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MigraçãoSenegal

Barcos com 300 migrantes rumo à Espanha desaparecem, diz ONG

10 de julho de 2023

Embarcações partiram há cerca de 15 dias do Senegal para Tenerife, a cerca de 1.700 quilômetros. Desde então, não se tem notícias dos que estavam a bordo.

Barco da guarda costeira espanhola "Salvamar Spica" patrulha a costa de Almeria, sudeste da Espanha, em 16 de outubro de 2021.
Barcos com migrantes partiram rumo a Tenerife. Na foto de arquivo, um barco da guarda costeira espanhola.Foto: Jorge Guerrero/AFP

Pelo menos 300 pessoas que viajavam em três barcos de migrantes do Senegal rumo às Ilhas Canárias, na Espanha, desapareceram, informou neste domingo (09/07) o grupo de ajuda humanitária Walking Borders.

Segundo a agência de notícias Reuters, as três embarcações partiram de Kafountine, no sul do país, em direção a Tenerife, uma das Ilhas Canárias, situada a aproximadamente 1.700 quilômetros de distância.

Dois barcos, um com cerca de 65 pessoas e outro com de 50 a 60 a bordo, já estão desaparecidos há 15 dias desde que deixaram o Senegal para tentar chegar à Espanha, disse Helena Maleno, da Walking Borders.

Um terceiro barco também teria partido do Senegal no dia 27 de junho, com cerca de 200 pessoas a bordo, e também está desaparecido.

Na segunda, autoridades espanholas informaram ter resgatado 86 náufragos próximo às Ilhas Canárias. Acredita-se que eles fariam parte da tripulação dada como desaparecida pela Walking Borders.

Rota atlântica, uma das mais mortais do mundo

Segundo Maleno, desde então não há notícias dos migrantes. "As famílias estão muito preocupadas. Trata-se de cerca de 300 pessoas da mesma área do Senegal, que partiram por causa da instabilidade no país", relatou Maleno.

As Ilhas Canárias, na costa da África Ocidental, tornaram-se o principal destino dos migrantes que buscam chegar à Espanha, enquanto um número menor se arrisca através do Mar Mediterrâneo. O verão europeu, que se estende de junho a setembro, é o período mais movimentado em qualquer uma das travessias.

A rota de migração atlântica, uma das mais mortais do mundo, é normalmente usada por migrantes da África subsaariana. Pelo menos 559 pessoas — incluindo 22 crianças — morreram em 2022 em tentativas de chegar às Ilhas Canárias, segundo dados da Organização Internacional para Migração da ONU.

ip/bl (Reuters)

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