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Turquia põe seis ativistas humanitários em prisão preventiva

18 de julho de 2017

Entre os detidos estão a diretora local da Anistia Internacional e um ativista de direitos humanos da Alemanha. Eles são acusados de apoiar organização terrorista não especificada pelas autoridades.

Protesto da Anistia Internacional em prol da liberdade de imprensa diante da embaixada turca em Berlim, em maio de 2017
Protesto da Anistia Internacional em prol da liberdade de imprensa diante da embaixada turca em BerlimFoto: Getty Images/S.Gallup

As autoridades da Turquia colocaram seis ativistas de direitos humanos em prisão preventiva nesta terça-feira (18/07). Entre eles estão a diretora turca da Anistia Internacional, Idil Eser, e o ativista e especialista em TI alemão Peter Steudtner, confirmou a organização humanitária, em Londres.

Idil Eser, diretora da Anistia Internacional na Turquia, é uma das pessoas detidasFoto: picture alliance/dpa/Amnesty International

Os detidos são acusados de "cometer crimes em nome de uma organização terrorista", uma acusação que a Anistia Internacional classificou de absurda e bizarra. As autoridades turcas não esclareceram à qual organização se referem.

Em 5 de julho, a polícia turca prendera, numa ilha perto de Istambul, dez ativistas durante um workshop sobre comunicação digital e segurança de dados, promovido pela Anistia Internacional. Quatro deles foram liberados após o pagamento de fiança nesta terça-feira, mas aguardam início do processo.

Peter Steudtner em imagem retirada da internetFoto: 687performance.de

A secretária-geral da Anistia, Salil Shetty, declarou-se chocada com a situação. "Somos obrigados a constatar que a atuação em favor dos direitos humanos se tornou um crime na Turquia", afirmou.

Segundo ela, trata-se de uma caça às bruxas que "deixa antever um futuro assustador" para os direitos humanos na Turquia. Ela apelou à comunidade internacional para que pressione pela libertação imediata dos ativistas.

Pessoas acusadas de um crime podem ser mantidas em prisão preventiva por até cinco anos na Turquia.

AS/epd/afp/ard

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