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Trump retoma ataques em 1° comício pós-atentado

21 de julho de 2024

Candidato republicano afirma que "levou um tiro pela democracia", retoma falsa narrativa de fraude no pleito de 2020, insulta Biden e promete "maior operação de deportações da história" caso eleito.

Donald Trump abre os braços em discurso
"Eu não deveria estar aqui agora", disse Trump aos apoiadores no MichiganFoto: Carlos Osorio/AP Photo/picture alliance

No seu primeiro comício de campanha eleitoral após sobreviver a um atentado, o ex-presidente dos EUA Donald Trump retomou ataques aos seus adversários democratas, retomou a falsa narrativa de fraude nas eleições de 2020 e culpou migrantes pela criminalidade nos EUA.

O comício ocorreu no sábado (20/07) em Grand Rapids, no estado de Michigan. Trump abordou o ataque a tiros do qual foi alvo em 13 de julho, e afirmou para apoiadores: "Levei um tiro pela democracia".

Trump ainda tentou afastar a imagem de extremista. "Não sou um extremista de jeito algum. Estou diante de vocês apenas pela graça do Deus Todo-Poderoso", disse ele, com um curativo da cor da pele no lugar da gaze branca na orelha. "Eu não deveria estar aqui agora", continuou.

Em contraste com a convenção republicana que ocorreu nesta semana, na qual Trump tentou se mostrar mais comedido, o ex-presidente não mostrou os mesmos freios no comício. Retomando a falsa narrativa sobre as eleições de 2020, Trump afirmou que "democratas radicais de esquerda fraudaram a eleição presidencial de 2020".

Trump ainda lançou insultos contra seu adversário no pleito deste ano, o presidente Joe Biden, chamando o atual ocupante da Casa Branca de "estúpido" e afirmando que ele tem "baixo QI". O republicano ainda fez piada com o rival democrata, que enfrenta uma forte pressão interna para desistir da candidatura à reeleição em meio a preocupações com sua idade e aptidões física e mental. "Eles não sabem quem é o candidato deles...", disse Trump aos apoiadores.

Trump ainda fez elogios a líderes autoritários, como o chinês Xi Jinping, o russo Vladimir Putin e o húngaro Viktor Orbán. Ele chamou Orbán de "líder muito poderoso" e classificou Putin como "inteligente e durão".

No discurso, o republicano também lançou uma série de ameaças a migrantes irregulares, condenando o que chamou de "invasão" na fronteira dos EUA e afirmando novamente que os democratas estavam permitindo que isso acontecesse na esperança de usar seus votos.

Ele disse que, caso seja eleito, seu governo vai lançar a "maior operação de deportação da história do nosso país". "Quando eu voltar à Casa Branca, vamos acabar com a pilhagem, o estupro, o massacre e a destruição de nossas cidades americanas dos subúrbios", continuou ele. "Vamos tirar os maus de lá. Vamos tirá-los de lá imediatamente. Não vai demorar muito."

Ele ainda prometeu "esmagar o crime dos migrantes" e reclamou que países como a Venezuela estão "despejando seus criminosos nos Estados Unidos da América, e nós não vamos mais aceitar isso".

Trump estava acompanhado do seu candidato a vice-presidente, o senador de Ohio J.D. Vance, no primeiro evento dos dois juntos desde que se tornaram os indicados do Partido Republicano na Convenção Nacional em Milwaukee, no Michigan.

Michigan é um dos estados indecisos que devem determinar o resultado da eleição presidencial de novembro. Trump venceu no estado por pouco mais de 10 mil votos em 2016, mas Biden recuperou o estado em 2020, vencendo por uma margem de 154 mil votos.

as/jps (AFP, AP, ots)

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