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Trump nomeia filhos para equipe de transição

12 de novembro de 2016

Ivanka, Donald Jr. e Eric farão parte da força-tarefa que decidirá quem preencherá os cargos mais importantes do governo. Eles assumem também o controle dos negócios da família.

USA Präsidentschaftskandidat Donald Trump
Donald Trump com a filha Ivanka, o genro Kushner e a esposa MelaniaFoto: picture-alliance/AP Photo/M. Altaffer

O presidente eleito americano, Donald Trump, nomeou nesta sexta-feira (11/11) três de seus filhos e seu genro para fazerem parte da equipe de transição de governo, que, chefiada pelo vice Mike Pence, definirá quem preencherá os mais altos cargos em Washington.

O anúncio foi feito logo depois que os assessores de Trump se reuniram na Trump Tower, em Nova York, para começar a avaliar candidatos para o gabinete. O magnata terá que preencher 4 mil vagas após assumir o cargo, em 20 de janeiro do ano que vem.

"A missão de nosso time será clara: juntar o grupo mais qualificado de líderes bem-sucedidos para implementar nossa agenda de mudança em Washington", disse Trump em comunicado.

Ivanka, Donald Jr. e Eric, além de Jared Kushner, genro de Trump, farão parte de uma equipe de 16 nomes, entre políticos e assessores, chefiada por Pence, para montar o futuro gabinete de governo.

O magnata confiou em um pequeno círculo de aliados e membros da família durante a campanha. E, segundo ele, essas pessoas continuarão a desempenhar um papel importante na transição de governo.

Seus filhos e genro assumirão também o controle dos negócios do magnata pelos próximos quatro anos. Trump argumenta que, embora eles estejam envolvidos na formação do gabinete, isso não violará as leis de conflito de interesses.

Nomes cotados

Analistas concordam que Trump precisa de nomes de peso e que conheçam os bastidores do poder, para compensar a falta de experiência política do bilionário. O chefe de gabinete deve ser o primeiro anunciado. E quem parece ter as melhores cartas é Reince Priebus, presidente do Comitê Nacional do Partido Republicano, e Corey Lewandowski, ex-coordenador da campanha presidencial de Trump e atual comentarista da CNN.

Como secretário de Estado, se fala em Newt Gingrich, conservador de direita, ex-presidente da Câmara e defensor ardoroso de Trump. Também é cotado Bob Corker, senador pelo Tennessee e presidente da comissão de relações exteriores do Senado. Também se comenta que Trump pensa ainda em John Bolton, ex-embaixador dos EUA na ONU e descrito como neoconservador.

Para a pasta da Defesa, são lembrados o general de três estrelas reformado Michael Flynn e o senador Jeff Sessions, do Alabama. Flynn foi um dos mais próximos assessores do magnata nova-iorquino durante a campanha eleitoral. Ele participou várias vezes como perito em programas do canal Russia Today (RT), onde, entre outras coisas, defendeu uma maior cooperação entre os EUA e a Rússia na luta contra o "Estado Islâmico". Já Sessions foi um dos primeiros senadores a apoiarem Trump. Ex-oficial do Exército, ele é membro da comissão de defesa do Senado.

Também aparece nas apostas ministeriais a ex-candidata a vice-presidente e ex-governadora do Alasca Sarah Palin, como possível secretária do Interior.

Para secretário de Justiça ou para procurador-geral, o governador de Nova Jersey, Chris Christie, é um dos nomes lembrados, ele que já havia sido cotado temporariamente para a vice-presidência. Entretanto, Christie é considerado politicamente enfraquecido, devido a um escândalo em seu estado, o chamado Bridgegate. O nome mencionado mais frequentemente para o cargo é Rudolph Giuliani. O ex-prefeito de Nova York também foi ativo na campanha de Trump.

Steven Mnuchin, ex-executivo do Goldman Sachs, pode se tornar secretário do Tesouro. Ele foi tesoureiro de campanha do bilionário. Mnuchin é politicamente inexperiente, mas a mídia dos EUA afirma que ele pode ajudar a fazer uma ponte com a população judaica. Também é lembrado o nome do bilionário Carl Icahn, presidente das Icahn Enterprises.

RPR/ots

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