estuprada, morta por estrangulação. Seu corpo, encharcado com gasolina e incendiado, foi encontrado dois dias mais tarde, a cerca de 70 quilômetros de Grevenbroich, próximo a Bonn.

Seguiu-se uma gigantesca investigação, com apelos ao público em ônibus e trens, e uma oferta de recompensa, mas sem resultado. Em 2010, os investigadores já testaram o DNA de cerca de 350 homens, sem sucesso. Agora, afirmam dispor de novas pistas possibilitando-lhes encontrar o assassino entre os 900 voluntários.

Foto de Claudia Ruf em coletiva de imprensa para divulgar os testes de DNA em GrevenbroichFoto: picture-alliance/dpa/R. Weihrauch

Um deles é Horst I., que tinha 27 anos quando ocorreu o crime. "Foi simplesmente pavoroso", comentou à agência de notícias DPA. "Podia ter sido a minha filha, elas tinham a mesma idade." Ele considera dever dos habitantes participar dos exames, e espera que a família Ruf possa encontrar uma conclusão.

No início de novembro, o pai da vítima, Friedhelm Ruf, dirigiu-se ao público num novo vídeo, num pedido ajuda para resolver o enigma em torno do assassinato: "Depois de mais de 23 anos, há uma grande oportunidade de desvendar o triste destino da minha filha. O perpetrador conseguiu se esconder atrás de nós todos por tempo demais."

Segundo o chefe do Departamento de Homicídios da polícia de Bonn, Reinold Jordan, a investigação revelou que o criminoso tinha uma relação estreita com a cidade, e deve ter usado um porão, garagem ou cabana de jardim para perpetrar o crime.

AV/ap,dpa

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