Principal adversário da primeira-ministra nas eleições da próxima quinta-feira prometeu contratar 10 mil novos policiais
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O líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, Jeremy Corbyn, pediu que a primeira-ministra Theresa May, do Partido Conservador, renuncie por ter autorizado cortes no número de policiais durante seus seis anos como ministra do Interior.
O Reino Unido votará em uma eleição nacional na quinta-feira, apenas alguns dias depois de militantes matarem sete pessoas e deixarem quase 50 feridos no coração de Londres na noite de sábado (3/6), no terceiro ataque ao Reino Unido em menos de três meses. Corbyn é o principal adversário de May no pleito.
A primeira-ministra enfrentou perguntas de repórteres nesta segunda-feira (5/6) sobre se ela se arrependia de ter cortado o número de policiais em aproximadamente 20 mil durante sua passagem como ministra do Interior de 2010 a 2016 durante o governo David Cameron.
May disse anteriormente que os orçamentos de combate ao terrorismo tinham sido protegidos e que a polícia tinha recebido os poderes que precisava.
Perguntado sobre se apoiaria pedidos feitos por outros pela renúncia de May, Corbyn disse à Sky News: "De fato eu apoiaria. Porque houve pedidos feitos por diversas pessoas muito responsáveis, que estão muito preocupadas porque ela esteve no governo durante todo esse tempo, que ela presidiu os cortes no número de policiais e que agora está dizendo que nós temos um problema”. "Sim, nós temos um problema, nós nunca deveríamos ter cortado o número de policiais”.
Também nesta segunda-feira, em um evento eleitoral em Carlisle, no norte da Inglaterra, Corbyn prometeu contratar 10 mil novos policiais caso seja eleito.
Terror em Londres
Ao menos sete pessoas foram mortas e 48 ficaram feridas depois de três agressores avançarem contra pedestres na Ponte de Londres e esfaquearem frequentadores de bares e restaurantes no Borough Market. Veja detalhes.
Foto: Picture alliance/Zumapress/V. Flores
Polícia corre para local do ataque
Às 22h08 (horário local) do sábado (03/06), a polícia de Londres atendeu a ligações de emergência sobre uma van que avançou sobre pedestres na Ponte de Londres. Logo depois, veio a notícia de que várias pessoas foram esfaqueadas na área do Borough Market.
Foto: Reuters/H. McKay
Ônibus abandonados na Ponte de Londres
Pedestres e passageiros de ônibus que atravessavam a Ponte de Londres no momento do ataque evacuaram o local na sequência do atentado. Segundo o Comando da Polícia Metropolitana de Londres, depois do atropelamento, os três agressores seguiram em direção ao mercado, onde esfaquearam frequentadores.
Foto: Picture alliance/Zumapress
Grande operação policial
Helicópteros aterrisaram na Ponte de Londres e barcos policiais se dirigiram à área pelo rio Tâmisa. A polícia tratou os incidentes como ataques terroristas.
Foto: Picture alliance/empics/D. Lipinski/PA Wire
Coletes à prova de balas
Agentes policiais foram mobilizados rapidamente após o alarme de ataque terrorista. Os policias se dirigiram à área da Ponte de Londres, onde vestiram coletes à prova de balas, antes de acessar os locais dos ataques.
Foto: Reuters/H. McKay
Ataques com faca
O restaurante "The Blue Eyed Maid" é um dos principais na região do Borough Market, próximo à Ponte de Londres. Os agressores invadiram bares e restaurantes e esfaquearam pessoas a esmo.
Foto: Getty Images/C. Court
Coletes explosivos falsos
Os três agressores vestiam coletes explosivos forjados para espalhar ainda mais pânico entre as vítimas. Eles foram mortos pela polícia oito minutos depois das primeiras chamadas de emergência.
Foto: Getty Images/D. Kitwood
Com as mãos para cima
Durante as buscas pelos agressores, a polícia instruiu frequentadores da região do Borough Market a evacuar a área com as mãos para cima.
Foto: Reuters/N. Hall
Choque
O horror dos ataques ficou estampado no rosto das pessoas que deixaram os bares e restaurantes. Testemunhas relataram ter visto muitas pessoas cobertas de sangue e com ferimentos à faca.