Tufão deixa milhares de desabrigados nas Filipinas
18 de outubro de 2015
Koppu destruiu casas, derrubou árvores e provocou deslizamentos de terras e enchentes no norte do país, obrigando mais de 25 mil pessoas a deixarem suas casas. Pelo menos quatro pessoas morreram.
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O tufão Koppu destruiu neste domingo (18/10) casas, derrubou árvores e provocou deslizamentos de terra e enchentes no norte das Filipinas, obrigando que mais de 25 mil pessoas a deixarem suas casas, segundo o governo local. Pelo menos quatro morreram. Duas perderam a vida afogadas, uma sofreu um choque elétrico e outra foi morta pela queda de uma árvore.
Milhares de famílias foram abrigadas em alojamentos de emergência. Operações de resgate são realizadas na província de cultivo de arroz de Nueva Ecija, onde os rios transbordaram e inundaram várias aldeias. "As pessoas estão pedindo ajuda, porque as águas estão subindo. As equipes de resgate não podem entrar na área", afirmou o chefe local da proteção civil, Nigel Lontoc.
Imagens de televisão mostram a fúria dos rios, destruindo casas e arrastando grandes detritos, como troncos de árvores.
O tufão atingiu a costa da vila pesqueira de Casiguran, situada a cerca de 200 quilômetros a nordeste da capital Manila, antes do amanhecer deste domingo, com rajadas até 210 quilômetros por hora, durante cerca de sete horas.
Apesar do enfraquecimento da tempestade, as autoridades locais alertaram para as fortes chuvas que também podem provocar enchentes e deslizamentos de terra na cordilheira, conhecida pelos seus terraços de arroz nas encostas das montanhas.
As Filipinas são afetadas por cerca de 20 tufões por ano. Um dos mais destruidores foi o Haiyan, que passou em novembro de 2014, matando pelo menos 6, 3 mil pessoas e deixando 4 milhões de desabrigados.
MD/efe/lusa
Tufão Hagupit nas Filipinas
No fim de semana o Hagupit atingiu o leste das Filipinas, que já havia sido vítima do supertufão Haiyan em 2013. Mas desta vez os habitantes estavam mais bem preparados e a tempestade foi menos violenta.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Favila
Rastro de destruição
Coqueiros caídos, postes derrubados, telhados descobertos: o Hagupit devastou cidades e campos, na foto se vê Borongan, na província de Samar. Com ventos de até 170 km/h, o tufão foi mais fraco e provocou menos mortes do que esperado. Há um ano, com ventos de até 300 km/h, o supertufão Haiyan deixou 7 mil mortos.
Foto: picture-alliance/dpa/F.R. Malasig
Chicoteado por ventos e ondas
No idioma filipino, Hagupit significa chicote. Os insulanos, porém, chamam o atual tufão de "Ruby". E esse o nome que recebeu uma menina nascida numa noite de tempestade num centro de emergência lotado em Lavaan. De acordo com a emissora ABC-CBN, a bebê passa bem.
Foto: Ted Aljibe/AFP/Getty Images
Cortes na rede
Vai demorar um tempo até todas as estradas estarem abertas e todas as redes de energia elétrica, em funcionamento. Milhões de pessoas estiveram temporariamente sem energia elétrica, na ilha de Samar os celulares ficaram sem cobertura. Isso não é de admirar, com um tufão que arremessa rochas vulcânicas sobre as estradas como se fossem caixas de fósforo – como aqui em Guinobatan, na Ilha Luzon.
Foto: Reuters
Varridas pelo vento
Casas e cabanas foram destruídas principalmente na área costeira, onde não tiveram a menor chance contra a fúria dos ventos e as ondas gigantescas. As Filipinas se compõem por 7.107 ilhas no Oceano Pacífico, e são especialmente vulneráveis. Todos os anos o arquipélago é atingido por 20 tempestades tropicais, em média.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Favila
Pertences perdidos
Será que este filipino vai conseguir resgatar algo dos escombros de sua casa? Aqui, nada resiste muito tempo: o que a tempestade não carregou, apodrece sob a água.
Foto: picture-alliance/AP Photo/F.R. Malasig
Vale tudo
O plástico tem grande resistência à decomposição e ao apodrecimento. Estas mulheres procuram se proteger do vento e da tempestade dentro de um saco transparente: mais do que isso não deve lhes ter restado.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Favila
Espera em suspense
Alguns filipinos ficaram desabrigados pela segunda vez, no prazo de um ano. Muitos outros ainda estão ameaçados, como nas zonas de perigo ao sul de Manila. Há um ano, o devastador supertufão Haiyan fez 4 milhões de desabrigados. Agora, grande parte deles está sendo evacuada de seus abrigos de emergência e barracas improvisadas – como as crianças na foto.
Foto: picture-alliance/dpa/R.B. Tongo
Refeição antes da tempestade
Esta família também espera para ser evacuada. Os pobres nas favelas dos arredores da capital filipina, Manila, são particularmente vulneráveis diante da violência do tufão. Mas ainda têm tempo e tranquilidade para comer algo.
Foto: picture-alliance/dpa/R.B. Tongo
Prevenção oportuna
Soldados e voluntários preparam suprimentos para abastecer os flagelados nas áreas de tempestade. Desta vez, o Ministério de Assuntos Sociais tomou precauções. Para o caso de catástrofe, os EUA, diversos Estados-membros da União Europeia e outros países também prometeram apoio. Um ano atrás faltaram equipes de resgate e muitos esperaram em vão por ajuda, durante dias.
Foto: Reuters/R. Ranoco
Lição aprendida
A vida em ginásios de esporte e salas de reuniões. Nos últimos dias, 700 mil pessoas foram evacuadas ou se refugiaram no interior do país. De acordo com a ONU, esta foi uma das maiores ações de evacuação em tempos de paz. As autoridades quiseram garantir a tempo a segurança dos moradores em regiões costeiras – ao contrário de um ano atrás, quando muitos foram surpreendidos pelo tufão Haiyan.
Foto: Reuters
Abrigo na igreja
As igrejas também ofereceram refúgio. Muitos já estão novamente otimistas. Sharee Ann Tan, governadora da província de Samar, declarou na TV: "O dano material, aquilo que foi perdido, podemos substituir. Temos casas em ruínas, mas o mais importante é que ainda estamos vivos." No domingo o transporte público voltou a circular em Tacloban.
Foto: Reuters/R. Montes
Refúgio em terra
Desta vez, o trabalho de prevenção valeu a pena. A população estava informada. Por exemplo, os pescadores puderam transportar a tempo seus barcos para terra, como esse catamarã em Legazpi City, ao sul de Manila. Isso também certamente ajudará no abastecimento da família, após a tempestade.
Foto: Reuters/Erwin Frames
A caminho de Manila
Para os próximos dias estão sendo esperadas chuvas e inundações. Especialistas em defesa civil temem sobretudo deslizamentos de terra ao redor do vulcão Mayon. Nesta segunda-feira o tufão deve atingir a capital Manila. A imagem de satélite da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) mostra seu percurso sobre o país insular.