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Trump afirma que ataque químico na Síria vai custar caro

8 de abril de 2018

Presidente chama suposto ataque na cidade de Duma de "estúpido" e afirma que "Rússia e Irã são responsáveis pelo seu apoio a Animal Assad". Conselho de Segurança fará reunião de emergência.

Crianças são atendidas em Duma depois de um ataque com armas químicasFoto: picture alliance/AP Photo/Syrian Civil Defense White Helmets

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou com duras palavras neste domingo (08/04) o suposto ataque com armas químicas em Duma, na Síria, e afirmou que "é preciso pagar um preço alto". Tanto a Síria como a Rússia negam que tenham ocorrido um ataque.

Segundo a organização não governamental Capacetes Brancos, ao menos 40 pessoas, na sua maioria mulheres e crianças, morreram por asfixia em decorrência de um ataque químico em Duma, a maior cidade de Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco.

Leia mais: Rússia nega uso de armas químicas em Duma

"Numerosos mortos, entre os quais mulheres e crianças, num estúpido ataque QUÍMICO na Síria", escreveu Trump sobre o bombardeio aéreo, supostamente executado pelo regime do presidente Bashar al-Assad, contra a cidade de Duma, último reduto rebelde nas proximidades de Damasco.

Trump chamou Assad de "animal". "A área das atrocidades está confinada e cercada pelo Exército sírio, tornando-a completamente inacessível ao resto do mundo. O presidente Putin, a Rússia e o Irã são responsáveis pelo seu apoio a Animal Assad. É preciso pagar um preço alto", sublinhou.

Congressistas democratas e republicanos instaram Trump a tomar medidas em resposta ao possível ataque químico na Síria, apesar das últimas declarações do presidente a favor de retirar as tropas americanas do país.

O Conselho de Segurança da ONU vai se reunir em caráter de urgência nesta segunda-feira para analisar a situação na Síria depois do ataque químico. A missão dos Estados Unidos afirmou que a reunião foi solicitada por nove dos 15 integrantes do conselho: França, Reino Unido, EUA, Polônia, Holanda, Suécia, Kuwait, Peru e Costa do Marfim.

"De novo, há relatos do que parece ter sido um ataque com armas químicas na Síria. Infelizmente o uso de armas químicas para ferir e matar civis inocentes na Síria tem se tornado comum demais", lamentou a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, condenou "com a maior firmeza" o ataque à cidade e expressou preocupação com as informações que indicam que esse tipo de armamento foi utilizado. "O uso de armas químicas é um crime de guerra e uma violação do regime internacional da não proliferação", destacou Le Drian.

O ministro do Exterior do Reino Unido, Boris Johnson, pediu à Rússia para que não obstrua a investigação sobre o suposto ataque com armas químicas na cidade síria de Duma, o qual considerou "verdadeiramente terrível".

A União Europeia afirmou que condena com veemência o uso de armas químicas e pediu uma resposta imediata da comunidade internacional.

Os militares russos na Síria negaram todas as informações sobre o ataque químico em Duma e se mostraram dispostos a enviar especialistas para a área.

A agência oficial síria, a Sana, também rejeitou qualquer responsabilidade por parte das forças sírias e escreveu que as "denúncias do uso de substâncias químicas em Duma são uma tentativa clara de impedir o progresso do Exército".

AS/efe/lusa/ap

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