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Trump vai derrubar Obamacare no 1º dia, diz vice

5 de janeiro de 2017

Mike Pence diz a congressistas republicanos que prioridade é derrubar reforma da saúde em vigor desde 2010. Obama pede que democratas tracem estratégia para evitar "desastre" a milhões de americanos.

Foto: Getty Images/C. Somodevilla

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vai desmantelar a reforma no setor da saúde da administração Obama assim que tomar posse em 20 de janeiro, afirmou nesta quarta-feira (04/01) o vice-presidente eleito, Mike Pence.

Reunido com congressistas republicanos no Capitólio, Pence declarou que a primeira ação do novo Congresso deverá ser "revogar e substituir o Obamacare", como é conhecida a reforma promovida em 2010 por Barack Obama que estabelece a obrigatoriedade do seguro-saúde.

"A prioridade é manter nossa promessa de revogar o Obamacare e substituí-lo por um tipo de reforma que vai reduzir os custos do seguro-saúde sem aumentar a parcela do governo", afirmou Pence.

Segundo o vice-presidente eleito, Trump fará articulações no Congresso para elaborar um projeto de lei que permita revogar o Obamacare. O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Ryan, ressaltou que é preciso garantir uma "transição estável" para um novo sistema de saúde com "mais opções" e "mais liberdade".

"Esta lei fracassou", disse Ryan sobre o Obamacare. Pelo Twitter, Trump disse que neste ano haverá "aumentos maciços" nos custos dos seguros de saúde do Obamacare e que os democratas são "os únicos culpados pelo desastre".

Nesta terça-feira, durante a inauguração do novo período de sessões do Congresso americano, os republicanos do Senado apresentaram uma proposta para permitir que a Lei da Saúde de Obama possa ser revogada com apenas 50 votos a favor, em vez dos 60 habitualmente necessários, antes de 27 de janeiro.

Obama reage

Em resposta às declarações de Pence e às articulações dos republicanos no Congresso para derrubar a reforma, Obama se reuniu com democratas para definir uma estratégia de proteção da Lei da Saúde.

Ele pediu que os congressistas do partido se mantenham firmes para evitar "consequências devastadoras" aos mais de 20 milhões de cidadãos que conseguiram cobertura de seguro-saúde com Obamacare. Obama também sugeriu que os democratas não ajudem os republicanos a aprovar medidas que substituam o programa.

"Derrubar o Obamacare não é uma melhoria", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, ao ressaltar que o próprio Obama reconhece que a lei não é perfeita, mas nunca viu "vontade" dos republicanos em emendar seus pontos fracos.

KG/efe/lusa

 

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