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Trump ameaça deixar reunião com Kim caso não seja frutífera

19 de abril de 2018

Presidente americano promete manter "pressão máxima" sobre a Coreia do Norte para conseguir desnuclearização. Ele diz acreditar no sucesso do encontro, mas afirma que deixará as conversações caso não haja avanços reais.

Donald Trump
Trump disse haver "boas chances" de que Coreia do Norte libere prisioneirosFoto: picture-alliance/dpa/AP/S. Walsh

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (18/04) que espera obter avanços em seu planejado encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, mas ameaçou abandonar a reunião caso pareça não ser "frutífera".

Trump disse acreditar que a reunião será bem-sucedida, mas alertou: "Se eu achar que esse encontro não será frutífero, não iremos. Se a reunião, quando eu estiver lá, não estiver sendo frutífera, eu, respeitosamente, deixarei o encontro."

Leia também: Opinião: Grande palco para Kim Jong-un

"Gosto de sempre me manter flexível e continuaremos sendo flexíveis", afirmou, ressaltando que sua campanha de "pressão máxima" sobre o regime norte-coreano continuará até que Pyongyang desista de seu programa nuclear.

O presidente falou sobre a recente reunião secreta entre o diretor da CIA e indicado por ele para o Departamento de Estado, Mike Pompeo, com Kim. Os dois teriam tratado do planejado encontro entre os líderes de ambos os países.

"Ele teve um grande encontro com Kim Jong-un, e se deu bem com ele, muito bem", disse Trump, elogiando seu indicado para secretário de Estado. "Ele é muito inteligente, mas se dá bem com as pessoas."

O presidente disse ainda que Washington negocia a libertação de três prisioneiros americanos na Coreia do Norte, afirmando que há "boas chances" de que isso aconteça.

Planejado para maio ou junho, este deverá ser o primeiro encontro bilateral em mais de seis décadas de hostilidades, desde o início da Guerra da Coreia. As tensões envolvendo a Coreia do Norte se agravaram recentemente após o regime de Pyongyang realizar uma série de testes de mísseis nucleares e balísticos de longo alcance, gerando condenações da comunidade internacional e o reforço das sanções ao país asiático.

Nos últimos meses, Kim iniciou uma série de esforços diplomáticos para diminuir o isolamento de seu país, com o envio de uma delegação de atletas para os Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em fevereiro, e ao se reunir com o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim, no mês de março.

RC/rtr/afp

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