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Trump nomeia primeiras mulheres para seu governo

24 de novembro de 2016

Nikki Haley, governadora da Carolina do Sul, é escolhida para ser embaixadora na ONU, e bilionária Betsy DeVos deve ocupar cargo de secretária de Educação. Republicanas, ambas manifestaram oposição ao magnata no passado.

USA Donald Trump und Betsy DeVos
Trump e DeVos em foto de sábado passado, no clube privado de golfe do magnata em BedminsterFoto: Picture-Alliance/AP Photo/C. Kaster

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta quarta-feira (23/11) as duas primeiras mulheres para integrar seu governo, numa tentativa de trazer diversidade à equipe com a qual vai governar a partir de 2017. A nomeação de ambas ainda precisa ser aprovada pelo Senado.

Nikki Haley, atual governadora da Carolina do Sul, foi escolhida por Trump para o cargo de embaixadora nas Nações Unidas, e a bilionária Betsy DeVos, para o de secretária de Educação.

"A governadora Haley tem um histórico comprovado de aproximar pessoas independentemente de sua origem ou partido político, a fim de avançar políticas importantes para a melhoria de seu estado e de nosso país", afirma Trump em nota. "Ela será uma ótima líder nos representando mundialmente."

A governadora disse estar "honrada" pela proposta de Trump, mas afirmou que permanecerá em seu cargo atual até que a decisão do gabinete seja aprovada pelo Senado. Em comunicado, a republicana declarou que foi movida a aceitar a nomeação pelo que chamou de "senso de dever".

Haley, de 44 anos, é filha de um casal de imigrantes indianos e se tornou a primeira governadora da Carolina do Sul em 2011. Se for aprovada para o posto, será a terceira mulher consecutiva a representar os Estados Unidos na ONU, após Susan Rice e Samantha Power, atual ocupante do cargo. Ela, no entanto, difere de suas antecessoras pela falta de experiência anterior com política externa.

Nikki Haley será a próxima embaixadora americana na ONU, se nomeação for aprovada pelo SenadoFoto: picture-alliance/dpa/M. Reynolds

Em outro comunicado, Trump anunciou a nomeação de DeVos para a Secretaria de Educação, classificando-a como "uma brilhante e apaixonada defensora" do tema. "Sob a liderança dela, vamos reformar o sistema de educação dos Estados Unidos e acabar com a burocracia que impede o acesso de nossos filhos a uma educação de classe mundial", destacou o futuro presidente.

DeVos também aceitou a indicação ao posto, destacando que "a atual situação da educação é inaceitável". "Juntos podemos trabalhar em prol de uma mudança transformadora que garanta que todos os estudantes tenham a oportunidade de alcançar todo o seu potencial", disse ela em nota.

A bilionária de 58 anos foi presidente do Partido Republicano no Michigan e atualmente preside a organização American Federation for Children, que propõe que os pais possam recorrer a fundos públicos para escolher a escola que seus filhos vão frequentar, seja particular ou religiosa. É também opositora declarada dos sindicatos de professores, chegando a chamá-los de "inimigos".

Opositoras de Trump

Tanto Haley quanto DeVos já manifestaram oposição ao empresário no passado. Em março deste ano, em entrevista à revista The Washington Examiner, a futura secretária de Educação chegou a classificar Trump como um "intruso" que "não representa o Partido Republicano".

Haley também fez duras críticas à campanha eleitoral do magnata, por ele ter chamado, por exemplo, os imigrantes mexicanos de estupradores e ameaçado proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, além de ter sido acusado de assédio sexual por uma série de mulheres.

Em março, Trump rebateu a colega de partido no Twitter, escrevendo que "o povo da Carolina do Sul está envergonhado por Nikki Haley". Haley, no entanto, acabou votando no empresário na eleição de 8 de novembro e teve um encontro com ele na Trump Tower, em Nova York, após a vitória.

EK/efe/lusa/ap/afp/ots

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