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Trump sobre Kim: "Nós nos apaixonamos"

30 de setembro de 2018

Presidente americano diz que ditador norte-coreano lhe escreveu "cartas lindas". Apesar do alegado caso de amor entre os líderes, a Coreia do Norte não cumpre demandas dos EUA e reclama das sanções contra o país.

Donald Trump sorri e levanta as duas mãos durante comício para simpatizantes em West Virginia
Donald Trump durante comício para simpatizantes em West VirginiaFoto: picture-alliance/AP Images/G. J. Puskar

O presidente americano, Donald Trump, elevou a um novo patamar seu entusiasmo pelo líder norte-coreano Kim Jong-un. Durante um comício realizado na noite de sábado (29/09), o republicano afirmou que, após uma troca de cartas entre os dois, "nós nos apaixonamos".

Trump e Kim afirmam querer cooperar pela desnuclearização da Península Coreana, tendo realizado uma cúpula inédita no início deste ano em Cingapura para discutir a ideia. Antes do encontro os dois líderes trocaram ameaças e insultos regularmente, enquanto a Coreia do Norte realizava uma série de testes, visando desenvolver um míssil nuclear capaz de alcançar os Estados Unidos.

"Eu estava realmente sendo duro – e ele também”, reconheceu Trump, diante de uma plateia de simpatizantes em West Virginia. "E então, nós nos apaixonamos, ok? Não, realmente – ele me escreveu cartas lindas, e são cartas fantásticas", ressaltou, sob risos e aplausos do público.

Trump, então, reclamou que os comentaristas o considerariam "não presidencial" por descrever
Kim em termos tão efusivos. "Por que o presidente cedeu tanto?”, disse, imitando, em tom sarcástico,  a voz de um apresentador de telejornal. "Eu não cedi coisa alguma."

A Casa Branca está preparando uma segunda cúpula com Kim para tratar da desnuclearização. A hora e o local ainda não foram divulgados.

Apesar do tom caloroso do relacionamento, a Coreia do Norte não tem cumprido as demandas dos EUA, que incluem fornecer um relatório completo sobre seu programa de desenvolvimento de armas e tomar passos irreversíveis para abrir mão de seu arsenal.

Mais de três meses depois da cúpula de Cingapura, o principal diplomata da Coreia do Sul, Ri Yong Ho, disse neste sábado aos líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU que seu país não está vendo uma "resposta correspondente" dos EUA em relação às medidas que Pyongyang teria tomado em relação ao desarmamento. Ele reclamou que, ao invés disso, os EUA continuam as sanções destinadas a manter pressão sobre seu país.

MD/ap/rtr

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