Trump afirma que Putin é líder muito melhor do que Obama
8 de setembro de 2016
Candidato republicano afirma que presidente russo exerce "controle muito forte" sobre seu país durante debate com Hillary, que volta a admitir erro em escândalo dos e-mails.
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O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (07/09) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, é um líder muito melhor do que o presidente americano, Barack Obama.
A declaração foi dada durante um fórum sobre segurança nacional em Nova York, organizado pela rede de televisão NBC, que também teve a participação da candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton.
"Se ele diz coisas boas sobre mim, também vou dizer coisas boas sobre ele", afirmou Trump, ao destacar que Putin exerce um controle muito forte sobre o país. "Certamente, naquele sistema [democracia russa], ele tem sido um líder, muito mais do que o nosso presidente."
Trump acrescentou que o lema da sua política de segurança será "paz através de força". O candidato disse que irá "eliminar totalmente" os cortes automáticos de gastos públicos com defesa, em vigor desde 2013, e apresentar um orçamento que "reerga" as Forças Armadas dos EUA.
"Acho que, sob a liderança de Barack Obama e Hillary Clinton, os generais foram reduzidos a escombros. Eles foram rebaixados a um ponto que é constrangedor para o nosso país", afirmou à audiência de militares veteranos. O candidato também declarou que pretende aumentar o efetivo militar.
Se eleito, Trump prometeu dar aos generais americanos 30 dias para elaborar um plano para "derrotar e destruir" os jihadistas do grupo "Estado Islâmico" (EI). "Deveríamos trabalhar com qualquer país que compartilhe nosso objetivo de destruí-los", disse o candidato.
Escândalo dos e-mails
As perguntas a Hillary foram centradas na polêmica sobre os e-mails governamentais que a candidata enviou a partir de um servidor privado quando era secretária de Estado. As mensagens que continham informações secretas poderiam ter sido acessadas por pessoas mal-intencionadas, argumentam os críticos. "Foi um erro ter uma conta pessoal. Eu certamente não faria isso novamente", afirmou.
Hillary disse ser contra o envio de soldados para combater os jihadistas do EI na Síria e no Iraque. A candidata democrata ressaltou sua experiência com segurança interna face à incerteza de como Trump lidaria com ameaças terroristas.
Foi a primeira vez que Hillary e Trump dividiram o mesmo palco desde que aceitaram as nomeações oficiais por seus partidos para concorrer à Casa Branca. Eles foram, porém, questionados um após o outro, e não ao mesmo tempo. As eleições presidenciais americanas estão marcadas para 8 de novembro.
KG/efe/ap/rtr
As construções mais polêmicas de Donald Trump
As megapropriedades não só trouxeram riqueza para Donald Trump, mas também dores de cabeça. Veja alguns empreendimentos do multimilionário pelo mundo.
Foto: Getty Images/S. Olson
Hillary na sombra de Trump
O primeiro debate entre Hillary Clinton e Bernie Sanders, então ainda pré-candidatos do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, em outubro de 2015, aconteceu, literalmente, à sombra de Trump. Isso porque o Trump International Hotel and Tower em Las Vegas estende sua sombra sobre o Wynn Resort, onde estavam os democratas.
Foto: Getty Images/J.Raedle
Questão de gosto
A indignação em Chicago foi enorme quando se soube que Trump iria colocar seu nome em um novo prédio. O prefeito Rahm Emanuel chegou a chamar a construção de "brega e de mau gosto". Mas depois de cinco anos de processos judiciais, Trump conseguiu colocar seu nome no 16º andar em letras gigantescas.
Foto: Getty Images/S. Olson
Jogo de sorte ou de azar?
O Taj Mahal em Atlantic City, no estado de Nova Jersey, custou 1 bilhão de dólares. Só que, depois de 25 anos, em 2014 o complexo de hotel e cassino de Trump quase teve de declarar falência. Uma empresa de investimentos salvou o empreendimento, mas o nome Trump foi mantido. Já o hotel Trump Plaza em Atlantic City não teve a mesma sorte.
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A sede em Nova York
Donald Trump se orgulha do seu centro de poder em Nova York. A Trump Tower, na Quinta Avenida, não é apenas a sede de sua campanha eleitoral: é onde o bilionário mora com a família. No prédio, também têm apartamentos o craque Cristiano Ronaldo, o ator Bruce Willis e o compositor Andrew Lloyd-Webber.
Foto: picture-alliance/AA
Símbolo controverso
Só o átrio já ocupa quase seis andares e é decorado com mármore e ornamentos de ouro. Alguns consideram a Trump Tower, no número 725 da Quinta Avenida, de mau gosto. Para outros, o projeto dos arquitetos Edward Larrabee Barnes e Der Scutt é elegante e atemporal. A torre tornou-se um ímã para os aficionados de arquitetura contemporânea e apoiadores de Trump.
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Riqueza em bairro pobre
O Trump Ocean Club, na Cidade do Panamá, tem um hotel de 400 quartos e 700 apartamentos, em parte ainda vazios. O edifício mais alto da América Latina até 2012 é conhecido pela sua silhueta única. A torre fica perto de um bairro pobre, o que reduziu sua atratividade.
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Resistência escocesa
Trump pretende construir na Escócia o "melhor campo de golfe do mundo". Só que o empreendimento está ameaçado porque Michael Forbes, um simples dono de terras, se nega a vender sua propriedade, que faz fronteira com o complexo. Durante uma visita ao local em junho, Trump elogiou o resultado do Brexit, embora a Escócia queira ficar na União Europeia.
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Trump no Oriente europeu
As Trump Towers em Istambul ficam no bairro Sisli, a parte europeia da Turquia, por isso são consideradas os primeiros arranha-céus de Trump na Europa. Só que de Trump tem apenas o nome, já que o proprietário é o bilionário turco Aydin Dogan. As declarações de Trump sobre o islã geraram a rejeição de muitos muçulmanos na Turquia.
Foto: Getty Images/O.Kose
Projetos no Brasil
Além do hotel que foi aberto no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos, Trump tem outro projeto ambicioso na Cidade Maravilhosa: cinco edifícios de 38 andares da Trump Towers Rio, na zona portuária. O que era para ser o maior complexo de escritórios em um país dos Brics, porém, ainda nem saiu do papel. As obras deveriam ter começado em 2015.