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Trump apoia melhor controle de antecedentes na venda de arma

19 de fevereiro de 2018

Projeto de lei nesse sentido tem alcance limitado, mas chega em meio a novo clamor pelo aumento do controle da venda de armas de fogo nos Estados Unidos, após massacre em escola de Parkland, na Flórida.

Donald Trump
Presidente é defensor do lobby armamentista e se opõe a qualquer limite à posse de armasFoto: Getty Images/W. McNamee

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apoia os esforços para aprimorar o sistema federal de controle de antecedentes criminais e saúde mental para os compradores de armas, afirmou nesta segunda-feira (19/02) a Casa Branca. A declaração ocorreu dias depois do massacre na Flórida, que deixou 17 mortos.

"Enquanto ocorrem as discussões e revisões forem consideradas, o presidente apoia os esforços para melhorar o sistema federal de verificação de antecedentes", acrescentou Sanders, em referência a um projeto de lei bipartidário que tramita no Congresso. Trump conversou com um dos autores, o senador republicano John Cornyn.

Leia mais: Quem é o autor do massacre em escola na Flórida?

A declaração foi dada após Trump fazer vários comentários polêmicos depois do massacre. Ele chegou a afirmar que o FBI falhou na reação ao alertas sobre o atirador por estar demasiadamente focado nas investigações no caso da Rússia e acusou os democratas de não aprovarem um maior controle de armas "porque não quiseram".

O projeto de lei tem um alcance muito limitado, mas chega em meio a um novo clamor pelo aumento do controle sobre armas de fogo nos Estados Unidos, após o massacre na escola Marjory Stoneman Douglas, de Parkland, na Flórida.

Embora Trump afirme apoiar esses esforços, ele jamais mencionou aumentar o controle de armas em suas declarações após os massacres ocorridos durante sua presidência. O presidente é um defensor da Associação Nacional do Rifle (NRA), que capitaneia o lobby armamentista e se opõe a qualquer limite à posse de armas nos EUA.

Um mês após chegar ao poder, ele até mesmo assinou uma lei que suspendia um regulamento do seu predecessor, Barack Obama, para dificultar a compra de armas de fogo por pessoas com problemas mentais.

Controle aprimorado

Apresentado em novembro, o projeto de lei em tramitação visa obrigar à aplicação do requisito já existente de que as agências federais informem sobre qualquer crime ao Sistema Nacional Instantâneo de Verificação de Antecedentes Criminais (NICS) do FBI.

Ele também cria incentivos financeiros para que os estados informem ao NICS sobre qualquer crime, com o objetivo de fortalecer essa base de dados e prevenir que pessoas com antecedentes criminais possam adquirir uma arma de fogo.

Não se sabe se o Congresso americano conseguiria aprovar medidas que fossem além desse plano limitado. Em 2013, após uma tentativa do então presidente Obama de aumentar o controle de armas, o Senado rejeitou expandir a verificação de antecedentes apesar do consenso sobre a proposta que existia no país.

Na quarta-feira passada, o jovem Nikolas Cruz matou a tiros 14 estudantes e três professores na escola secundária de Parkland com um fuzil de assalto AR-15, além de ferir outras 14 pessoas.

Cruz, um jovem órfão com poucos amigos, obcecado por armas e que se gabava por matar animais, havia sido expulso da escola no ano passado por problemas disciplinares.

O FBI recebeu um alerta, no mês passado, de que o atirador tinha um "desejo de matar", acesso a armas de fogo e poderia estar planejando um ataque. A agência, porém, não investigou a denúncia.

CN/efe/lusa/ap/rtr

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