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Tropa da UE deve estar pronta para ação em 2003

ef5 de outubro de 2002

A tropa de reação rápida da União Européia, de 60 mil soldados, deverá ser formada até o fim do ano, para poder entrar em ação em 2003, conforme decidiram seus 15 ministros da Defesa, na ilha grega de Kreta.

Ministro alemão da Defesa, Peter Struck, em Kreta, com a colega francesa Michele Alliot-MarieFoto: AP

O financiamento da tropa de reação rápida comum européia ainda não está garantido, mas os ministros da Defesa confirmaram, ao mesmo tempo, a disposição da UE de assumir a ação Amber Fox da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), na Macedônia, conforme anunciou o anfitrião Yannos Papantoniou, no encerramento do encontro de dois dias, na cidade portuária de Rythymnon.

A troca de contingente na Macedônia ainda depende de um acordo entre a UE e a OTAN para a tropa comum européia poder usar as capacidades da aliança militar transatlântica, dominada pelos Estados Unidos.

A Amber Fox vigia o cumprimento do armistício entre as tropas governamentais e os rebeldes albaneses. A OTAN está disposta a manter seu contingente na Macedônia mesmo depois de expirar seu mandato no próximo dia 26.

O titular da Defesa da Grécia, Papantoniou prometeu "uma solução o mais rápido possível" para um acordo da UE com a OTAN. Este vem sendo bloqueado exatamente pela Grécia, porque o governo de Atenas rejeita um direito de coparticipação da Turquia em decisões da União Européia.

Partida rápida e marcha lenta

A UE decidiu criar uma tropa própria três anos atrás, depois de ficar evidente, na guerra do Kosovo, a sua dependência da supremacia militar dos EUA na OTAN. O projeto teve uma partida supreendentemente rápida, mas ficou empacado durante alguns tempos. O problema de financiamento deverá ser solucionado, finalmente, no próximo encontro de cúpula dos chefes de governo e de Estado dos 15 países-membros, em Bruxelas, nos dias 17 e 18 de novembro, segundo o titular da Defesa da Grécia. A nova tropa vai depender das estruturas e de apoio logístico da OTAN e para que isso seja garantido é preciso um acordo entre os adversários Atenas e Ancara. A Grécia integra a OTAN e a UE, mas a Turquia só faz parte da aliança militar.

Concorrência entre UE e OTAN

Washington está acompanhando a criação da tropa comum européia com atenção, porque a OTAN tem um projeto semelhante e ambos poderão ser concorrentes. No último encontro da aliança militar, em Varsóvia, o secretário da Defesa americana, Donald Rumsfeld, propôs a formação de uma tropa semelhante de ataque. A reação dos seus colegas foi predominantemente positiva, com a exceção do alemão Peter Struck, que se mostrou extremamente reservado.

No encontro dos aliados na capital polonesa, Rumsfeld evitou falar com Struck, alegando que a atmosfera teuto-americana estava envenenada. O veneno era a rejeição categórica do governo alemão de Gerhard Schröder a uma intervenção militar no Iraque. Mas nesse meio tempo o presidente americano George W. Bush proporcionou uma distensão com a carta que enviou ao seu colega alemão, Johannes Rau, por ocasião do Dia da Unidade Alemã, na quinta-feira (3).

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