Ônibus com 48 pessoas a bordo colide com traseira de caminhão em autoestrada na Baviera e pega fogo. Um dos motoristas e 17 idosos não sobrevivem. A viagem saiu da Saxônia e tinha como destino o Lago de Garda, na Itália.
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Um ônibus de viagem com 48 pessoas a bordo se chocou nesta segunda-feira (03/07) contra um caminhão no sudeste da Alemanha. O veículo pegou fogo e causou a morte de 18 pessoas e feriu outras 30 – duas em estado crítico.
A colisão aconteceu num trecho em que o trânsito estava lento na autobahn (autoestrada) 9, perto da cidade de Münchberg, na Baviera. Após bater contra a traseira do caminhão, o ônibus pegou fogo.
Trinta feridos foram tratados pelos serviços de emergência – dois estão no hospital em estado grave. Um dos dois motoristas está entre os mortos. O ônibus saiu da Saxônia e tinha como destino o Lago de Garda, no norte da Itália. Os 46 passageiros tinham entre 66 e 81 anos de idade. O motorista do caminhão saiu ileso.
"Nós, como governantes, vamos fazer todo o possível para esclarecer as causas dessa catástrofe", afirmou o governador da Baviera, Horst Seehofer. "Vamos rezar pelos feridos."
Cerca de 200 bombeiros, policiais e médicos foram mobilizados para o local. As primeiras forças chegaram dez minutos após o pedido de emergência. Os bombeiros contam que, ao chegarem à autoestrada, o ônibus já estava consumido pelo fogo. Não se sabe, porém, por que o veículo queimou tão rapidamente. Sobrou apenas o esqueleto de aço do ônibus – parte se fundiu com a traseira do caminhão.
No local onde aconteceu a tragédia, o limite de velocidade era 120 km/h. Até agora, intriga os especialistas o fato de nem a carcaça do caminhão nem do ônibus, apesar de queimadas, demonstrarem grandes danos derivados da batida em si.
Também não há informação sobre a velocidade em que o ônibus se encontrava - sabe-se apenas que o caminhão à frente trafegava em velocidade reduzida, devido a um congestionamento.
Ainda não há dados sobre os passageiros, mas as primeiras informações são de que se tratava de um grupo de idosos. Entre as pessoas a bordo, duas eram motoristas. A chanceler federal, Angela Merkel, enviou suas condolências às vítimas.
RPR/dpa
Dez fatos sobre a autobahn
O carro é tão importante para os alemães que eles inventaram um tipo de rodovia onde podem andar livres de semáforos, ciclistas e pedestres. Veja algumas particularidades das autoestradas alemãs.
Foto: picture-alliance/dpa
Autobahn
A "Autobahn" (= via para carros) tem, tradicionalmente, ao menos duas faixas de tráfego em cada sentido e é restrita a veículos a motor que andem a no mínimo 60 km/h. Não há cruzamentos de veículos na via, e as saídas sempre são para a direita (com uma exceção perto de Stuttgart). Em geral, a pavimentação tem o dobro da espessura de rodovias em outros países.
Foto: picture-alliance/dpa
A mais velha
A primeira autobahn pública começou a ser construída em 1929. É a A555, que liga Colônia a Bonn, no oeste do país. Sua inauguração foi em 1932, um ano antes da nomeação de Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.
Foto: DW/M. Nelioubin
Sem limites
A Alemanha é o único país da Europa sem limite de velocidade em suas autoestradas. Existe uma velocidade recomendada de 130 km/h, que atinge praticamente 50% das autobahnen (plural de autobahn). Por questões de riscos à segurança, um terço tem limitação de velocidade e, nas demais, a limitação entra em vigor conforme as condições do tempo e do trânsito.
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Milhares de quilômetros
A rede de rodovias expressas da Alemanha tem uma extensão de 13 mil km (dado de 2015). Juntando-se todas, poderia-se ligar Hamburgo a Santiago do Chile. A autobahn mais longa é a A7, com 962 km.
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Identificação por números
As autoestradas alemãs são identificadas pela letra A e por um número. As que vão de norte a sul geralmente têm números ímpares, e as de oeste para leste, pares.
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Pouso e decolagem
Há trechos das autobahnen especialmente preparadas para serem usadas por aviões militares. Isso aconteceu já na 2ª Guerra Mundial, quando muitos aeroportos estavam destruídos. Na Guerra Fria, mais trechos foram preparados para eventuais operações da Otan.
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Em fila
Segundo o automóvel clube Adac, o ano de 2015 foi recorde, com 568 mil engarrafamentos, somando 1,1 milhão de quilômetros de extensão. Daria para fazer 28 voltas em torno do planeta. Apesar das informações sobre problemas no trânsito passadas pelo rádio a cada meia hora, os motoristas ficaram um total de 341 mil horas presos em congestionamentos.
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Engavetamentos
Em outubro de 1990 aconteceu um dos maiores acidentes em uma rodovia alemã. Um engavetamento devido a um nevoeiro na A9 em Münchberg envolveu 170 veículos, entre os quais seis ônibus e oito caminhões. Dez pessoas morreram e 123 ficaram feridas. O maior engavetamento da história foi em 2009, quando 259 automóveis se envolveram num acidente perto de Hanover. Ninguém morreu na ocasião.
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Pedágios
Desde 2005, a Alemanha tem um sistema de pedágio obrigatório para caminhões pesados. A Toll Collect, um empreendimento conjunto liderado pela Deutsche Telekom, Daimler Financial Services e a francesa Cofiroute, é responsável pelo sistema de cobrança, que envolve o uso de transponders a bordo dos veículos e também sensores instalados nas autoestradas de todo o país.
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Serviço e religião
Além das áreas de descanso e de serviço, com brinquedos, postos de gasolina e restaurantes, ao longo das rodovias alemãs há capelas e igrejas para descanso e reflexão dos viajantes.