Corte ordena Áustria a pagar mais pela casa natal de Hitler
7 de fevereiro de 2019
Em vez de 310 mil euros, antiga proprietária tem direito a 1,5 milhão pela expropriação, determina corte. Edifício onde líder nazista nasceu e passou seus primeiros meses é dor de cabeça constante para Estado austríaco.
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O governo da Áustria terá que pagar uma indenização bem maior à antiga proprietária pela expropriação da casa onde nasceu Adolf Hitler, em Braunau am Inn, determinou um tribunal austríaco nesta quarta-feira (06/02), na cidade de Ried im Innkreis.
A corte determinou que a antiga proprietária deverá receber cerca de 1,5 milhão de euros. O Estado havia concordado em pagar 310 mil. Insatisfeita com o valor, a mulher entrou na Justiça e obteve ganho de causa.
O advogado da antiga proprietária, uma mulher de 68 anos, afirmou que ela está aliviada com a decisão. Porém, ainda cabe recurso. O Estado não comunicou se pretende recorrer.
A expropriação, ocorrida em janeiro de 2017, foi considerada legal pela corte constitucional austríaca, em junho passado, mas ainda há um recurso pendente na Corte Europeia de Direitos Humanos.
Com a expropriação, o Estado austríaco quer impedir que o local de nascimento de Hitler se torne um destino de peregrinação para neonazistas. O líder nazista viveu os seus primeiros meses de vida num dos pisos do edifício.
Por isso, o local se transformou numa dor de cabeça para o Estado austríaco e para os moradores da pequena Braunau am Inn, que não gostam de ser associados ao líder nazista.
Antes da expropriação, o Estado alugava o imóvel, e isso desde o início dos anos 70. Até 2011, o edifício foi utilizado por uma oficina para pessoas com deficiências. Desde então está vazio.
AS/dpa/afp
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Manifesto de ódio de Adolf Hitler cairá em domínio público apenas em 2016. Apesar de banido na Alemanha há 70 anos, o livro pode ser encontrado em vários países.
Foto: Arben Muka
Com a assinatura de Hitler
Edições autografadas pelo ditador nazista costumavam ser oferecidas a executivos ou como presente de casamento. Para ter esses exemplares, colecionadores de todo o mundo desembolsam somas astronômicas.
Foto: picture-alliance/dpa
Edição árabe
Esta versão em árabe foi publicada em 1950. No verso do livro, há várias reproduções da suástica.
Foto: picture-alliance/dpa/akg-images
'Mon Combat'
À esquerda, a edição francesa de 1939 contém a frase: "Todo francês precisa ler este livro." A recomendação – ou aviso – foi escrita pelo major francês Hubert Lyautey, ministro da Guerra durante a Primeira Guerra e mais tarde administrador colonial do país. Lyautey morreu bem antes de Hitler iniciar a Segunda Guerra. A imagem à direita mostra uma versão posterior do livro do ditador nazista.
Foto: picture alliance/Gusman/Leemage /Roby le 14 février 2005.
"Uma obra do mundo moderno"
Durante um longo período, Hitler tentou conquistar o Reino Unido – em vão, pois o espírito lutador dos britânicos não deixou isso acontecer. Mesmo odiando o ditador nazista, eles não tiveram problemas em publicar o livro após a guerra. Este anúncio trata a obra como uma das mais significativas do mundo moderno.
Foto: picture-alliance/dpa/photoshot
Com capa vermelha
Artigos de guerra são populares entre os colecionadores americanos. Em nenhum país do mundo, a demanda por "Minha Luta" é maior que nos Estados Unidos. Leilões para edições especiais costumam ter o preço inicial de 35 mil dólares.
Foto: F. J. Brown/AFP/Getty Images
No Afeganistão
Em Cabul, comerciantes de rua vendem "Minha Luta" – legalmente. Pôsteres de propaganda nazista também estão entre as mercadorias.
Foto: picture-alliance/dpa
Adolfa Hitlera em Sarajevo
"Minha Luta" foi exibido em uma feira de livros na capital da Bósnia em 2013. Porém, em edição comentada.
Foto: DW/N. Velickovic
Hitler na vitrine
Pelas ruas de Tirana, capital da Albânia, é possível se deparar com a foto do ditador nazista. Na cidade, é bastante comum que o livro seja exibido em vitrines de livrarias.