Trump: "Precisamos voltar a vencer guerras"
27 de fevereiro de 2017Em sua nova proposta orçamentária, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende focar a segurança pública e nacional, cortando o que ele considera gastos supérfluos em outros setores do governo. O anúncio foi feito aos governadores estaduais americanos durante encontro na Casa Branca nesta segunda-feira (27/02).
O novo orçamento "vai incluir um acréscimo histórico em gastos com a defesa, para reerguer as forças militares exauridas, num momento em que mais precisamos delas. Esses gastos com a defesa serão compensados e pagos encontrando-se maiores poupanças e eficiências dentro do governo", declarou o chefe de Estado republicano: "Quase todos vão ter cortes, menos o setor de segurança."
"Vamos fazer mais com menos e tornar o governo enxuto e financeiramente transparente para o povo. Podemos fazer tão mais com o dinheiro que gastamos", enfatizou, acrescentando que se concentrará em sanear a infraestrutura envelhecida do país, que criticara repetidamente em sua campanha eleitoral.
O anúncio vem apenas dois dias após o fim da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), no estado de Maryland, em que Trump acirrou a resistência a seu governo, ao reforçar suas opiniões sobre imigração e a mídia.
Batalha política à vista em Washington
Também nesta segunda-feira, um funcionário não identificado da Casa Branca confirmou à imprensa que o governo americano pretende elevar o orçamento nacional de defesa em 54 bilhões de dólares, ou cerca de 10%.
O informante confirmou a promessa de Trump de que os gastos serão contrabalançados por cortes em outras agências governamentais e nos programas de ajuda externa. Os EUA já possuem o maior orçamento de defesa do mundo.
O novo plano, a ser apresentado oficialmente ao Congresso em março, promete desencadear uma batalha política em Washington. Os democratas provavelmente se oporão aos cortes em postos como a Agência de Proteção Ambiental (EPA) e o Departamento de Estado.
Durante sua campanha presidencial, Trump já prometia reforçar as forças militares. Falando aos ativistas conservadores na sexta-feira, na CPAC, ele afirmou que lideraria "um dos maiores crescimentos militares da história americana": "Precisamos voltar a ganhar guerras", justificou.