Trump quer enviar astronautas americanos à Lua e a Marte
11 de dezembro de 2017
Presidente americano lança nova diretriz do programa espacial dos EUA, que busca voltar à Lua e enviar primeira missão tripulada a Marte. Nasa pretende ainda construir base lunar.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou nesta segunda-feira (11/12) uma nova diretriz do programa espacial do país, que prevê o envio de astronautas americanos à Lua, o estabelecimento de uma base no satélite, de onde, posteriormente, será enviada a primeira missão tripulada a Marte.
"A diretriz, que estou assinando, reorienta o programa espacial dos EUA na exploração humana e no descobrimento e marca o primeiro passo no retorno dos astronautas americanos à Lua pela primeira vez desde 1972", destacou o presidente, durante a cerimônia de assinatura do documento na Casa Branca.
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Trump afirmou que os astronautas americanos, desta vez, não só colocarão a bandeira dos EUA e pisarão no solo lunar, mas também estabelecerão uma base para o envio da primeira missão tripulada a Marte.
"Imaginem a possibilidade que nos espera nessas formosas e enormes estrelas se nos atrevermos a sonhar grande. Isso é o que o nosso país está fazendo de novo, estamos sonhando grande", ressaltou.
O vice-presidente, Mike Pence, o diretor interino da Nasa, Robert Lightfoot, e a primeira mulher astronauta comandante da Estação Espacial Internacional, Peggy Whitson, participaram do evento na Casa Branca.
Em comunicado, a Casa Branca afirmou que os EUA trabalharão com outros países e com a iniciativa privada para enviar astronautas à Lua e desenvolver a tecnologia necessária para a exploração de Marte e de outras regiões do Sistema Solar.
Em 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua. A última vez que os EUA enviaram uma missão tripulada fora da órbita terrestre foi em 1972, na Apolo 17. Dos três astronautas a bordo, Eugene Cernan e Harrison "Jack" Schmitt fizeram três caminhadas sobre a superfície lunar. O próprio Schmitt, de 85 anos, esteve presente no ato desta segunda-feira.
Enviar humanos a Marte é um dos principais objetivos da política espacial americana há anos. A primeira missão tripulada ao planeta vermelho está planejada para acontecer na década de 2030.
CN/ap/afp/efe/lusa
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Missão Voyager: há 40 anos no espaço
Em 20 de agosto de 1977, a sonda espacial Voyager 2 partiu para explorar outros planetas, seguida 16 dias mais tarde pela Voyager 1. Ambas já romperam os limites do sistema solar e vagam pela Via Láctea.
Foto: picture-alliance/dpa
Duas sondas irmãs em longa viagem
Em 20 de agosto de 1977, a sonda da Nasa Voyager 2 partiu para um voo recorde, ainda não concluído. Pouco mais tarde, em 5 de setembro, seguia-se a Voyager 1, de construção idêntica. Sua finalidade inicial era coletar dados sobre os planetas Júpiter e Saturno, então basicamente inexplorados. Mas graças à longa durabilidade das baterias de plutônio, a missão foi sendo estendida.
Foto: REUTERS/NASA/JPL-Caltech
Maiores sucessos da Nasa
Pesando 825 quilos cada uma, as duas sondas Voyager contam entre os maiores sucessos da agência espacial americana. Até hoje, ambas enviam regularmente dados do espaço sideral. Embora se afastem cada vez mais do centro do sistema solar, o contato por rádio ainda funcionará por um bom tempo. A Nasa calcula que a missão vá até o ano 2030.
Foto: public domain
Rompendo fronteiras do sistema solar
Em 25 de agosto de 2012, a Voyager 1 atravessou uma das fronteiras do sistema solar: a heliopausa, onde o vento solar esbarra em outros ventos estelares. A sonda foi o primeiro objeto de fabricação humana a penetrar o espaço interestelar da nossa galáxia, a Via Láctea. Além disso é o artefato mais afastado da Terra, encontrando-se atualmente a uma distância 139 vezes maior do que a do Sol.
Foto: picture-alliance/dpa
Como uma cebola
O sistema solar tem diferentes fronteiras. A primeira é o "termination shock", onde os ventos solares ficam subitamente muito mais lentos. Depois, a heliopausa marca o fim da heliosfera, a "bolha" espacial em que os ventos solares protegem nosso sistema solar da radiação interestelar. Depois que a Voyager 1 ultrapassou a heliopausa, a Nasa registrou uma densidade plásmica 40 vezes maior.
Fotografando a vizinhança
Mesmo antes disso, as sondas irmãs tiveram muito a descobrir entre os fascinantes planetas do sistema solar. A Voyager 1 enviou à Terra em 1º de janeiro de 1979 esta imagem de Júpiter, uma das 17.477 que tirou do planeta gigante e suas luas. Esta foto comprovou pela primeira vez a existência de um delgado sistema de anéis circundando Júpiter.
Foto: picture-alliance/dpa/NASA
Imagens detalhadas
A Voyager 1 documentou também as correntes atmosféricas em Júpiter, visualizadas nesta foto. Depois de a sonda passar pelo planeta, a gravidade deste lhe conferiu uma velocidade de 16 quilômetros por segundo.
Foto: picture-alliance/dpa/NASA
Saturno a cores
A Voyager 2 alcançou Saturno em 1981, transmitindo esta imagem em cores reais do sexto planeta do sistema solar. A foto foi tirada a 21 milhões de quilômetros de distância – um verdadeiro close-up em termos cósmicos.
Foto: HO/AFP/Getty Images
Tudo sob controle
Numa foto de 1980, a central de controle da missão Voyager, no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. A partir daqui, as distantes sondas são observadas e, dentro do possível, teleguiadas. Hoje em dia a técnica é obviamente muito mais avançada, mas Nasa continua tendo que recorrer aos conhecimentos dos engenheiros que desenvolveram as sondas – embora há muito eles estejam aposentados.
Foto: NASA/Hulton Archive/Getty Images
Long-play para alienígenas
As Voyager levam a bordo estes discos dourados, para o caso de encontrarem extraterrestres em sua viagem infinita. No suporte digital encontram-se imagens e sons de humanos, animais e da natureza na Terra. Para o caso de os alienígenas não possuírem toca-discos, foram também fornecidos agulhas de reprodução e um guia de instruções.
Foto: NASA/Hulton Archive/Getty Images
Arte sideral
As missões Voyager não apenas fascinam há décadas os aficionados da tecnologia, mas têm também inspirado artistas. Assim um pintor americano anônimo imaginou em 1977, pouco antes do lançamento, a passagem da Voyager 1 por Saturno.