Estudo: Terra já colhe benefícios de tratado sobre ozônio
26 de maio de 2015
Se Protocolo de Montreal de 1987 não tivesse sido assinado, buraco na camada de ozônio sobre a Antártica seria maior e haveria também falha sobre o Ártico, afirmam cientistas.
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O tratado da ONU para proteger a camada de ozônio impediu um provável aumento do casos de câncer de pele na Austrália, na Nova Zelândia e nos países do norte da Europa, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (26/05).
Se o Protocolo de Montreal de 1987 nunca tivesse sido assinado, o buraco de ozônio sobre a Antártica teria aumentado 40% até 2013, afirma o relatório.
Os níveis de radiação ultravioleta na Austrália e na Nova Zelândia, que já têm as mais altas taxas de mortalidade por câncer de pele no mundo, poderiam ter aumentado entre 8% e 12%.
No norte da Europa, segundo o estudo, a decomposição da camada de ozônio sobre o Ártico poderia ter elevado os níveis de radiação ultravioleta na Escandinávia e no Reino Unido em mais de 14%. Haveria também um buraco na camada de ozônio sobre o Ártico, de tempos em tempos.
"Nossa pesquisa confirma a importância do Protocolo de Montreal e mostra que já tivemos benefícios reais", disse o professor da Universidade de Leeds, no Reino Unido, Martyn Chipperfield. "Nós sabíamos que ele [o protocolo] nos salvaria de uma grande perda de ozônio 'no futuro', mas na verdade já passamos do ponto em que as coisas teriam se tornado visivelmente piores."
O Protocolo de Montreal obriga todos os membros das Nações Unidas a erradicar produtos químicos que contêm clorofluorcarbonetos (CFCs). Usados em sprays, solventes e geladeiras, essas substâncias destroem as moléculas de ozônio na estratosfera, responsáveis por barrar a luz ultravioleta, causadora do câncer de pele.
Os autores do estudo, publicado na revista Nature Communications, construíram um modelo computadorizado em 3D com base nos dados mais recentes sobre o estado da estratosfera.
As concentrações de gases que destroem o ozônio estão cerca de 10% abaixo do pico registrado em 1993, embora possa demorar até 2050 para o buraco na camada de ozônio sobre a Antártica retornar ao estado da década de 1980.
O Protocolo de Montreal foi implementado por 196 países e pela União Europeia (UE), tornando-se o primeiro tratado na história das Nações Unidas a conseguir ratificação universal.
PV/afp/efe/lusa
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