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Trump afirma ter direito de indultar a si mesmo

4 de junho de 2018

Presidente dos EUA reitera sua alegação de inocência no caso de suposta interferência russa na eleição presidencial de 2016. Advogado de Trump observa que única ação possível contra o republicano seria o impeachment.

Donald Trump
Trump afirma ainda que nomeação de Mueller foi violação da Constituição dos EUAFoto: picture-alliance/AP Photo/E. Vucci

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que tem o poder de indultar a si mesmo na questão do conluio com a Rússia nesta segunda-feira (04/06), além de reiterar sua alegação de inocência.

"Como tem sido afirmado por vários estudiosos de direito, tenho o direito absoluto de perdoar a mim mesmo, mas por que faria isso quando não fiz nada de errado?", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

O assessor especial Robert Mueller segue com sua investigação sobre se a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016, se funcionários do Kremlin tiveram contato com membros da campanha eleitoral de Trump, e se este é culpado de obstrução da Justiça.

O presidente americano prosseguiu, afirmando que a nomeação de Mueller pelo procurador-geral adjunto Rod Rosenstein, em maio de 2017, foi uma violação da Constituição dos Estados Unidos. "A nomeação do assessor especial é totalmente inconstitucional! Apesar disso, nós jogamos o jogo porque eu, ao contrário dos democratas, não fiz nada de errado!"

A questão do autoperdão surgiu depois de o jornal americano New York Times  publicar uma carta dos advogados de Trump a Mueller, na qual argumentavam que o presidente não poderia ser indiciado, intimado ou condenado por obstrução da Justiça, devido a sua posição como principal agente da lei do país.

Um dos advogados de Trump, o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, aproveitou uma série de entrevistas no domingo para argumentar que a única ação que poderia ser tomada contra seu cliente seria o pedido de impeachment. "Em nenhum caso ele pode ser intimado ou denunciado", disse ao diário Huffington Post. "Não sei como se pode indiciá-lo enquanto ele estiver no cargo – não importa o que seja."

PV/dpa/ap

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