Avião da Jet Airways é forçado a retornar para Mumbai depois de mais de 30 pessoas apresentarem sangramentos. Caso é mais um constrangimento para empresa, cujos pilotos uma vez abandonaram cockpit em pleno voo.
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Um avião da companhia aérea indiana Jet Airways foi forçado nesta quinta-feira (20/09) a retornar ao aeroporto de origem minutos depois da decolagem após a tripulação ter esquecido de ligar o sistema automático de pressurização da cabine. O voo fazia a rota entre Mumbai e Jaipur, na Índia.
Por causa da súbita perda de pressão na cabine momentos depois da decolagem, mais de 30 passageiros começaram a apresentar sangramentos nas orelhas e narizes e tiveram que receber tratamento médico após a aeronave retornar a Mumbai. Cinco pessoas apresentaram leve surdez e foram levadas a um hospital.
A empresa aérea afirmou que o incidente ocorreu depois de os pilotos falharem em pressurizar a cabine do avião. A tripulação do voo "foi afastada das tarefas programadas e aguarda a investigação", diz a empresa na nota, acrescentando que cooperará totalmente com a agência reguladora de aviação da Índia na apuração do incidente.
O Boeing 737-800, que transportava 166 passageiros e cinco tripulantes, atingiu a altitude de 3.350 metros antes de retornar a Mumbai. Fotos e vídeos feitos pelos passageiros a bordo logo chegaram às redes sociais. "Situação de pânico devido a uma falha técnica no @jetairways 9W 0697 indo de Mumbai para Jaipur", tuitou Darshak Hathi.
Outro passageiro disse à rede de notícias NDTV, da Índia, que o piloto não fez nenhum anúncio, exceto para afirmar que o voo estava retornando para Mumbai: "Eu estava na classe executiva e a máscara de oxigênio caiu de repente."
O incidente é o mais recente de uma série de constrangimentos para Jet Airways, e vem no momento em que a empresa está lutando para cortar custos e se vê envolvida numa disputa salarial com seus funcionários.
A companhia, que pertence parcialmente à Etihad Airways, anunciou neste verão europeu que sofreu prejuízo de cerca de 190 milhões de dólares no trimestre de abril a junho. Em janeiro, dois pilotos receberam punição por brigar e deixar o cockpit durante o voo entre Mumbai e Londres.
Problemas de pressurização em uma aeronave podem ser fatais. Em 2005, um avião da companhia cipriota Helios Airways, que saiu de Larnaca, no Chipre, com destino à Praga, na República Tcheca, foi perdendo oxigênio à medida que subia de altitude até todos os ocupantes, com exceção de dois, ficarem inconscientes. O avião se chocou contra uma montanha a 40 quilômetros de Atenas, matando todos os 121 ocupantes.
O levantamento da consultoria britânica OAG mostra surpresas quando se trata das rotas domésticas mundiais com maior número de voos. Uma ponte aérea entre duas cidades brasileiras representa a América Latina no ranking.
Foto: Getty Images/AFP/K. Nogi
#10: Pequim (PEK) – Xangai (SHA)
A ponte aérea entre as chinesas Pequim e Xangai (foto) é a décima mais movimentada do mundo. Em 2017, foram 30.029 partidas, ou seja, uma frequência média de 82 voos diários. O voo direto, que dura cerca de 2 horas, custa 1.200 reais (ida e volta). Air China, China Southern Airlines, Hainan Airlines, Xiamen Airlines e China Eastern Airlines são algumas das empresas que fazem a rota direta.
Foto: picture-alliance/dpa
#9: Cidade do Cabo (CPT) – Johanesburgo (JNB)
A ponte aérea entre Cidade do Cabo (foto) e Johanesburgo, na África do Sul, é a nona mais movimentada do mundo. Foram 31.914 partidas em 2017, ou seja, uma média de 87 voos por dia. A distância de 1.270 km é percorrida em duas horas de avião, e os tíquetes ida e volta custam cerca de 450 reais. Entre as companhias que oferecem voos diretos estão a South African Airways, Comair, Mango e Safair.
Foto: Henner Frankenfeld
#8: Brisbane (BNE) – Sydney (SYD)
A ponte aérea entre as metrópoles australianas Brisbane e Sydney (foto) é a oitava mais movimentada do mundo. Foram 33.765 voos em 2017, ou seja, uma frequência média de 92 voos diários. A distância, de cerca de 730 km, é percorrida em 1h30 de avião. Os tíquetes de ida e volta custam em torno de 400 reais. Entre as companhias que oferecem voos diretos estão a Virgin Australia, Qantas e Jetstar.
Foto: picture alliance/blickwinkel/McPHOTO
#7: Los Angeles (LAX) – São Francisco (SFO)
A ponte aérea entre Los Angeles (foto) e São Francisco, nos EUA, é a sétima mais movimentada do mundo. Foram 34.897 partidas em 2017, o que representa uma frequência média de 95 voos diários. São cerca de 90 minutos de voo, e os tíquetes ida e volta custam cerca de 300 reais. As empresas American, Delta, United, Virgin, Southwest e Alaska Airlines oferecem voos diretos.
Foto: picture alliance/Bildagentur-online/Rossi
#6: Sapporo (CTS) – Tóquio Haneda (HND)
As 38.389 partidas entre as metrópoles japonesas Sapporo e Tóquio (foto) fazem desta ponte aérea a sexta mais movimentada do mundo. Em 2017, essa rota apresentou uma frequência média de 105 voos diários. São 90 minutos de voo, e o tíquete ida e volta custa cerca de 570 reais. Entre as empresas que oferecem voos diretos estão a Japan Airlines, Skymark e All Nippon Airways (ANA).
Foto: Getty Images/AFP/K. Nogi
#5: Rio de Janeiro (SDU) – São Paulo (CGH)
A ponte aérea entre Santos Dumont, no Rio de Janeiro (foto), e Congonhas, em São Paulo, é a quinta mais movimentada do mundo. Foram 39.325 partidas em 2017, ou seja, uma frequência média de 107 partidas por dia. A distância de 352 quilômetros é percorrida em uma hora de avião. As companhias Latam Brasil, Gol e Avianca Brasil oferecem voos diretos por cerca de 300 reais (ida e volta).
Foto: picture alliance/Arco Images GmbH
#4: Fukuoka (FUK) – Tóquio Haneda (HND)
Outra ponte aérea japonesa aparece no ranking das dez mais movimentadas do mundo: Fukuoka (foto) e Tóquio. Foram 42.835 partidas entre as duas metrópoles, ou seja, uma frequência média de 117 por dia. São 100 minutos de voo, e o tíquete ida e volta custa cerca de 600 reais. As companhias Japan Airlines, Skymark e All Nippon Airways (ANA) oferecem voos diretos.
Foto: Imago/Imagebroker
#3: Mumbai (BOM) – Nova Delhi (DEL)
A terceira ponte aérea mais movimentada do mundo é entre Mumbai (foto) e a capital da Índia, Nova Delhi. São cerca de 1.150 km de distância percorridos em cerca de 2 horas. Foram 47.462 partidas nesta rota em 2017, ou seja, uma média de 130 por dia. O tíquete de ida e volta custa cerca de 240 reais. Entre as principais empresas que oferecem voos diretos estão a Air India, IndiGo e Jet Airways.
Foto: picture alliance/robertharding/G. Hellier
#2: Melbourne (MEL) – Sydney (SYD)
O segundo lugar fica com a rota entre as duas maiores metrópoles australianas: Melbourne (foto), onde vivem cerca de 4,3 milhões, e Sydney, com 4,7 milhões de habitantes. As duas cidades estão na lista entre as que têm melhor qualidade de vida do mundo. O voo, que dura 1 hora e 25 minutos, custa cerca de 250 reais (ida e volta). Em 2017, foram 54.519 partidas, ou seja, uma média de 149 por dia.
Foto: Fotolia/peshkov
#1: Jeju (CJU) – Seul Gimpo (GMP)
A rota entre Jeju (foto) e Seul, na Coreia do Sul, é a mais movimentada do mundo. Foram 64.991 partidas, ou seja, 178 por dia. Jeju – com paisagens vulcânicas que viraram Patrimônio Natural Mundial da Unesco – é a maior ilha ao longo da costa da península coreana e se tornou um destino de férias extremamente popular entre coreanos. O turismo, porém, está crescendo agora também entre os chineses.