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Três morrem em ataque a base da ONU no Mali

28 de novembro de 2015

Mísseis são disparados contra instalações de missão de paz no norte do país e atentado deixa 20 feridos. Nenhum grupo assume a autoria, mas locais culpam extremistas islâmicos.

Mais de 10 mil soldados integram MinusmaFoto: picture-alliance/dpa/M.Dormino/United Nations

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que indivíduos não identificados dispararam mísseis contra uma base de manutenção de paz da entidade neste sábado (28/11) em Kidal, no norte do Mali. Três pessoas morreram no ataque e 20 ficaram feridas.

"Eles dispararam mísseis por volta das 4h contra a base da Minusma [Missão Multidimensional Integrada da ONU para a Estabilização do Mali]. Temos três mortos e quatro gravemente feridos", disse o porta-voz da missão de paz, Olivier Salgado.

O funcionário da ONU acrescentou que 20 pessoas ficaram feridas, sem dar detalhes sobre as nacionalidades das vítimas. Os mortos seriam dois soldados da Guiné e um civil.

Uma testemunha disse que ouviu um tiroteio pouco antes dos disparos dos mísseis e que morteiros teriam sido disparados de dentro da base

Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque. Uma fonte de segurança, no entanto, afirmou a agência de notícia Reuters que a base foi avisada dois dias antes sobre o atentado por um grupo jihadista. Um político local também culpou islamitas radicais.

A ONU ressaltou que a crescente onda de violência não prejudicará a Minusma. "Quero reiterar que esses ataques não impedirão a determinação das Nações Unidas para apoiar o povo malinês e o processo de paz", afirmou o enviado especial da entidade ao Mali, Mongi Hamdi.

Instabilidade constante

Cerca de 10 mil soldados de tropas francesas e de forças da ONU tentam estabilizar a situação no Mali. Mais de 50 militares da Minusma já morreram no país. Essa é a missão de paz que mais custou vidas à ONU desde Somália, entre 1993 e 1995.

O Mali tem sido assolado pela instabilidade desde 2012, quando o norte do país foi ocupado por milícias islâmicas, algumas ligadas à Al Qaeda. Embora elas tenham sido expulsas por uma operação militar liderada pela França, a violência esporádica continua.

Apesar de um acordo de paz firmado em junho entre o governo do Mali e diversos grupos armados, entre eles rebeldes tuaregues, extremistas ainda promovem ataques no país. Há pouco mais de uma semana, militantes islamitas invadiram um hotel de luxo na capital Bamako e mataram 20 pessoas, incluindo 14 estrangeiros.

A autoria do atentado foi assumida por três grupos radicais: Al Qaeda no Magreb Islâmico, Al-Mourabitoun, grupo jihadista africano afiliado à Al Qaeda, e Frente de Libertação Massina.

Em março, um atentado numa casa noturna de Bamako matou dois europeus e três malineses. O Al-Mourabitoun também assumiu a autoria desse ataque.

CN/rtr/afp

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