Em telefonema, presidentes conversam sobre possível encontro e concordam em coordenar esforços para evitar corrida armamentista. Ligação ocorre cinco dias após EUA anunciarem sanções contra a Rússia.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou nesta terça-feira (20/03) a seu homólogo russo, Vladimir Putin, para parabenizá-lo pela reeleição, conquistada no domingo passado. A ligação ocorreu cinco dias após os EUA anunciarem novas sanções contra a Rússia devido à suposta ingerência do país nas eleições presidenciais americanas de 2016.
"Liguei para o presidente Putin e o parabenizei pela vitória eleitoral", afirmou Trump. "A ligação teve relação com o fato de que provavelmente nos encontraremos num futuro não muito distante", acrescentou.
O Kremlin confirmou que os presidentes discutiram a possibilidade de um encontro. "Os líderes se pronunciaram a favor do desenvolvimento de uma cooperação prática em diferentes esferas, o que inclui a necessidade de garantir a estabilidade estratégica e a luta contra o terrorismo internacional", acrescentou em comunicado.
Putin: "Você acha que ficarei aqui até os cem anos?"
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O Kremlin divulgou também que Putin e Trump falaram das agendas bilateral e internacional, incluindo a necessidade de conseguir avanços urgentes na resolução dos conflitos na Síria e na Ucrânia. Os líderes teriam concordado, em particular, sobre "a importância de coordenar os esforços para evitar uma corrida armamentista".
Quanto à crise norte-coreana, Putin e Trump expressaram satisfação pela "certa redução da tensão" ocorrida na península e consideraram conveniente prosseguir com os esforços para solucionar o problema por "meios pacíficos e diplomáticos". Os líderes também trocaram opiniões sobre "cooperação econômica" e mostraram interesse na ativação dos intercâmbios comerciais.
"Em geral, a conversa teve um caráter construtivo e esteve dedicada a superar os problemas que foram acumulados nas relações russo-americanas", ressaltou a nota oficial.
Um dos últimos
Trump foi um dos últimos líderes de potências mundiais a felicitar Putin por sua histórica vitória nas eleições presidenciais de domingo, quando foi reeleito para um quarto mandato de seis anos com mais de 76% dos votos.
Em meio a novas tensões entre as potências diante do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha no Reino Unido e às novas sanções contra Moscou aplicadas por Washington, não era esperado que Trump fosse parabenizar Putin.
No telefonema desta terça, os presidentes não conversaram sobre o caso Skripal, segundo o Kremlin informou posteriormente. O Reino Unido acusa Moscou de estar por trás do envenenamento. A Rússia nega. A primeira-ministra britânica, Theresa May, ainda não felicitou Putin.
Na última quinta-feira, Washington impôs novas sanções a cinco entidades e 19 indivíduos da Rússia, acusando Moscou de interferir nas eleições americanas e promover ataques cibernéticos contra os EUA. Em reação, o Kremlin disse que estava preparando medidas de retaliação.
CN/efe/rtr/lusa/afp
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Como os líderes políticos passam as férias
Até mesmo os políticos precisam de uma folga de vez em quando. De topless na Sibéria a sonhos comunistas com a Disneylândia, uma lista dos líderes mundiais em momentos de lazer.
Foto: picture-alliance/dpa/C. Fusco
Angela Merkel
A chanceler federal alemã é um mulher de hábitos: em todo verão da última década, ela foi com o marido para a região alpina do Norte da Itália, sempre munidos do característico chapéu apelidado "Kanzler-Käppi" (quepe da chanceler) pelos alemães. As férias de Merkel foram manchete em 2014, quando ela fraturou a bacia esquiando.
Foto: picture-alliance/ANSA/R. Olimpio
Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos tem inúmeras opções quando se trata de lazer, já que possui um monte de clubes de golfe, inclusive na Escócia (foto). Para fugir da umidade de Washington D.C. e do calor das investigações ligadas à Rússia, o bilionário, que criticava Barack Obama por "tirar folga demais", tomou um jato até seu resort em Nova Jersey, para 17 dias de "férias de trabalho".
Foto: Getty Images/AFP/A. Buchanan
Vladimir Putin
O chefe do Kremlin gosta de tirar férias onde possa exibir seu físico. Para o retiro de verão em 2017, ele se dirigiu à Sibéria, levando consigo um cortejo de repórteres que o fotografaram e filmaram na pesca subaquática, velejando e se bronzeando ao sol da Rússia. E os cidadãos puderam participar do lazer de Putin, pois as aventuras ao ar livre de seu líder foram transmitidas pela televisão.
Foto: Getty Images/AFP/A. Druzhinin
Theresa May
Assim como sua homóloga alemã, a primeira-ministra britânica também adora caminhadas. Em 2016, ela vagou pelos Alpes Suíços com o marido (foto). As férias mais famosas de May, no entanto, foram em abril de 2017, no Parque Nacional Snowdonia, no País de Gales. Retornando a Londres após cinco dias, ela imediatamente convocou eleições nacionais antecipadas.
Foto: Reuters/M. Bertorello
Emmanuel Macron
O novo presidente da França não tirará férias de verão em 2017, pelo menos não em agosto. Em vez disso, Macron passará um mês tentando convencer o Parlamento a aprovar suas controvertidas reformas trabalhistas. Mas ele e Brigitte relaxam sempre que podem. Na foto, o casal a caminho das encostas dos Alpes Franceses, em abril de 2017, para uma pausa da campanha eleitoral.
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Feferberg
Justin Trudeau
O premiê canadense pode ser um queridinho da mídia, mas nem todas as suas férias são vistas com bons olhos pelos cidadãos de seu país. Sua viagem de Ano Novo para as Bahamas gerou críticas de transgressão ética, ao vir à tona que ele tomara um helicóptero particular, em vez de um veículo governamental. Neste verão, ele preferiu ficar mais perto de casa com a esposa, em Nova Escócia (foto).
Foto: picture-alliance/AP Images/The Canadian Press/A. Vaughan
Mariano Rajoy
O chefe de governo da Espanha não via a hora de tirar férias, depois de depor como testemunha, em julho de 2017, num caso de suborno e fraude envolvendo seu conservador Partido Popular. Em seguida a uma coletiva de imprensa, Rajoy partiu para a região ocidental da Galícia, seu tradicional local de descanso, que fica no extremo oposto da separatista região da Catalunha.
Foto: Imago/Agencia EFE
Robert Mugabe
O ditador do Zimbábue nunca tira férias sem receber uma boa dose de críticas. Embora seu país atravesse a pior depressão econômica desde 2009, todos os invernos o líder de 93 anos se retira por um mês, entregando a conta para a população necessitada pagar. Consta que a viagem de Mugabe a Cingapura no início de 2017 custou ao país 6 milhões de dólares.
Foto: picture-alliance/AP Photo/T. Mukwazhi
Kim Jong-un
O ditador da Coreia do Norte pode estar confinado a seu país internacionalmente isolado, mas isso não significa que ele não sonhe em tirar férias. Sabe-se que desde a infância Kim Jong-un é fanático pela Disney, e, segundo a mídia japonesa, em 1991 ele teria visitado a Disneylândia Tóquio sob identidade falsa. Em 2012 apareceu na TV estatal ao lado de alguém fantasiado de Mickey Mouse.