Após encontro com mulher do político preso em 2014 em protesto contra Maduro, presidente americano publica mensagem exigindo liberação imediata de López. Tintori falou ao Senado americano sobre a crise venezuelana.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu quarta-feira (15/02) pelo Twitter a libertação do dirigente da oposição venezuelana, Leopoldo López, condenado a 14 anos de prisão.
Trump recebeu na Casa Branca a mulher do político, Lilian Tintori. Fundador do movimento Vontade Popular, López foi condenado por incitar a violência durante as manifestações de 2014, que exigiram a renúncia do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Cerca de 40 pessoas morreram nos protestos.
"A Venezuela deverá permitir que Leopoldo López, um prisioneiro político e marido de Lilian Tintori, saia da prisão imediatamente", escreveu Trump no post acompanhado de uma foto com a mulher do opositor político, o vice-presidente americano, Mike Pence, e o senador Marco Rubio.
Tintori foi recebida em Washington para falar ao Senado americano sobre a crise venezuelana, depois de um grupo de 34 legisladores terem pedido a Trump impor sanções ao governo de Maduro.
A manifestação que resultou na condenação de López ocorreu no dia 12 de fevereiro de 2014 e não foi somente convocada e organizada pelo líder do VP, mas por vários outros dirigentes da oposição. Ele cumpre pena na prisão militar de Ramo Verde, próxima a Caracas.
KG/lusa/rtr/ots
A crise na fronteira com a Venezuela em imagens
Venezuelanos enfrentam situação de emergência em Roraima. Para escapar da fome e da pobreza, eles vivem na informalidade e de maneira precária no lado brasileiro.
Foto: DW/K. Andrade
Fronteira seca
Venezuelano cruza a fronteira sem passar pelo posto de fiscalização da Polícia Federal, em Pacaraima, no estado de Roraima. A região é de fronteira seca, ou seja, não há um rio que divide os dois países.
Foto: DW/K. Andrade
Abrigo para os índios
Indígenas venezuelanos da etnia Warao se abrigam no espaço da Feira do Passarão, em Boa Vista. Parte deles passa o dia vendendo artesanato e pedindo esmolas nas ruas.
Foto: DW/K. Andrade
Casa de imigrantes
A venezuelana Johandra Adabalo, de 23 anos, migrou de Ciudad Guayana para Boa Vista em setembro. Ela divide a casa onde vive com outros venezuelanos.
Foto: DW/K. Andrade
Trabalho informal
Jovem venezuelano tenta abordar motoristas na avenida Venezuela, em Boa Vista. Parte dos venezuelanos que chega a Boa Vista e não consegue trabalho formal passa os dias nos semáforos da capital, vendendo pão caseiro, morangos, garrafas d'água ou limpando vidros.
Foto: DW/K. Andrade
Trabalho pesado
Em Pacaraima, venezuelanos trabalham descarregando caminhão com alimentos que abastecem as lojas da cidade. Os caminhões vêm de Boa Vista, e os mantimentos são vendidos principalmente para comerciantes e famílias venezuelanas.
Foto: DW/K. Andrade
Bolívares venezuelanos
O comerciante brasileiro Ivanilton Barros de Santana (de boné), de 40 anos, usa máquina para contar o dinheiro venezuelano em sua loja, na cidade de Pacaraima.
Foto: DW/K. Andrade
Sem abrigo
Índia venezuelana da etnia Warao cozinha em terreno baldio, no centro de Pacaraima. Pelo menos 60 indígenas dormem nos arredores do terreno, ao lado da rodoviária, enquanto outras dezenas estão instaladas em outros pontos da cidade.
Foto: DW/K. Andrade
Cruzando a fronteira
Em meio à crise de desabastecimento na Venezuela, carreta com mantimentos prepara-se para cruzar o posto de fiscalização da Polícia Federal, na fronteira que divide Pacaraima e Santa Elena de Uairén.
Foto: DW/K. Andrade
Prostituição em Boa Vista
Prostituta venezuelana aguarda cliente no bairro do Caimbé, em Boa Vista. Muitas das prostitutas têm ensino superior, tinham outras profissões no país vizinho e, agora, trabalham nas ruas para conseguir comprar comida.
Foto: DW/K. Andrade
Abandono
Venezuelanos dormem na varanda de uma casa abandonada, no centro da cidade de Pacaraima. O governo de Roraima estima que 30 mil cidadãos do país vizinho tenham entrado e permanecido no estado desde 2015.