Trump revela novas propostas para imigração nos EUA
28 de agosto de 2016
Em comício em Iowa, candidato republicano dá detalhes sobre sua política migratória e diz que estabelecerá um sistema de vigilância de entradas e saídas nos EUA para deportar "mais rapidamente" os estrangeiros ilegais.
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O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou neste sábado (27/08) novos detalhes sobre suas propostas acerca da imigração. O magnata afirmou que, caso seja eleito, sua prioridade será deportar milhares de imigrantes ilegais que cometeram crimes.
"No primeiro dia [de mandato], começarei removendo rapidamente os imigrantes ilegais criminosos desse país – incluindo as centenas de milhares de imigrantes ilegais criminosos que foram soltos nas comunidades americanas sob a administração Obama-Clinton", declarou ele em Des Moines, Iowa.
O republicano alega que sua intenção é proteger os americanos. "Usaremos a lei de imigração para evitar crimes e não esperaremos até que um americano inocente seja ferido ou assassinado. Nós nos movimentaremos com justiça, mas nos movimentaremos rápido e com dureza", acrescentou.
Trump prometeu estabelecer um sistema de vigilância de entradas e saídas do país para deportar mais rapidamente quem estiver com o visto vencido, independentemente de ter cometido crimes.
"Se não cumprirmos as datas de expiração de visto, então temos uma fronteira aberta. Simples assim", disse ele, sem dar mais detalhes sobre como lidará com os imigrantes sem antecedentes criminais.
"Um voto em Trump é um voto por uma nação de leis. Um voto em Clinton é um voto pela abertura de fronteiras", destacou o magnata, citando sua rival na disputa, a democrata Hillary Clinton.
Durante sua campanha, o candidato à Casa Branca já apresentou alguns planos concretos sobre como lidará com a imigração nos EUA, com exceção da ideia de construir um grande muro na fronteira com o México – apesar de ter reafirmado essa promessa no comício deste sábado em Iowa.
A um mês do primeiro debate presidencial, em 26 de setembro, a expectativa é de que o empresário modere seu discurso para tentar se afastar da imagem xenófoba que agora Hillary tenta explorar.
Trump tem tentado, por exemplo, conquistar o voto afro-americano, argumentando que seu governo trará empregos e prosperidade para a comunidade negra, ao contrário dos democratas.
"Toda vez que um cidadão afro-americano, ou qualquer cidadão, perde seu emprego para um imigrante ilegal, os direitos dos cidadãos americanos são violados", afirmou o magnata neste sábado.
Na próxima semana, o republicano deve fazer um discurso sobre sua política migratória – adiado em várias ocasiões –, num momento de confusão pelas mudanças bruscas que foi demonstrando em relação ao tema que mais lhe rendeu críticas até o momento.
EK/afp/efe/rtr
As construções mais polêmicas de Donald Trump
As megapropriedades não só trouxeram riqueza para Donald Trump, mas também dores de cabeça. Veja alguns empreendimentos do multimilionário pelo mundo.
Foto: Getty Images/S. Olson
Hillary na sombra de Trump
O primeiro debate entre Hillary Clinton e Bernie Sanders, então ainda pré-candidatos do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, em outubro de 2015, aconteceu, literalmente, à sombra de Trump. Isso porque o Trump International Hotel and Tower em Las Vegas estende sua sombra sobre o Wynn Resort, onde estavam os democratas.
Foto: Getty Images/J.Raedle
Questão de gosto
A indignação em Chicago foi enorme quando se soube que Trump iria colocar seu nome em um novo prédio. O prefeito Rahm Emanuel chegou a chamar a construção de "brega e de mau gosto". Mas depois de cinco anos de processos judiciais, Trump conseguiu colocar seu nome no 16º andar em letras gigantescas.
Foto: Getty Images/S. Olson
Jogo de sorte ou de azar?
O Taj Mahal em Atlantic City, no estado de Nova Jersey, custou 1 bilhão de dólares. Só que, depois de 25 anos, em 2014 o complexo de hotel e cassino de Trump quase teve de declarar falência. Uma empresa de investimentos salvou o empreendimento, mas o nome Trump foi mantido. Já o hotel Trump Plaza em Atlantic City não teve a mesma sorte.
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A sede em Nova York
Donald Trump se orgulha do seu centro de poder em Nova York. A Trump Tower, na Quinta Avenida, não é apenas a sede de sua campanha eleitoral: é onde o bilionário mora com a família. No prédio, também têm apartamentos o craque Cristiano Ronaldo, o ator Bruce Willis e o compositor Andrew Lloyd-Webber.
Foto: picture-alliance/AA
Símbolo controverso
Só o átrio já ocupa quase seis andares e é decorado com mármore e ornamentos de ouro. Alguns consideram a Trump Tower, no número 725 da Quinta Avenida, de mau gosto. Para outros, o projeto dos arquitetos Edward Larrabee Barnes e Der Scutt é elegante e atemporal. A torre tornou-se um ímã para os aficionados de arquitetura contemporânea e apoiadores de Trump.
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Riqueza em bairro pobre
O Trump Ocean Club, na Cidade do Panamá, tem um hotel de 400 quartos e 700 apartamentos, em parte ainda vazios. O edifício mais alto da América Latina até 2012 é conhecido pela sua silhueta única. A torre fica perto de um bairro pobre, o que reduziu sua atratividade.
Foto: Getty Images/AFP/R. Arangua
Resistência escocesa
Trump pretende construir na Escócia o "melhor campo de golfe do mundo". Só que o empreendimento está ameaçado porque Michael Forbes, um simples dono de terras, se nega a vender sua propriedade, que faz fronteira com o complexo. Durante uma visita ao local em junho, Trump elogiou o resultado do Brexit, embora a Escócia queira ficar na União Europeia.
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Trump no Oriente europeu
As Trump Towers em Istambul ficam no bairro Sisli, a parte europeia da Turquia, por isso são consideradas os primeiros arranha-céus de Trump na Europa. Só que de Trump tem apenas o nome, já que o proprietário é o bilionário turco Aydin Dogan. As declarações de Trump sobre o islã geraram a rejeição de muitos muçulmanos na Turquia.
Foto: Getty Images/O.Kose
Projetos no Brasil
Além do hotel que foi aberto no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos, Trump tem outro projeto ambicioso na Cidade Maravilhosa: cinco edifícios de 38 andares da Trump Towers Rio, na zona portuária. O que era para ser o maior complexo de escritórios em um país dos Brics, porém, ainda nem saiu do papel. As obras deveriam ter começado em 2015.