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ThyssenKrupp registra pressão sobre preços do aço

19 de novembro de 2015

Empresa alemã anuncia alta de 26% do lucro operacional em 2014-2015. Negócios da filial brasileira, porém, não vão bem e poderão ser vendidos. Para siderúrgica, incerteza global faz pressão sobre finanças do próximo ano.

Foto: picture-alliance/dpa/O. Berg

A siderúrgica alemã ThyssenKrupp anunciou nesta quinta-feira (19/11) que o lucro operacional (Ebit) da empresa aumentou 26% no ano fiscal 2014-2015 em comparação com o anterior, alcançando cerca de 1,7 bilhão de dólares. No mesmo período de outubro a setembro, o lucro líquido subiu 37%, para 268 milhões, enquanto o volume de negócios cresceu 4%, para 42,8 bilhões de euros.

No entanto, a empresa afirmou que a incerteza econômica global e o "aumento da pressão" sobre os mercados de matéria-prima, particularmente na Ásia, deverão comprometer o Ebit no ano fiscal 2015-2016, quando deverá ficar entre 1,6 bilhão e 1,9 bilhão de euros.

Os negócios no Brasil, contudo, não vão bem. A filial brasileira, que detém a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), registrou novamente prejuízo. Entre os fatores para os números negativos estão a crise econômica no país, o enfraquecimento do setor automotivo local e novos problemas na produção.

Juntamente com a construção de uma fábrica nos EUA, os investimentos levaram a empresa a uma grande crise que gerou perdas de milhões de euros. Enquanto a fábrica da empresa nos EUA foi vendida, a ThyssenKrupp tenta tornar rentáveis seus negócios no Brasil. Mesmo assim, a fábrica nacional está na lista para ser vendida.

"Nós vamos nos decidir sobre a venda do ponto de vista de mercado, e esperar pelo momento certo", informou Guido Kerkhoff, diretor financeiro. "Mas, pelo preço do aço atual, certamente não está se pensando em transações lucrativas no mercado brasileiro."

Devido aos preços voláteis do setor siderúrgico, desde 2011 a ThyssenKrupp mudou seu foco para produtos tais como elevadores, plantas tecnológicas industriais, submarinos e peças de carros – estratégia que, de acordo com o grupo, está dando bons resultados.

"Nós realizamos o que prometemos", afirmou o presidente-executivo Heinrich Hiesinger, em uma nota. "Nós estabilizamos a ThyssenKrupp e avançamos ainda mais com a integração do grupo."

A companhia espera que a tendência continue no atual ano fiscal, com uma clara melhora no lucro líquido, em parte devido ao corte de custos no valor de 850 milhões de euros. Ela propôs o pagamento de dividendos de 0,15 euro por ação, contra 0,11 euro pago em 2013/2014, valor que ficou no piso das estimativas de analistas.

FC/dpa/rtr

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