Trump acaba com programa de proteção a jovens imigrantes
5 de setembro de 2017
Iniciativa protege da deportação 800 mil jovens em situação de ilegalidade que chegaram ainda criança aos EUA. Decreto de Barack Obama criou o programa em 2012.
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O governo de Donald Trump anunciou nesta terça-feira (05/09) o fim do programa de Ação Diferida para os Chegados na Infância (Daca), criado pelo ex-presidente Barack Obama, que protegia da deportação 800 mil jovens imigrantes em situação de ilegalidade que chegaram ainda criança aos Estados Unidos.
Numa declaração à imprensa, o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, afirmou que o decreto, assinado por Obama em 2012, era "um exercício inconstitucional de autoridade do Executivo" e "uma ação de anistia executiva unilateral".
Sessions, um dos membros do governo Trump com posições mais duras em relação à imigração no país, alegou ainda que o decreto nega "postos de trabalhos a centenas de milhares de americanos", pois permite a imigrantes ilegais assumirem esses postos.
O governo deu um prazo de seis meses ao Congresso para encontrar uma solução legal para os jovens que eram protegidos pelo programa. Uma lei de proteção tem apoio nos dois partidos, mas enfrenta forte oposição de alguns republicanos, que consideram a iniciativa uma anistia.
Em comunicado, Trump defendeu o fim do programa. "Nossa primeira e maior prioridade no avanço da reforma da imigração precisa ser a criação de empregos, a melhoria dos salários e a garantia de segurança para os trabalhadores americanos e suas famílias", destacou.
"Não estou fazendo um favor punindo crianças, a maioria já adultos, pelas ações de seus pais. Mas precisamos reconhecer que somos uma nação de oportunidades por sermos uma nação de leis", acrescentou o presidente.
Viver em legalidade
Estima-se que até cerca 2,1 milhões de jovens poderiam se beneficiar do programa, que não inclui pessoas com mais de 31 anos ou que chegaram depois de 2007. A grande maioria dos 800 mil beneficiados seriam jovens nascidos na América Latina.
O Daca permite a jovens que foram levados para os EUA quando crianças de forma ilegal uma proteção contra deportação, além do recebimento de autorização de trabalho e número de segurança social.
Com essa proteção, eles podem ter acesso à universidade, trabalhar de forma legal, visitar o país de origem e tirar carteira de motorista. As únicas diferenças para um cidadão americano é não ter um passaporte, não poder votar e poder ser deportado se cometer algum crime.
O fim do Daca foi criticado por democratas. A líder do partido na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, classificou a decisão de "um ato político covarde" e disse que a medida afeta jovens em todo o país.
CN/efe/lusa/rtr/afp
Trump: populista, milionário, presidente
Donald Trump é empreendedor imobiliário, autor de best-seller, estrela de televisão e muitos não o levavam a sério. Mas ele foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos. Conheça sua trajetória.
Foto: picture-alliance/dpa
A família, seu império
Trump com a família: a esposa, Melania (de branco), as filhas Ivanka e Tiffany, os filhos Eric e Donald Junior, e os netos Kai e Donald Junior 3º. Os filhos são "vice-presidentes seniores " do conglomerado Trump.
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1984
Esta foto, tirada em 1984, marca a abertura do Harrah's at Trump Plaza, um complexo envolvendo hotel, restaurante e cassino em Atlantic City. Este foi apenas um dos investimentos que tornou Trump bilionário.
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Frederick Junior, o pai
Donald Trump herdou o dinheiro para seus investimentos do pai, Frederick, que lhe deu um capital inicial de um milhão de dólares. Após sua morte, em 1999, Donald e seus três irmãos herdaram uma fortuna de 400 milhões de dólares.
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O nome é a marca
Trump investe de forma agressiva, mas também sofre fracassos. Numa perspectiva de longo prazo, no entanto, obtém sucesso, como por exemplo com a Trump Tower em Nova York. Ele calcula sua fortuna hoje em 10 bilhões de dólares. Especialistas, entretanto, consideram um terço desse valor mais realista.
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"Very good, very smart" (Muito bom, muito inteligente)
É o que Trump diz de si mesmo. E acrescenta que cursou a universidade de elite Wharton (foto), na Filadélfia, onde se formou em 1968.
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Capitão Trump
Antes disso, quando tinha 13 anos, seu pai o havia enviado para um internato militar em Cornwall-on-Hudson, onde deveria aprender a ser disciplinado. No último ano, ele obteve inclusive uma patente militar. Ele diz que, ali, recebeu mais treinamento militar do que nas Forças Armadas americanas.
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Dispensado da Guerra do Vietnã
Devido a um problema no calcanhar, Trump foi dispensado e não lutou na Guerra do Vietnã.
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Ivana, primeira esposa
Em 1977, Trump se casou com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem teve três filhos. O relacionamento foi acompanhado de rumores sobre relacionamentos extraconjugais. Foi Ivana quem apelidou Trump de "The Donald".
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Família número 2
Em 1990, Trump se divorciou de Ivana e se casou com Marla, 17 anos mais jovem que ele. A filha do casal se chama Tiffany.
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As meninas de Trump
Em público, Trump não aparece só ao lado de sua esposa. Ele costuma acompanhar concursos de beleza ao lado de jovens modelos. De 1996 a 2015, ele foi o responsável pelo concurso de Miss Universo nos EUA.
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A arte de negociar
Como fazer milhões de forma rápida? O best-seller de Trump "A arte da negociação" é um exemplo. O livro é em parte autobiográfico, em parte um livro de dicas para empresários ambiciosos. A publicação não foi somente uma das mais vendidas nos EUA, como também colocou Trump no centro das atenções no país.
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"The Donald" no ringue
Como poucos, Trump consegue chamar a atenção da mídia. Seu campo de ação inclui até um ringue de luta livre. Em seu programa "O Aprendiz", os candidatos eram contratados ou demitidos. Sua frase favorita no programa era "Você está demitido!"
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Trump na política
Na verdade, ele quase não teve uma carreira política. Em 16 de junho de 2015, Trump anunciou sua candidatura para a corrida presidencial pelo Partido Republicano. Seu slogan: "Faça a América grande outra vez". A campanha foi feita ao lado da família e com slogans contra imigrantes, muçulmanos, mulheres e sadversários políticos.
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45º presidente dos Estados Unidos
O populista e showman é agora o novo presidente dos Estados Unidos, o que muitos não poderiam sequer imaginar. Mas a história de Donald J. Trump também mostra que este homem tem a capacidade de se transformar como um camaleão.