Top 5 – Principais casos de doping no esporte
9 de março de 2013O Futurando desta semana mostra uma reportagem especial sobre os detetives do doping. Trata-se de uma equipe de especialistas do Instituto de Bioquímica de Colônia, na Alemanha, que tenta identificar substâncias que possam ser usadas por atletas para aumentar, de forma ilegal, seu rendimento em competições. Agora, o Top 5 faz uma lista dos principais casos de uso de substâncias proibidas que abalaram o mundo do esporte.
5. Daiane dos Santos – furosemida
A ginasta brasileira Daiane dos Santos foi o caso de maior repercussão do Brasil. A atleta foi pega no exame antidoping feito em 2009. Em sua urina foi encontrada a furosemida, que é um diurético usado para controlar o peso. Daiane se defendeu, dizendo que a substância estava em um remédio de tratamento estético, além de ela não estar competindo na ocasião. No entanto, a Federação Internacional de Ginástica considerou-a culpada e aplicou uma suspensão de cinco meses.
O nadador Cesar Cielo também foi apanhado com furosemida no exame antidoping do Troféu Maria Lenk, em 2011. Nadadores do mundo inteiro se manifestaram decepcionados com o brasileiro e fizeram duras críticas ao campeão olímpico e mundial. Mas o atleta disse que houve erro na manipulação de seu suplemento e ele foi apenas advertido.
4. Ben Johnson - estanozolol
O teste antidoping do canadense Ben Johnson deu positivo após ele se tornar o homem mais rápido do planeta, nas olimpíadas de Seul, em 1988. Ele conquistou o ouro após quebrar o recorde mundial nos 100m rasos (9,79s) e deixar para trás uma lenda do esporte, o norte-americano Carl Lewis. Na urina de Johnson foi encontrado o estanozolol, que é um esteroide anabolizante capaz de aumentar a massa muscular e melhorar o desempenho na corrida. O atleta perdeu a medalha de ouro e foi suspenso por dois anos.
3. Maradona – cocaína e efedrina
Diego Armando Maradona é considerado um dos melhores jogadores de futebol da história e levou a Argentina ao título mundial de 1986. Ele conseguiu se destacar em todos os setores de sua carreira futebolística, inclusive pelo lado negativo. Acostumado a fazer coisas incríveis com a bola no pé, o atleta também conseguiu a façanha de ser pego duas vezes no antidoping.
Em 1991, quando Maradona defendia o Nápoli da Itália, um exame detectou a presença de cocaína após uma partida contra o Bari. Essa droga é proibida no esporte por ser um poderoso estimulante, e o argentino foi suspenso por 15 meses. A segunda vez foi ainda pior, pois ocorreu em plena Copa do Mundo. Em 1994, no Estados Unidos, foi detectada efedrina na urina do craque, o que lhe rendeu uma suspensão de 18 meses. A substância também é um estimulante, usado pelo jogador para se recuperar do mau condicionamento físico.
2. Marion Jones - THC
A segunda posição no ranking do Top 5 vai para a norte-americana Marion Jones, por ser a primeira mulher a conquistar cinco medalhas em uma mesma olimpíada. A atleta era considera a mulher mais veloz do planeta quando participou dos jogos olímpicos de Sydnei, em 2000. Conquistou três medalhas de ouro (100m rasos, 200m rasos e revezamento 4x100m) e duas de bronze (salto em distância e revezamento 4x400m). Apenas em 2007 ela admitiu ter competido usando uma substância conhecida como "The Clear", que na verdade é a tetrahidrogestrinona (THG), um esteroide anabolizante que aumenta a performance do atleta.
Marion perdeu todas as medalhas conquistadas na Olimpíada e foi suspensa das competições por dois anos. Além disso, a atleta foi condenada a seis meses de prisão por ter mentido em uma investigação federal sobre doping esportivo. Após as punições, Jones criou o programa Take a Break, que ajuda jovens a pensar antes de tomar decisões que possam ter impacto negativo em suas vidas.
1. Lance Armstrong - EPO, testosterona, doping sanguíneo e cortisona
O alto do pódio neste Top 5 não é motivo de comemoração, pois indica que alguém muito importante no mundo decepcionou fãs, envergonhou um país e prejudicou uma modalidade esportiva. É o caso do ciclista norte-americano Lance Armstrong, que venceu sete vezes seguidas (1999 a 2005) a Volta da França e foi considerado o maior ciclista da história. Pressionado pelos resultados de uma investigação federal, no famoso programa de entrevistas de Oprah Winfrey o atleta confessou ter usado substâncias proibidas. Ele admitiu ter usado EPO (hormônio que aumenta o número de glóbulos vermelhos e assim permite ao sangue levar mais oxigênio aos músculos), testosterona, dopagem sanguínea e cortisona, além de ter estimulado colegas a usarem substâncias ilícitas.
Armstrong perdeu todos os títulos conquistados desde 1998 e foi banido do esporte. Além disso, perdeu a maioria dos patrocinadores, alguns dos quais abriram processo contra ele.