Parlamentares americanos condenam presidente por evitar confronto com líder russo e rejeitar interferência de Moscou nas eleições. Republicanos falam em "vergonha" e "erro trágico", e ex-chefe da CIA chama-o de traidor.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi alvo de duras críticas nesta segunda-feira (16/07) após defender a versão do governo russo de que Moscou não interferiu nas eleições presidenciais americanas de 2016, contestando seu próprio serviço de inteligência.
Em coletiva de imprensa após uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, em Helsinque, o republicano disse que a investigação sobre a suposta ingerência é "um desastre" para os Estados Unidos e que "não há motivos para acreditar" que a Rússia esteve envolvida no caso.
"Tenho muita confiança na minha equipe de inteligência, mas preciso dizer que o presidente Putin foi extremamente forte e poderoso em sua negação hoje", disse Trump. O líder russo, por sua vez, admitiu querer que o republicano vencesse o pleito, mas afirmou que a Rússia jamais interferiu nem pretende interferir em eleições americanas.
A postura de Trump ao lado de Putin foi condenada por diversas autoridades americanas, incluindo parlamentares republicanos e da oposição, que a descreveram como "vergonhosa" e uma "oportunidade perdida" de enfrentar Moscou após as acusações.
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, disse "não haver dúvidas" de que a Rússia interferiu no processo eleitoral americano de dois anos atrás, algo que foi concluído tanto pelas agências de inteligência como pelos parlamentares.
"O presidente deve entender que a Rússia não é nossa aliada", disse Ryan em comunicado, visto como uma reprimenda dado o tom geralmente dócil adotado pelo deputado. Para ele, a Rússia continua "hostil aos nossos valores e ideais mais básicos". "Os Estados Unidos devem se concentrar em responsabilizar a Rússia e pôr fim a seus ataques vis contra a democracia."
Em declaração similar, o líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, reiterou que "os russos não são nossos amigos" e disse estar "inteiramente" de acordo com a conclusão das agências de inteligência de que houve ingerência russa nas últimas eleições presidenciais.
Já o senador John McCain, ex-candidato republicano à presidência, opinou que a coletiva na capital finlandesa foi "uma das apresentações mais vergonhosas de um presidente americano que se tem na memória". "Nenhum antecessor jamais se rebaixou tão abertamente diante de um tirano", afirmou.
"Os danos causados pela ingenuidade, o egoísmo, a falsa equivalência e a simpatia do presidente pelos autocratas são difíceis de calcular. Mas está claro que a cúpula em Helsinque foi um erro trágico", disse McCain, acrescentando que Trump não só foi incapaz de se opor a Putin, mas fez a "escolha consciente" de defendê-lo.
Também republicano, o senador Lindsey Graham afirmou que o presidente perdeu a oportunidade de "responsabilizar firmemente Moscou pela interferência em 2016 e de fazer um forte alerta sobre eleições futuras. "Esta resposta do presidente Trump será vista pela Rússia como um sinal de fraqueza e cria muito mais problemas do que resolve."
Em referência à bola de futebol da Copa do Mundo que Putin deu de presente a Trump, Graham afirmou que, no lugar do presidente, checaria se o objeto "não tem equipamentos de escuta e nunca o permitiria dentro da Casa Branca".
Em tom semelhante, o líder do comitê de relações exteriores do Senado, o republicano Bob Corker, disse que a recusa do presidente em condenar a interferência russa fez com que os Estados Unidos "pareçam permissivos" na forma como lidam com o governo russo.
Para Corker, a reunião desta segunda-feira não representou um "bom momento" para seu país, mas "foi um dia muito bom para o presidente Putin". "Quando Trump teve a oportunidade de defender nossas agências de inteligência, fiquei bastante triste e desapontado com a equivalência dada entre elas e o que Putin estava dizendo."
No Twitter, o senador republicano Jeff Flake classificou a atitude de Trump de "vergonhosa". "Nunca pensei que veria o dia em que nosso presidente subiria ao palco ao lado do presidente russo e colocaria a culpa nos Estados Unidos por uma agressão russa", escreveu.
Democratas também reagem
Parlamentares democratas também foram duros nas críticas ao chefe de Estado. O senador Chuck Schumer, líder da minoria na Casa, disse que as ações de Trump "fortalecem nossos adversários enquanto enfraquecem nossas defesas e as defesas de nossos aliados".
"Aliar-se com o presidente Putin contra a lei americana, as autoridades de defesa americanas e as agências de inteligência americanas é algo imprudente, perigoso e fraco. O presidente está se colocando acima de nosso país", opinou o opositor.
A líder democrata na Câmara dos Representantes, a deputada Nancy Pelosi, ecoou as declarações de Schumer e questionou: "O que a Rússia teria pessoalmente, financeiramente e politicamente em relação a Trump para explicar a recusa deste em enfrentar Putin?".
As condenações não ficaram no Congresso. John Brennan, um ex-diretor da CIA, chegou a chamar o líder americano de traidor. "O desempenho de Trump na coletiva de imprensa se eleva e ultrapassa o limite de 'altos crimes e contravenções'. Não foi nada menos que traição. Os comentários de Trump não foram apenas imbecis, ele estava totalmente no bolso de Putin", escreveu no Twitter.
Brennan ainda contestou o fato de os dois governantes terem se reunido por mais de duas horas acompanhados apenas de seus intérpretes. "O que [Trump] poderia estar escondendo? Como Putin usará o que quer que seja que Trump está escondendo para beneficiar a Rússia e ferir os Estados Unidos? A total falta de credibilidade de Trump torna falsa qualquer explicação que ele dê."
Após a onda de críticas, a Casa Branca informou que Trump se reunirá com membros do Congresso nesta terça-feira, sem mencionar quais parlamentares participarão do encontro ou qual assunto será abordado. É o único evento na agenda do presidente, que deixou a Europa rumo a Washington nesta segunda-feira.
Investigações sobre a ingerência russa
A aguardada reunião entre os presidentes americano e russo ocorreu somente três dias depois de um júri federal dos Estados Unidos ter indiciado 12 oficiais de inteligência militar da Rússia, acusados de ter invadido computadores da campanha do Partido Democrata durante o pleito de 2016.
A acusação criminal vem no âmbito das investigações do procurador especial Robert Mueller sobre a ingerência russa nas eleições e também sobre possíveis ligações entre a campanha republicana e o governo em Moscou – o que ambos os lados negam.
Anteriormente, agências de inteligência americanas sugeriram que a interferência russa tinha como objetivo favorecer a campanha de Trump, que acabou vencendo o pleito, e prejudicar sua oponente, a candidata democrata Hillary Clinton.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/dpa/O. Arandel
Dia mais quente do ano na Alemanha
A Alemanha registrou o dia mais quente do ano, com temperaturas que chegaram aos 39,5°C em Bernburg, na Alta Saxônia. Em Berlim, os termômetros chegaram a 36°C. Piscinas públicas tiveram que ser fechadas na capital alemã devido à grande quantidade de visitantes. (31/07)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Kumm
Eleição no Zimbábue
Mais de 5 milhões de eleitores foram chamados às urnas para eleger o próximo presidente do Zimbábue, nas primeiras eleições desde a renúncia do antigo chefe de Estado Robert Mugabe, que ocorreu em novembro de 2017, depois de um golpe do Exército. Mugabe governou o país durante 37 anos. (30/07)
Foto: Reuters/M. Hutchings
Jovem que agrediu soldados israelenses sai da cadeia
A adolescente palestina Ahed Tamimi, que passou oito meses na prisão por ter agredido dois soldados israelenses, foi libertada. Tamimi e a mãe, que também foi presa devido ao incidente, foram transferidas pelas autoridades israelenses até um ponto de entrada para a Cisjordânia, onde residem. As duas foram recebidas com faixas e bandeiras palestinas quando chegaram a sua aldeia natal, Nabi Saleh.
Foto: Getty Images/A. Momani
Dia do Orgulho LGBT em Berlim
A capital alemã começou a festejar publicamente a liberdade LGBT em 1979, contando apenas 500 participantes. Hoje, meio milhão a ocupam a cada ano, para celebrar com uma parada o também chamado Christopher Street Day – em homenagem à rua de Nova York onde se iniciou o movimento de resistência gay á repressão policial. (28/07)
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Eclipse lunar do século
O mais longo eclipse lunar do século, ocasionando o fenômeno da "lua de sangue”, coincidiu com a maior aproximação de Marte da Terra em 15 anos, oferecendo um espetáculo duplo a observadores. O fenômeno foi acompanhado de partes da Europa, Ásia, Austrália e América do Sul. O eclipse, que mudou a cor da lua para vermelho, foi o mais longo do século 21.(27/07)
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Demissão após crítica a Netanyahu
A revista israelense "The Jerusalem Report" dispensou o cartunista Avi Katz após ele retratar o premiê do país, Benjamin Netanyahu, e outros políticos de direita como porcos, em alusão ao clássico "A Revolução dos Bichos", do escritor inglês George Orwell. A ilustração era uma crítica à lei que define Israel como o Estado do povo judeu. Sindicato dos Jornalistas do país condena demissão. (26/07)
Foto: DW/Jochen Faget
Morre Sergio Marchionne
O líder da montadora Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, morreu aos 66 anos na unidade de tratamento intensivo de um hospital em Zurique. Ele estava hospitalizado em estado grave depois de sofrer complicações após uma cirurgia no ombro direito no mês passado. O executivo era tido como visionário por ter reestruturado a companhia dos pés à cabeça desde que assumiu a liderança da Fiat, em 2004.(25/07)
Foto: imago/Insidefoto/S. Zucchi
Colapso de barragem no Laos
Centenas de pessoas estão desaparecidas no Laos após o colapso de uma barragem hidrelétrica em construção. Segundo a imprensa oficial, a barragem de Xepian-Xe Nam Noy, na província de Attapeu, desabou libertando grandes quantidades de água, varrendo casas e deixando mais de 6.600 pessoas desalojadas. (24/07)
Foto: Reuters/ABC Laos News
Incêndios florestais na Grécia
Autoridades gregas declararam estado de emergência na região da grande Atenas devido ao avanço de incêndios florestais, que já deixaram ao menos seis feridos. A Grécia anunciou que pedirá ajuda à União Europeia (UE) para combater as chamas que destruíram casas e forçaram milhares de pessoas a fugirem dos arredores da capital. (23/07)
Foto: Getty Images/AFP/A. Tzortzinis
Özil anuncia saída da seleção alemã
O jogador Mesut Özil anunciou que não pretende mais jogar pela seleção alemã. Um dos campeões da Copa de 2014, Özil anunciou a decisão em um longo comunicado, onde apontou que foi vítima de racismo e disse ter sido transformado em "bode expiatório” após o fraco desempenho da seleção na Copa da Rússia. Ele também atacou o presidente da Federação Alemã de Futebol, Reinhard Grindel. (22/07)
Foto: picture-alliance/GES/Thomas Eisenhuth
Trump ataca ex-advogado
O presidente dos EUA, Donald Trump, negou ter cometido qualquer irregularidade, um dia depois da divulgação de que o seu ex-advogado o gravou discutindo o pagamento pelo silêncio de uma ex-modelo da Playboy . "É inconcebível que um advogado grave um cliente – totalmente inédito e talvez ilegal. A boa notícia é que o seu presidente favorito não fez nada de errado!", disse Trump no Twitter. (21/07)
Foto: picture-alliance/Captital Pictures/R. Sachs
Apoio a reuniões entre Trump e Putin
Em sua coletiva de imprensa anual, em Berlim, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, saudou qualquer diálogo que houver entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, e enalteceu a importância das relações transatlânticas. Em questões domésticas, ela reconheceu que a recente crise sobre a política de migração na Alemanha custou confiança ao seu governo. (20/07)
Foto: picture-alliance/dpa/W. Kumm
Lei controversa em Israel
O Parlamento de Israel aprovou uma controversa lei que define o país como o Estado do povo judeu. Legisladores árabes criticaram a legislação como racista, dizendo que ela legaliza o "apartheid". A lei atribui ao povo judeu o direito exclusivo à autodeterminação, declara "Jerusalém unificada" sua capital e define o hebraico como idioma nacional, rebaixando o árabe ao status de "especial". (19/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Kahana
Meninos descrevem resgate "milagroso"
Após receberem alta, os 12 meninos e o técnico de futebol que ficaram retidos por mais de duas semanas nos confins de uma caverna na Tailândia fizeram sua primeira aparição pública desde o resgate. "Foi um milagre", disse um dos garotos. "Eu tentava não pensar em comida para não ficar com mais fome." Sem comida, eles sobreviveram com água da chuva por nove dias até serem encontrados. (18/07)
Foto: Reuters/S. Zeya Tun
Obama ataca "políticos valentões"
Em seu discurso de maior peso político desde que deixou a Casa Branca, o ex-presidente americano Barack Obama condenou o que chamou de "políticos valentões" e alertou contra "políticas de medo e ressentimento" que avançam pelo mundo, em uma série de críticas veladas ao seu sucessor, Donald Trump. Ele falava em Joanesburgo, na África do Sul, em comemoração ao centenário de Nelson Mandela. (17/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Longari
O encontro entre Trump e Putin
Apesar de o serviço de inteligência dos Estados Unidos apontar o contrário, o presidente Donald Trump voltou a rejeitar que tenha havido ingerência da Rússia nas eleições de 2016, em entrevista ao lado do presidente Vladimir Putin após reunião em Helsinque. O líder russo defendeu a mesma tese. A postura de Trump foi condenada por parlamentares republicanos, que a tacharam de "vergonhosa". (16/07)
Foto: Reuters/G. Dukin
Final à la francesa
A França é bicampeã mundial de futebol. Duas décadas depois do título inédito em Paris, os Les Bleus podem estampar uma segunda estrela em seu uniforme. Na decisão de Copa do Mundo com maior número de gols desde 1958, a eficiência da Équipe Tricolore superou a valentia da Croácia. Técnico Didier Deschamps é o terceiro a ser campeão mundial como jogador e treinador. (15/07)
Foto: Reuters/J. P. Pleissier
Escoceses contra trumpismo
Enquanto Donald Trump jogava golfe em um de seus resorts na Escócia, milhares protestavam contra a visita do magnata. Na capital Edimburgo, os escoceses foram às ruas, no terceiro dia de protestos à presença do presidente americano no Reino Unido, Como em Londres, as manifestações foram marcadas por um icônico balão de seis metros de altura apelidado "Baby Trump", (14/07)
Foto: Reuters/A. Yates
Trump no Reino Unido
O presidente americano, Donald Trump, e sua esposa, Melania, foram recebidos para um chá da tarde pela rainha Elizabeth 2ª em visita ao castelo de Windsor, no Reino Unido. Mais cedo, Trump participou de uma reunião com a primeira-ministra Theresa May, na qual tentou minimizar as fortes críticas que fizera anteriormente à chefe de governo e à estratégia do governo britânico para o Brexit. (13/07)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Monsivais
Lula absolvido em caso de obstrução de Justiça
A Justiça do Distrito Federal absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo em que ele era acusado de obstrução de Justiça. Segundo o juiz, não há provas suficientes para comprovar a participação do petista na suposta trama para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. Delcídio do Amaral, José Carlos Bumlai e mais quatro réus também foram absolvidos. (12/07)
Foto: Getty Images/V. Moriyama
Prisão perpétua para neonazista
Beate Zschäpe, única sobrevivente do grupo neonazista NSU (Clandestinidade Nacional-Socialista), foi declarada culpada em dez acusações de assassinato e condenada à prisão perpétua pelo Tribunal Superior Regional de Munique. O julgamento dos crimes cometidos pelo grupo se estendeu por mais de cinco anos e é o maior processo neonazista do pós-Guerra na Alemanha. (11/07)
Foto: Reuters/M. Rehle
Drama com final feliz na Tailândia
Todos os 12 meninos de uma equipe de futebol juvenil e seu treinador, presos por mais de duas semanas nos confins de uma caverna inundada no norte da Tailândia, foram salvos numa arriscada operação de resgate, assistida por todo o mundo. Segundo médicos, eles estão com boa saúde e disposição. Em dois casos há suspeita de infecção pulmonar. Eles deverão ficar internados por uma semana. (10/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Royal Thai Navy Facebook Page
Baixas no governo britânico
Um dia após o negociador-chefe britânico do Brexit, David Davis, ter apresentado sua renúncia, o governo da primeira-ministra Theresa May teve sua segunda baixa: o ministro do Exterior, Boris Johnson (à esquerda na foto), deixou o cargo em meio a fortes divisões no governo sobre o Brexit. O posto de chanceler será ocupado por Jeremy Hunt (à direita), até então ministro da Saúde. (09/07)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/A. Pezzali
Guerra de decisões sobre a prisão de Lula
A situação jurídica de Lula virou palco de uma batalha entre juízes da 1°e da 2° instâncias que expôs divisões no Judiciário. Uma decisão do desembargador Rogério Favreto de soltar o petista deu início a um vai e vem de despachos ao longo do domingo, que envolveu o juiz Sérgio Moro, o relator da Lava Jato no TR-4 e o presidente do tribunal. No final, o ex-presidente continuou preso. (08/07)
Foto: picture-alliance/Zuma Press/P. Lopes
Pyongyang classifica reunião com EUA como "lamentável"
EUA e Coreia do Norte saíram da mais recente rodada de negociações com visões totalmente opostas sobre os resultados. Washington considerou as discussões "muito produtivas". Já o regime comunista classificou o resultado como "muito preocupante" e disse que os EUA agiram como "gângsteres". As avaliações foram divulgadas após visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Pyongyang. (07/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Harnik
Brasil adia sonho do hexa
Com gols de Fernandinho, contra, e Kevin De Bruyne, a Bélgica derrotou o Brasil por 2 a 1 nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia, enterrando o sonho do hexa da Seleção, que está de fora do campeonato. O gol brasileiro foi marcado por Renato Augusto. Com a derrota em Kazan, o Brasil manteve a sina de ser eliminado por europeus em Copas, algo que ocorreu nas últimas três edições. (06/07)
Foto: Reuters/T. Hanai
Ministro do Trabalho pede demissão
O ministro do Trabalho, Helton Yomura, pediu demissão do cargo, horas após ter sido afastado pelo STF. O político é um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal, que apura fraudes no Ministério do Trabalho. Yomura nega envolvimento em qualquer ato ilícito. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, assumirá a pasta interinamente. (05/07)
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Novo envenenamento por Novichok
Dois britânicos encontrados inconscientes na cidade de Amesbury, no sul da Inglaterra, foram intoxicados pelo agente nervoso Novichok, o mesmo usado no envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal em Salisbury em março. A informação foi revelada pela polícia britânica. Investigadores apuram uma possível relação entre os casos, que ocorreram a poucos quilômetros de distância. (04/07)
Foto: picture-alliance/empics/Y. Mok
Eike é condenado pela primeira vez
O empresário Eike Batista foi condenado a 30 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, acusado de ter pago propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB). Ele continuará cumprindo prisão domiciliar até que se esgotem todos os recursos, mas segue impedido de deixar o país. Na mesma ação, Cabral foi condenado a 22 anos de prisão. (03/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Pimentel
Um alívio à crise em Berlim
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o ministro do Interior, Horst Seehofer, chegaram a um acordo sobre a questão migratória, aliviando uma crise que ameaçava derrubar o governo. O anúncio veio após intensa negociação em Berlim, que promete conter a imigração ilegal na fronteira da Alemanha. Com o acordo, Seehofer, que chegou a oferecer sua renúncia, disse que se manterá no cargo. (02/07)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Gebert
Fuga espetacular na França
Um notório assaltante de bancos fugiu de helicóptero da cadeia na França, numa operação de poucos minutos que não envolveu reféns nem deixou feridos. Redoine Faïd, que chegou a ser classificado por jornais da França como "inimigo público número 1" do país, cumpria pena de prisão na penitenciária de Réau, na região de Paris. Ele contou com a ajuda de ao menos três homens fortemente armados. (01/07)