Tufão causa mortes e deixa rastro de destruição no Japão
13 de outubro de 2019
Equipes intensificam operações de resgate após passagem avassaladora do Hagibis, um dos piores tufões a atingir a região de Tóquio em décadas. Fenômeno provoca inundações e deixa vários mortos, feridos e desaparecidos.
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A passagem avassaladora do tufão Hagibis pelo Japão deixou dezenas de mortos, feridos e desaparecidos neste fim de semana, enquanto se intensificam as operações de resgate. O país sofre ainda com inundações e inúmeros danos materiais causados pelo fenômeno climático.
Segundo o último balanço da emissora de televisão pública NHK, divulgado neste domingo (13/10), ao menos 26 pessoas morreram em várias cidades devido ao tufão, um dos piores a atingir a região de Tóquio em décadas. Outras 18 pessoas seguem desaparecidas, e 175 ficaram feridas.
Mais de 100 mil pessoas, incluindo 31 mil militares, mobilizados pelo governo, trabalham nas operações de resgate. A NHK exibiu imagens dos dramáticos resgates com uso de helicópteros e barcos em áreas residenciais inundadas após rios transbordarem.
Carros e casas aparecem submersas em águas barrentas. Segundo o governo, o tufão causou 56 deslizamentos de terra em 15 prefeituras, e 21 rios tiveram suas margens rompidas.
A cidade de Nagano, no centro do país, foi uma das mais afetadas pelo transbordamento do rio Chikuma. Situação semelhante ocorreu na província de Tochigi, devido ao transbordamento do rio Akiyama. Nos dois locais, equipes de resgate retiraram moradores que haviam ficado ilhados nos andares superiores de casas e edifícios.
Em Tóquio, o rio Tama também transbordou, e os térreos de alguns edifícios, incluindo um hospital, inundaram. Muitos moradores de rua vivem nas cercanias do Tama, e os trabalhos de busca e resgate continuam à medida em que o nível da água diminui.
Também na capital, seis dos 12 tripulantes de um cargueiro com bandeira panamenha desapareceram, e dois morreram após péssimas condições climáticas e fortes ondas afundarem o navio, que estava ancorado na baía de Tóquio, de acordo com a agência de notícias Kyodo.
Às 18h deste domingo (horário local), cerca de 100 mil residências na região metropolitana de Tóquio continuavam sem energia elétrica, segundo informou a companhia Tokyo Electric Power Company (Tepco).
A passagem do Hagibis, o 19º da atual temporada de tufões no Oceano Pacífico, ainda paralisou os transportes da região da capital. Embora os serviços estejam sendo restabelecidos gradualmente, mais de 800 voos programados para este domingo foram cancelados.
No sábado, temporais levaram a Agência Meteorológica do Japão (JMA) a declarar um incomum alerta máximo, com o qual pediu para que a população se refugiasse em lugares altos. As ordens e recomendações de evacuação chegaram a afetar mais de 10 milhões de pessoas.
Nas regiões de Tohoku, no nordeste do país, e Kanto, onde fica Tóquio, a quantidade de chuva registrada desde o sábado, provocada pelo Hagibis, equivale a de 30 a 40% da quantidade habitual em um ano, segundo a JMA.
As companhias proprietárias de algumas represas autorizaram a liberação de água como medida de emergência para evitar que as comportas rompessem, o que em alguns casos aumentou ainda mais o volume de rios que já haviam transbordado devido às intensas chuvas.
As autoridades pediram que a população se mantenha alerta apesar de o tufão já ter passado pelo país, por causa do risco de desabamentos de construções e deslizamentos de terra.
Na cidade de Ichihara, em Chiba, a leste de Tóquio, um tornado formado pela influência do tufão horas antes de ele tocar terra destruiu 12 casas e danificou mais de 70, além de ter provocado o tombamento de um veículo, matando um homem de 50 anos.
A região, que ainda estava se recuperando da passagem do tufão Faxai, em setembro, também foi surpreendida no sábado por um terremoto de magnitude 5,7 na escala Richter com epicentro no mar.
O tufão perdeu força após atravessar o território japonês e, ao meio-dia, foi rebaixado para a categoria de ciclone extratropical.
Três quartos dos gases estufa são produzidos pela combustão de carvão, petróleo e gás natural; o resto, pela agricultura e desmatamento. Como se podem evitar gases poluentes? Veja dez dicas que qualquer um pode seguir.
Foto: picture-alliance/dpa
Usar menos carvão, petróleo e gás
A maioria dos gases estufa provém das usinas de energia, indústria e transportes. O aquecimento de edifícios é responsável por 6% das emissões globais de gases poluentes. Quem utiliza a energia de forma eficiente e economiza carvão, petróleo e gás também protege o clima.
Foto: picture-alliance/dpa
Produzir a própria energia limpa
Hoje, energia não só vem de usinas termelétricas a carvão, óleo combustível e gás natural. Há alternativas, que atualmente são até mesmo mais econômicas. É possível produzir a própria energia e, muitas vezes, mais do que se consome. Os telhados oferecem bastante espaço para painéis solares, uma tecnologia que já está estabelecida.
Foto: Mobisol
Apoiar boas ideias
Cada vez mais municípios, empresas e cooperativas investem em fontes energéticas renováveis e vendem energia limpa. Este parque solar está situado em Saerbeck, município alemão de 7,2 mil habitantes que produz mais energia do que consome. Na foto, a visita de uma delegação americana à cidade.
Foto: Gemeinde Saerbeck/Ulrich Gunka
Não apoiar empresas poluentes
Um número cada vez maior de cidadãos, companhias de seguro, universidades e cidades evita aplicar seu dinheiro em companhias de combustíveis fósseis. Na Alemanha, Münster é a primeira cidade a aderir ao chamado movimento de desinvestimento. Em nível mundial, essa iniciativa abrange dezenas de cidades. Esse movimento global é dinâmico – todos podem participar.
Foto: 350.org/Linda Choritz
Andar de bicicleta, ônibus e trem
Bicicletas, ônibus e trem economizam bastante CO2. Em comparação com o carro, um ônibus é cinco vezes mais ecológico, e um trem elétrico, até 15 vezes mais. Em Amsterdã, a maior parte da população usa a bicicleta. Por meio de largas ciclovias, a prefeitura da cidade garante o bom funcionamento desse sistema.
Foto: DW/G. Rueter
Melhor não voar
Viajar de avião é extremamente prejudicial ao clima. Os fatos demonstram o dilema: para atender às metas climáticas, cada habitante do planeta deveria produzir, em média, no máximo 5,9 toneladas de CO2 anualmente. No entanto, uma viagem de ida e volta entre Berlim e Nova York ocasiona, por passageiro, já 6,5 toneladas de CO2.
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Comer menos carne
Para o clima, também a agricultura é um problema. No plantio do arroz ou nos estômagos de bois, vacas, cabras e ovelhas é produzido o gás metano, que é muito prejudicial ao clima. A criação de gado e o aumento mundial de consumo de carne são críticos também devido à crescente demanda de soja para ração animal. Esse cultivo ocasiona o desmatamento de florestas tropicais.
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Comprar alimentos orgânicos
O óxido nitroso é particularmente prejudicial ao clima. Sua contribuição para o efeito estufa global gira em torno de 6%. Ele é produzido em usinas de energia e motores, mas principalmente também através do uso de fertilizantes artificiais no agronegócio. Esse tipo de fertilizante é proibido na agricultura ecológica e, por isso, emite-se menos óxido nitroso, o que ajuda a proteger o clima.
Foto: imago/R. Lueger
Sustentabilidade na construção e no consumo
Na produção de aço e cimento emite-se muito CO2, em contrapartida, ele é retirado da atmosfera no processo de crescimento das plantas. A escolha consciente de materiais de construção ajuda o clima. O mesmo vale para o consumo em geral. Para uma massagem, não se precisa de combustível fóssil, mas para copos plásticos, que todo dia acabam no lixo, necessita-se uma grande quantidade dele.
Foto: Oliver Ristau
Assumir responsabilidades
Como evitar gases estufa, para que, em todo mundo, as crianças e os filhos que elas virão a ter possam viver bem sem uma catástrofe do clima? Esses estudantes estão fascinados com a energia mais limpa e veem uma chance para o seu futuro. Todos podem ajudar para que isso possa acontecer.