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Trump diz permitir cooperação de assessor com Mueller

19 de agosto de 2018

Presidente dos EUA afirma ter autorizado que conselheiro jurídico da Casa Branca colabore com o procurador especial que investiga suposta interferência russa nas eleições presidenciais americanas.

Presidente dos EUA, Donald Trump
Presidente dos EUA, Donald TrumpFoto: picture-alliance/dpa/AP Photo/E. Vucci

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (18/08) que autorizou o assessor jurídico da Casa Branca Donald McGahn a cooperar plenamente com o procurador especial Robert Mueller, que investiga suposta interferência russa nas eleições presidenciais americanas.

"Permiti que o conselheiro da Casa Branca senhor McGahn e outros membros da equipe da Casa Branca solicitados cooperem amplamente com o procurador especial. Além disso, entregamos prontamente cerca de um milhão de páginas de documentos", disse Trump através do Twitter, acrescentando: "Mais transparente na história. Sem conluio, sem obstrução. Caça às bruxas!”

O jornal The New York Times informou que McGahn tem cooperado com a investigação de Mueller. Segundo a reportagem, durante os últimos nove meses McGahn foi entrevistado, voluntariamente, pelo menos em três ocasiões, pelos investigadores – primeira vez foi em novembro passado –, por um total de 30 horas.

Nesses interrogatórios o conselheiro da Casa Branca falou, conforme a publicação, entre outras coisas, sobre supostas tentativas de obstrução das investigações pelo presidente americano, a irritação de Trump por causa das investigações e sobre como instruiu Trump sobre o que ele deveria responder aos investigadores.

McGahn teria oferecido detalhes sobre os comentários de Trump durante a demissão de James B. Comey como diretor do FBI, em maio de 2017, sobre a obsessão do chefe de governo de ter à frente da investigação alguém leal a ele. O assessor também teria falado a respeito do desejo de seu chefe de que o procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, comandasse as investigações sobre suposta ingerência russa nas eleições.

O NYT destaca que este tipo de colaboração não é comum, mas lembra que começou como resultado da decisão da equipe jurídica de Trump de cooperar totalmente com Mueller.

MD/afp/efe

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