Enquanto economia reabre, profissionais do Samu de São Paulo relatam estresse e exaustão. Em maio, quase um quarto dos atendimentos realizados na cidade teve relação com a covid-19 ou problemas respiratórios.
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"Hoje não há na população uma perspectiva de futuro, de esperança de quando a quarentena vai acabar, e isso acaba se refletindo no cansaço e intolerância da sociedade como um todo." A opinião é do médico de urgência Francis Fujii, diretor médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de São Paulo, que atua na linha de frente no combate à covid-19 no maior município do país e com maior número de casos da doença.
Na manhã do último sábado (20/06), três meses após o início da quarentena oficial no estado de São Paulo, a aposentada Lázara Candido Ferraz, de 97 anos, sentia muita fadiga e falta de ar quando foi socorrida por Fujii e sua equipe, composta pela enfermeira Renata Soares, e o condutor Eduardo Dias. Debilitada por conta de uma anemia e apresentando baixa oxigenação no sangue, ela teve de ser convencida a ser levada para o hospital.
"Meu filho, não quero ir para o hospital, não. Lá tem muito micróbio, esse vírus", dizia ela, enquanto Fujii e Soares tentavam alertá-la para o risco de ficar em casa.
"Muita gente tem medo de ir para o hospital desde o começo da pandemia, e o resultado disso é que aumentou a quantidade de óbitos em casa. Mas apenas 10% deles são causados pela infecção do novo coronavírus", aponta Fujii.
Como é proibido o Samu conduzir um paciente ao hospital contra a vontade, foi essencial o trabalho de convencimento que envolveu também a aposentada Ana Cristina Naddeo, de 56 anos, sobrinha informal de Lázara.
Não raro profissionais da saúde precisam realizar o preparo para o atendimento no meio da rua, entre um paciente e outro. Assim foi com a aposentada, apesar do dia relativamente calmo, com seis atendimentos ao todo.
Maior serviço de emergência da América Latina, o Samu da cidade de São Paulo realiza, mensalmente, cerca de 14 mil atendimentos. Durante a pandemia, no entanto, esse número cresceu: em maio de 2020 foram 16.109, recorde até o momento. Quase um quarto dos atendimentos (3.977) teve relação com a covid-19 ou problemas respiratórios. Em junho, esse número deve ser ainda mais alto.
"O pavor para ir ao hospital buscar atendimento, como aconteceu com a senhora Lázara, levou pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, a ficar em casa, ao mesmo tempo que a quarentena piorou o estilo de vida de todos em geral. Por isso, o Samu vem trabalhando mais ao longo desses meses da pandemia", explica Fujii. Com estilo de vida, ele diz se referir a alimentação, lazer e exercícios físicos, todos afetados durante a quarentena e que prejudicam a saúde da população.
Desde o início de junho, a reabertura da economia é mais um fator de preocupação para os profissionais da saúde. Contrariando a opinião de médicos até mesmo do comitê de combate ao coronavírus criado pelo governo estadual, o governador João Doria implementou a partir do início do mês o chamado Plano SP.
Estabelecido em cinco fases, o plano prevê a liberação gradual da quarentena, num momento em que o estado ainda está batendo recordes de contaminação. Nesta segunda-feira, as autoridades anunciaram que o interior passou a capital no número oficial de contaminações por coronavírus.
De acordo com projeções de um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o relaxamento da quarentena no estado de São Paulo poderá provocar um aumento de 71% no número de mortes causadas pela covid-19 no estado até o início de julho.
Cuidados preventivos
Além do aumento do número de atendimentos, a pandemia causada pelo Sars-CoV-2 trouxe uma série de protocolos que devem ser cumpridos pelos profissionais para evitar a contaminação tanto das equipes médicas quanto dos pacientes atendidos.
"Todos nós somos suspeitos de covid-19 em meio à pandemia; pode ser um trauma de acidente de carro, um infarto, nós precisamos nos paramentar como se fosse um caso da doença", explica Renata, enquanto veste o complexo Equipamento de Proteção Individual (EPI). Além da habitual máscara, os profissionais devem vestir um macacão descartável, óculos de proteção, um segundo par de luvas e, em alguns casos, o face shield (protetor facial de acrílico).
A demanda por equipamentos de proteção em todo o mundo acabou por gerar escassez em países com nenhuma ou pouca produção local, como o Brasil. O problema afetou também o Samu da capital paulista no início da epidemia na cidade.
"Quando a doença chegou ao país, começamos a estabelecer protocolos de atendimento e proteção, alguns dos quais já foram modificados e não usamos mais", comenta o médico, de 41 anos. Com a gestão descentralizada por coordenadorias regionais, houve zonas de São Paulo onde os profissionais tiveram de enfrentar escassez de equipamentos de proteção.
"Não estamos usando o EPI adequado. Não há gorro, e os aventais não são impermeáveis como deveriam ser", falou um médico do Samu à agência Folhapress, em março deste ano, sob a condição de anonimato. O médico também relatou falta de preparo das equipes. "A falta de treinamento faz com que os funcionários se sintam inseguros, façam uso inadequado dos materiais e comecem a fazer estoques próprios."
Com o passar do tempo, o problema foi solucionado, aponta Fuji. Ele pede atenção constante aos protocolos de equipamento de proteção e higiene da ambulância e utensílios como maca e cadeira de rodas.
"Temos que lembrar a nós mesmo e principalmente aos colegas que ainda estamos em uma pandemia. Nós passamos mais tempo na rua trabalhando diretamente com as pessoas e não podemos relaxar. Eu cobro dos colegas constantemente", conta Renata.
O condutor de ambulância Eduardo Dias reclama da falta de comprometimento de alguns profissionais. "Temos equipes com mais resistência ao equipamento de proteção, e conforme a quarentena vai se estendendo, a paciência e energia das pessoas para o cuidado vai se esgotando", diz.
Trocando vivos por mortos
Para Dias, a fase mais complicada começou com a portaria do governo paulista que determinou que o Samu passaria a ser responsável pelas declarações de óbitos por causas naturais na capital paulista, prática iniciada em 10 de abril. A partir de então, cabia ao Samu emitir os atestados de óbitos dos moradores da capital que morressem em casa.
Geralmente, a tarefa é uma atribuição do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) da prefeitura. Todos os corpos resultantes de mortes não violentas seguem para o SVO, onde médicos legistas fazem uma necrópsia para identificar a causa. Só então os corpos são liberados para o serviço funerário. No dia 20 de março, Doria emitiu uma portaria determinando que qualquer pessoa que tivesse morrido com suspeitas de covid-19 não passaria mais por necrópsia.
A portaria determinava também que os corpos deveriam ser desinfectados, colocados nus em um saco conhecido como mortalha e enterrados o mais rapidamente possível, sem direito a velório e com caixões lacrados. Com o aumento das mortes domiciliares e a obrigatoriedade de o Samu declarar o óbito e preparar o corpo para ser recolhido pelo serviço funerário, o serviço de atendimento de emergência, que já enfrentava problemas há anos, ficou ainda mais sobrecarregado.
Todos os Samu do país trabalham com três configurações: a básica, que conta com condutor e técnico de enfermagem; a intermediária, que além destes leva um enfermeiro; e o Suporte Avançado à Vida (SAV), única modalidade com médico a bordo da ambulância e que tinha autorização para fazer as declarações de óbito.
"Tornou-se um desperdício: reservamos uma ambulância com equipe altamente especializada em salvar vidas para realizar um questionário de 120 perguntas que leva até 90 minutos para ser realizados; não faz sentido deslocar equipes para atender os mortos enquanto várias pessoas vivas estão sem atendimento", disse à época uma enfermeira que preferiu não se identificar.
A partir de maio, este serviço passou a ser feito por unidades do Samu apelidadas de "caveirão", com médicos recém-contratados que trafegam não em caras ambulâncias, mas em veículos de passeio somente para a verificação desses óbitos em casa. Ao todo, são seis equipes com médico, enfermeiro e condutor para a função, liberando o SAV, que custa em torno de 150 mil reais por mês, ao atendimento de pacientes vivos.
Realidade da função
O Samu foi criado em 2004. O governo federal determinou então que o financiamento do programa, integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS) seria dividido entre União, estados e municípios, cabendo a cada um, respectivamente, 50%, 25% e 25% dos custos. Em São Paulo, o governo estadual criou o Grupo de Resgate e Atenção às Urgências e Emergências (Grau), ligado ao Corpo de Bombeiros, e, por conta disso, não participa do custeio.
"O Estado fornece esse serviço, mas o Grau conta com quatro ambulâncias, enquanto nós temos 90 rodando todos os dias, com a meta de chegar a 122. Já temos os veículos, mas falta o pessoal para operar", diz Fujii.
No seu pior momento, em 2012, o Samu paulistano chegou a contar com cerca de 50 ambulâncias em operação. Neste ano, com a pandemia, foi estabelecida uma parceria com a organização Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), responsável desde os anos 1940 pela gestão do Hospital São Paulo.
Com a divisão do orçamento entre município e governo federal, os mais de 12 milhões de habitantes da cidade contam com dez unidades SAV, outras dez a 20 intermediárias, e, na grande maioria, unidades básicas de atendimento do Samu – com veículos equivalentes a uma UTI móvel, mas equipes enxutas.
"As unidades básicas são o alicerce do Samu", diz Dias. "Elas atendem desde os casos mais simples até paradas cardiorrespiratórias, e sem elas a conta não fecha. Cada uma custa de seis a sete vezes menos que uma SAV", complementa o condutor.
"Não é todo profissional que topa estar tão exposto no local de trabalho. Hoje em dia todo mundo tem um celular com câmera: ou você segue o protocolo corretamente, ou você vira notícia. Dentro do pronto-socorro, há privacidade, só você sabe o que está sendo feito", diz o médico que acompanhava Dias na ambulância.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.