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Tribunal sul-africano pede detenção de presidente do Sudão

14 de junho de 2015

Justiça da África do Sul proíbe Omar al-Bashir de deixar país, onde ele chegou para participar de cúpula. Chefe de Estado tem ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional.

Sudan Wiederwahl Präsident Omar al-Baschir
Foto: Reuters/Str

Um tribunal em Pretória proibiu temporariamente neste domingo (14/06) que o presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, deixe a África do Sul, depois que o Tribunal Penal Internacional (TPI) pediu a detenção do chefe de Estado sudanês, que chegou neste sábado a Johanesburgo para participar de uma cúpula da União Africana.

Em 2009, o TPI emitiu uma ordem de prisão contra Bashir por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos em 2003 durante o conflito em Darfur.

No entanto, Bashir apareceu na foto de grupo dos chefes de Estado e governo dos países africanos e sorriu para as câmeras. O governo do Sudão disse não haver problemas com o retorno do chefe de Estado ao país.

Isolado internacionalmente

Mais de 300 mil pessoas morreram e cerca de 2,5 milhões tiveram de deixar suas casas devido ao conflito étnico-cultural que abala a região de Darfur, no oeste do país, desde 2003. Cartum, por outro lado, estima que o número de mortos do conflito não ultrapassa 10 mil.

Há anos que o Sudão está isolado internacionalmente. Desde 1997, o país é alvo de um embargo econômico dos EUA devido às alegadas violações dos direitos humanos e ligações ao terrorismo. No início dos anos 1990, o governo em Cartum abrigou por cinco anos o ex-líder da Al Qaeda, Osama bin Laden.

Além dos conflitos armados que afetam metade dos seus 18 estados, o Sudão perdeu cerca de 75% dos seus recursos petrolíferos com a secessão do sul, que se tornou o Estado do Sudão do Sul em 2011.

CA/lusa/dpa

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