Triplica o número de sírios com cidadania alemã em 2021
Richard Connor
10 de junho de 2022
Sírios desbancam os turcos em 2021 e passam a liderar ranking de estrangeiros que se naturalizaram alemães. No total, mais de 130 mil estrangeiros de 173 nacionalidades diferentes adquiriram cidadania alemã em 2021.
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O número de cidadãos sírios que se naturalizaram alemães em 2021 foi praticamente três vezes maior do que em 2020.
De acordo com informações divulgadas nesta sexta-feira (10/06) pelo Departamento Federal de Estatística da Alemanha (Destatis), 19.100 pessoas nascidas na Síria tornaram-se cidadãos alemães em 2021. Em 2020, 6.700 sírios haviam adquirido a cidadania alemã.
Já entre todas as nacionalidades, segundo o Destatis, 131.600 pessoas naturalizaram-se alemães em 2021 – um aumento de cerca de 21.700 pessoas ou 20% em relação ao ano anterior.
Entre os sírios, esse aumento ocorreu principalmente por causa dos cidadãos que deixaram a Síria a partir do verão de 2015, no auge da crise migratória causada por uma série de conflitos no Oriente Médio. À época, muitos pediram asilo na Alemanha.
Em 2010, antes da guerra civil no país do Oriente Médio, apenas cerca de 1.400 sírios haviam adquirido cidadania alemã. O grupo aparecia bem atrás de outras nacionalidades, como turcos, romenos e poloneses.
Depois de alguns anos morando na Alemanha, essas pessoas ficaram elegíveis a pedir a cidadania alemã, desde que preenchessem alguns requisitos, como conhecimentos linguísticos avançados, garantias de subsistência e um período suficiente de residência contínua.
A maioria dos sírios naturalizados em 2021 (81%) não permaneceu na Alemanha durante o período mínimo usual exigido, que é de oito anos. Segundo o Destatis, porém, a maioria contornou a exigência demonstrando uma vontade particular de integração e de fortes habilidades na língua alemã e comprometimento cívico, o que permitiu cortar o tempo de espera para seis anos.
Nesses casos, os familiares desses estrangeiros também podem ser naturalizados sem o período mínimo de residência. Conforme o Destatis, o período médio de residência dos cidadãos sírios naturalizados alemães foi de 6,5 anos.
Com esse número, os sírios desbancaram os turcos da primeira posição entre as nacionalidades com maior número de membros que adquiriram cidadania alemã num determinado ano. A posição vinha sendo ocupada pelos turcos desde 2000 - segundo a série histórica disponibilizada pelo Destatis.
O Destatis também prevê que o número de sírios com cidadania alemã deve aumentar ainda mais nos próximos anos. No início de 2021, 105.000 cidadãos sírios com permanência de pelo menos seis anos moravam na Alemanha. No início de 2022, o número chegou a 449.000 - mais de quatro vezes mais.
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Quem mais está se tornando alemão
Além dos sírios, as naturalizações em 2021 ocorreram com maior frequência entre cidadãos turcos, com um total de 12.200 tornando-se cidadãos alemães no ano passado. Na sequência, aparecem os romenos (6.900), poloneses (5.500) e italianos (5.000).
Uma em cada quatro pessoas que se tornaram alemãs em 2021 tem a cidadania de outro país da União Europeia. Imigrantes de um total de 173 nacionalidades diferentes se naturalizaram alemães em 2021.
Um número crescente de pessoas de outras nacionalidades não é mais obrigado a renunciar à cidadania original antes de receber um passaporte alemão, característica que tem sido impulsionada pela migração interna dentro da UE e também por um número maior de refugiados que têm se candidatado.
gb/jps (ots)
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A Colômbia é a última chance para muitos venezuelanos. Ali, eles vivem em acampamentos como El Camino, nos arredores da capital, Bogotá. As políticas do presidente Nicolás Maduro levaram a Venezuela a não conseguir mais suprir seus cidadãos, por exemplo, com alimentos e medicamentos. As perspectivas de volta a seu país de origem são ruins.
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Foto: Jibon Ahmed
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Foto: picture-alliance/dpa/R. Blackwell
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Foto: picture-alliance/ZUMA Wire/J. Merida
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