Em protesto nos arredores do palácio que abriga a instituição, manifestantes denunciam descaso das autoridades com o patrimônio. Emocionados, pesquisadores lamentam destruição irreparável de seus objetos de estudo.
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A paisagem bucólica da Quinta da Boa Vista, num típico dia ensolarado carioca, contrastava com o clima fúnebre que rondava o Museu Nacional. Entre abraços e lágrimas, pesquisadores e funcionários que mantiveram um forte vínculo afetivo com a instituição buscavam consolar o inexplicável: a destruição de um dos mais importantes centros de memória da humanidade.
"Este espaço era a minha vida e a de muita gente. Nós não temos salários compatíveis com a nossa formação, e o que ganhamos não justifica estar aqui. Somos funcionários públicos por amor. Eu não sei de onde tirar forças para seguir. É como estar velando um parente nosso", diz a bióloga Lilian Cardoso, uma funcionária do museu prestes a concluir seu doutorado em arqueologia.
Ao falar sobre o impacto das perdas materiais do museu – cujo acervo contava com mais de 20 milhões de obras e algumas das coleções mais importantes do continente em diversas áreas –, Cardoso destacou a situação dos pesquisadores que tiveram seus objetos de pesquisa completamente destruídos pelas chamas.
“É uma perda irrecuperável para a ciência mundial”
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"No caso do meu doutorado, o material de pesquisa foi perdido, e ninguém nunca mais vai poder acessar e fazer novas pesquisas com ele. Mas a pesquisa de vários colegas que estão em meados do curso, ou no início, acabou", conta ela. "O laboratório do meu marido acabou. Ele é professor-doutor, concursado da casa há 12 anos, e não tem mais com o que trabalhar, a não ser que se reinvente. É o caso de muita gente aqui. Estamos juntando os cacos e vivendo um dia de cada vez."
Se a situação impõe uma reviravolta na vida dos pesquisadores que viram seus objetos de estudo arderem em chamas, o incêndio representa a destruição de sonhos para os jovens que tinham a ambição de se dedicar ao estudo de áreas do conhecimento que somente o Museu Nacional poderia oferecer.
Em meio a esse cenário, alguns buscam forças para manter o otimismo. É o caso do estudante Luiz Paulo Bittencourt, aprovado na primeira etapa da seleção para o mestrado em antropologia.
"Desde que descobri o que era o Museu Nacional, tive o sonho de estudar lá. Muita coisa foi perdida, mas nada apaga o conhecimento das pessoas que se dedicam há anos a esse lugar. Quero acreditar que não é o fim e sinto responsabilidade de continuar um projeto de produção de conhecimento que sofreu um golpe absurdo", afirma. "Hoje é impossível, mas amanhã vou chegar em casa, abrir um livro e estudar. Sinto que preciso dar o melhor de mim, precisamos disso mais do que nunca."
Centenas de pessoas foram à Quinta da Boa Vista na manhã desta segunda-feira (03/09) em protesto contra o descaso da gestão do patrimônio e para prestar solidariedade aos pesquisadores afetados pelas perdas. O parque municipal, localizado na Zona Norte do Rio, abriga o Museu Nacional, no palácio onde residia a família imperial.
Nos arredores, moradores comentavam o impacto de terem encontrado fuligens de documentos que pareciam remontar ao período do Império, e vários outros em diferentes idiomas. Os resquícios de arquivos destruídos pelo fogo chegaram a ser vistos nas proximidades do Maracanã, a quase um quilômetro de distância do museu.
Ao longo da manhã, o ar melancólico se misturou com forte tensão. Inicialmente apenas funcionários e estudantes foram autorizados a entrar no parque, de 155 mil metros quadrados, para se aproximarem do que restou da estrutura. Manifestantes tentavam forçar a entrada, enquanto a Guarda Municipal alegava a necessidade de aguardar o isolamento do prédio.
Por mais de uma vez, o nervosismo se intensificou quando a abertura do portão foi forçada, e os agentes reprimiram a ação com cassetetes e gás de pimenta. Uma manifestante chegou a ser carregada até uma viatura da Guarda Municipal para que pudesse receber atendimento médico em outro local.
Após três horas de espera, a abertura do portão voltou a ser forçada, mas desta vez sem resistência dos guardas. Os manifestantes entraram em bloco, entoando palavras de ordem contra a falta de recursos para a educação num momento em que o Judiciário reajustou o próprio salário. O congelamento de gastos apoiado pelo governo federal também foi atacado.
Dentro da Quinta, o ambiente só voltaria a ficar tenso quando dois jovens exibiram uma bandeira da família real. Os manifestantes exigiam a saída deles do ato, enquanto agentes da Guarda Municipal buscavam protegê-los.
No pátio externo do museu, o bisneto da Princesa Isabel, Dom João de Orleans e Bragança, lamentou os estragos do incêndio no prédio que abrigou sua família, e prometeu emprestar obras para a reconstrução do espaço.
"Esta tragédia é resultado do descaso de sucessivos governos, seja de esquerda, seja de direita. Quando houve o golpe republicano que tirou Dom Pedro 2º do poder, ele levou para o exílio quadros, fotografias e objetos para preservá-los, pois pensava no Brasil antes de seus interesses", afirmou. "A minha família lutou por anos para deixar esse patrimônio para o Brasil. Não é justo que tudo se perca dessa forma."
A professora de antropologia social do museu Adriana Facina se emocionou ao falar da destruição do local que considera "um espaço de sonho no contexto precário da ciência brasileira". Há 22 anos inserida no cotidiano da instituição, ela associa o descaso com sua preservação a uma inversão de prioridades na gestão pública.
"Gastou-se 215 milhões de reais no Museu do Amanhã, um elefante branco recheado de televisores, porque é uma oportunidade de negócio. Nós não nos encaixávamos nisso: éramos conhecimento, ciência, cultura e diversão para as pessoas mais pobres. O museu é popular e tinha fila para visitação nos fins de semana. Temos uma elite gananciosa, capaz de se emocionar com um museu em Paris e tratar com descaso uma instituição dessas", desabafa.
Na noite desta segunda-feira, os ministros Sérgio Sá Leitão (Cultura) e Rossieli Soares (Educação) estiveram na Quinta para acompanhar o trabalho de rescaldo dos bombeiros. Eles anunciaram a liberação imediata de R$ 10 milhões à UFRJ, que administra o espaço, para ajudar na reestruturação do palácio. Segundo Sá Leitão, o governo ainda busca apoio internacional para recuperar parte do acervo.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Hirschberger
Macedônia tenta... e falha
Troca de nome para "Macedônia do Norte" daria fim de décadas de disputa com a Grécia, abrindo caminho para integração do país na UE e na Otan. No entanto resistência da população foi grande, e participação eleitoral ficou muito abaixo dos 50% mínimo para validar o referendo. (30/09)
Foto: Reuters/M. Djurica
Sismos e tsunami mortais na Indonésia
Quase 400 morreram após terremotos e tsunami atingirem a ilha de Celebes, na Indonésia, Pelo menos outras 540 pessoas ficaram feridas depois do terremoto de magnitude 7.4 e o tsunami que atingiram a cidade de Palu. O município vizinho de Donggala também foi fortemente afetado. Três horas antes outro sismo, de magnitude 6,1, causou uma morte, feridos e o desmoronamento de várias casas. (29/09)
Foto: BNPB
Erdogan em Berlim
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, recebeu o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em Berlim. As posições conflitantes dos governos dos dois países em relação a temas como direitos humanos e liberdade de imprensa ficaram claras durante uma entrevista conjunta dos líderes. Erdogan pediu extradição de jornalista, e Merkel quer liberdade de alemães detidos. (28/09)
Foto: Reuters/F. Bensch
Petrobras paga R$ 3,4 bilhões a Justiça nos EUA
A Petrobras chegou a um acordo com a Justiça dos Estados Unidos para encerrar investigações sobre esquemas de desvios de recursos da empresa em território americano, anunciaram a petrolífera e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Pelo acordo, a Petrobras pagará 853,2 milhões de dólares (R$ 3,4 bilhões) de indenização. Oitenta por cento do valor da multa ficará no Brasil. (27/09)
Foto: picture alliance/Demotix
Trump ataca China e Irã na ONU
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, abriu a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas com acusações ao Irã de financiar terrorismo e um apelo para que o país jamais tenha uma bomba nuclear. Fora do tema da sessão, Trump acusou Pequim de interferir nas eleições de meio de mandato nos EUA, em retaliação à guerra comercial entre os dois países. (26/09)
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Discurso de Temer na ONU
Em seu último discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente Michel Temer afirmou que entregará ao seu sucessor um país melhor do que aquele que ele recebeu e que deixará o cargo com a "tranquilidade do dever cumprido". Temer também criticou o isolacionismo e defendeu a abertura comercial como motor da prosperidade. (25/09)
Foto: Reuters/C. Allegri
Nobel Alternativo premia luta contra corrupção
Uma fundação da Suécia premiou com o Nobel Alternativo a guatemalteca Thelma Aldana e colombiano Iván Velásquez por esforços no combate à corrupção na Guatemala. Além deles, os ativistas dos direitos humanos da Arábia Saudita Abdullah al-Hamid, Mohammad Fahad al-Qahtani e Waleed Abu al-Khair também foram distinguidos. O júri escolheu os vencedores entre 107 nomeações de 50 países. (24/09)
Foto: Getty Images/AFP/O. Estrada//J. Ordonez
Porsche abandona o diesel
O presidente da Porsche, Oliver Blume, disse que a tradicional montadora não vai mais colocar carros com motor movido a diesel no mercado. A decisão é uma resposta ao escândalo de emissões que atinge o setor automobilístico alemão desde 2015. Segundo Blume, a montadora vai se concentrar agora em desenvolver motores a gasolina, híbridos e, a partir de 2019, puramente elétricos. (23/09)
Foto: picture-alliance/dpa/U. Zucchi
China e Vaticano em meio a degelo diplomático
O Vaticano e a China anunciaram um acordo histórico que promete contribuir para o degelo das relações diplomáticas rompidas há quase 70 anos. Como parte do pacto, o papa Francisco aceitou a nomeação de sete bispos chineses, entre os 60 indicados pelo regime do país nas últimas décadas sem o consentimento do Vaticano. Em outros países, é normalmente o pontífice quem nomeia os bispos locais. (22/09)
O partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) chegou a 18% na preferência do eleitorado alemão em pesquisa encomendada pela emissora ARD. Esse é o melhor percentual já alcançado pela sigla, que pela primeira vez aparece como a segunda maior força partidária do país numa pesquisa. A União Democrata Cristã (CDU) e sua irmã, a União Social Cristã (CSU), seguem liderando. (21/09)
Foto: Reuters/M. Rehle
Bolsonaro é capa da "Economist"
Em capa dedicada à eleição brasileira, a revista britânica "The Economist" afirmou que o Brasil necessita urgentemente de reformas, mas que a resposta não está em Jair Bolsonaro. A reportagem diz que ex-militar é uma "ameaça ao Brasil e à América Latina" e seria um "presidente desastroso". Artigo compara-o com líderes populistas como Donald Trump dos EUA e Rodrigo Duterte das Filipinas. (20/09)
Foto: facebook/TheEconomist
Bayer recorre contra indenização por glifosato
A Monsanto, subsidiária da Bayer, entrou com um recurso contra a decisão de um júri da Califórnia de condenar a companhia a pagar 289 milhões de dólares em indenizações a um homem que diz ter contraído câncer devido à exposição ao herbicida Roundup que contém glifosato. A empresa pede que a sentença seja anulada, que o valor da indenização seja reduzido ou que seja aberto um novo processo. (19/09)
Foto: Getty Images/AFP/P. Huguen
Reunião em Pyongyang
Os líderes da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e da Coreia do Sul, Moon Jae-in, se reuniram em Pyongyang, onde ambos devem trabalhar para reativar o processo de desnuclearização da península coreana e retomar as relações. Moon foi recebido por Kim no aeroporto com abraços efusivos e uma cerimônia com honras militares. Ambos desfilaram, então, pelas ruas da capital norte-coreana. (18/09)
Foto: Getty Images/Pyeongyang Press Corps
Novas notas de 100 e 200 euros
O Banco Central Europeu (BCE) apresentou, em Frankfurt, as novas notas de 100 e 200 euros. Ambas possuem novos elementos de segurança que dificultam a falsificação e um tamanho menor, que torna mais fácil levá-las em carteiras. Elas devem entrar em circulação apenas em maio do próximo ano. (17/09)
Foto: picture-alliance/dpa/H. Punz
"É só atravessar a rua para achar emprego"
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi criticado pelos conselhos que deu a um homem desempregado para que encontre trabalho. Macron sugeriu a um jovem horticultor que troque de setor e acrescentou que basta atravessar a rua para encontrar um emprego em Paris. "Hotéis, cafés, restaurantes: eu atravesso a rua, consigo um para o senhor!", afirmou. (16/09)
Foto: Reuters/A.C. Poujoulat
"Stern" apresenta diários falsos de Hitler
Revista alemã "Stern" expôe pela primeira vez os diários falsos de Adolf Hitler, que em maio de 1983 colocaram a publicação no meio de um dos maiores escândalos da história da imprensa alemã. Os diários eram falsos, mas foram apresentados pela revista – que não sabia disso – como verdadeiros. (15/09)
Foto: picture-alliance/dpa
Brasil estagna no ranking de IDH
Apesar de um leve crescimento em seu Índice de Desenvolvimento Humano, o Brasil permaneceu estagnado pelo terceiro ano consecutivo no ranking de 189 países, mantendo-se na 79ª posição. O IDH brasileiro subiu 0,001 ponto em 2017 em comparação com 2016, chegando a 0,759 numa escala que varia de 0 a 1 – quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano. Desigualdade é grande entrave. (14/09)
Foto: picture-alliance/dpa/G. Ismar
Dias Toffoli assume comando do STF
O ministro Dias Toffoli tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal no lugar de Cármen Lúcia. Em seu primeiro discurso, ele defendeu a harmonia entre os três poderes e a necessidade de diálogo. "Que todos, independentemente de profissão, gênero, cor, crença, ideologia política e partidária, classe social, estejamos juntos na construção de um Brasil mais tolerante", afirmou. (13/09)
Foto: Getty Images/AFP/V. Silva
UE recomenda sanções contra Hungria
O Parlamento Europeu votou a favor de instaurar um procedimento disciplinar contra a Hungria, acusada de graves violações dos valores democráticos europeus em matérias como imigração, corrupção, liberdades civis e direitos de minorias. A possível sanção máxima é a suspensão do direito de voto no Conselho da UE. O governo de Viktor Orbán considerou a votação fraudulenta e prometeu recorrer. (12/09)
Foto: Reuters/V. Kessler
PT oficializa troca de Lula por Haddad
Após meses de suspense, o PT finalmente oficializou o seu "plano B" à Presidência e confirmou que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad vai assumir a cabeça de chapa no lugar de Luiz Inácio Lula da Silva. Em carta, o ex-presidente disse que Haddad, a partir de agora, "vai ser Lula para milhões de brasileiros". O petista tem agora menos de um mês para fazer transferência do eleitorado. (11/09)
Foto: Reuters/A. Machado
Extrema direita ganha espaço na Suécia
O resultado das eleições parlamentares suecas trouxe incerteza sobre o próximo governo do país escandinavo. Alianças de centro-direita e centro-esquerda foram as mais votadas, mas não conseguiram formar maioria. Enquanto isso, houve um crescimento dos Democratas Suecos (foto), legenda de extrema direita com raízes neonazistas – a sigla obteve o terceiro melhor resultado. (10/09)
Foto: -picture alliance/DPR/A. Wiklund
Coreia do Norte celebra 70 anos
Coreia do Norte realiza grande desfile militar em comemoração ao 70º aniversário da fundação do país, com milhares de soldados seguidos de tanques marchando pela capital Pyongyang. Desta vez, regime norte-coreano não exibiu mísseis balísticos intercontinentais ou de médio alcance, que motivaram uma série de sanções internacionais contra o país. (09/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/K. Cheung
Filme sobre Mujica é premiado em Veneza
"Roma", do diretor mexicano Alfonso Cuarón, conquistou neste sábado o Leão de Ouro da 75ª edição do Festival de Veneza. Esse é o primeiro prêmio que a gigante do streaming ganha num dos grandes festival de cinema do planeta. Documentário sobre vida do ex-presidente José Mujica, "El Pepe, uma vida suprema", vence prêmio paralelo da Unesco. (08/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/K. Wigglesworth
Obama ataca Trump em discurso
Em discurso a universitários, o ex-presidente Barack Obama lançou uma série de críticas contra o presidente Donald Trump, mencionando seu sucessor pelo nome pela primeira vez. O democrata acusou a gestão republicana de promover uma "política de medo e ressentimento" no país. "Trump é um sintoma, e não a causa [da polarização nos EUA]", acrescentou, alertando contra políticas divisórias. (07/09)
Foto: Reuters/J. Gress
Bolsonaro é esfaqueado
O candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) foi atingido no abdômen por um golpe de faca, durante um evento de campanha em Juiz de Fora (MG). Ele foi encaminhado ao centro cirúrgico da Santa Casa da cidade, onde os médicos constataram lesões numa artéria e nos intestinos delgado e grosso. Todas as lesões foram reparadas, e o quadro dele é estável. O agressor foi preso em flagrante. (06/09)
Foto: Getty Images/AFP/R. Leite
Russos acusados no caso Skripal
Promotores britânicos acusaram formalmente dois cidadãos russos pela tentativa de assassinato do ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha Yulia, com o agente químico Novichok. Um mandado de prisão europeu foi emitido para os suspeitos, identificados como Alexander Petrov e Ruslan Boshirov. Eles chegaram ao Reino Unido em 2 de março e partiram no dia 4, mesma data do ataque em Salisbury. (05/09)
Foto: Reuters/Metroplitan Police
Amazon, US$ 1 tri em valor de mercado
A Amazon atingiu 1 trilhão de dólares em valor de mercado, tornando-se a segunda companhia a alcançar a marca, depois da Apple. A gigante do comércio eletrônico chegou à avaliação recorde quando o preço de suas ações atingiu 2.050,50 dólares. O feito revela a crescente influência das empresas de tecnologia nos mercados. Seu fundador, Jeff Bezos (foto), é hoje a pessoa mais rica do mundo. (04/09)
Foto: picture-alliance/AP Photo/T. S. Warren
Show contra a xenofobia em Chemnitz
Cerca de 65 mil pessoas compareceram a uma série de shows em Chemnitz, no leste da Alemanha, em protesto contra o racismo e a xenofobia. O ato é uma resposta às manifestações anti-imigração que levaram a violência contra estrangeiros na cidade. Sob o lema "Wir sind mehr" ("Nós somos mais"), artistas alemães de diferentes estilos musicais se apresentaram no festival gratuito a céu aberto. (03/09)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Willnow
Incêndio destrói Museu Nacional no Rio
Um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional no Rio de Janeiro, fundado em 1818 por Dom João 6º. Com 20 milhões de peças e documentos, era o quinto maior museu do mundo em acervo. Apesar do prestígio, a primeira instituição científica do Brasil vinha sofrendo cortes em seu orçamento e, desde 2014, não recebia a verba de 520 mil reais anuais necessária para sua manutenção. (02/09)
Foto: Reuters/R. Moraes
Carro-bomba explode na Somália
Ao menos menos seis pessoas morrem na explosão de um carro-bomba no centro da capital do país. Detonação atinge prédios do governo e uma escola. Atentado é reivindicado pela milícia extremista Al Shabaab. O grupo jihadista, filiado à Al Qaeda, tenta há anos derrubar o governo e instaurar um Estado islâmico. (02/09)
Foto: Reuters/F. Omar
Milhares voltam a protestar contra estrangeiros em Chemnitz
Cerca de 4.500 pessoas atenderam a uma nova convocação de grupos de direita e saíram às ruas de Chemnitz, no leste da Alemanha, em protesto contra a política de refugiados do governo alemão. Outras 3.500 pessoas organizaram um contraprotesto nas proximidades para denunciar a violência contra estrangeiros e a xenofobia no país. (01/09)