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Turquia já demitiu mais de 80 mil desde tentativa de golpe

13 de agosto de 2016

Repressão a suspostos envolvidos na tentativa de golpe de 15 de julho continua. Primeiro-ministro diz que vai receber visita de vice-presidente americano para tratar da extradição de Fethullah Gülen.

O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim
O primeiro-ministro turco, Binali YildirimFoto: Getty Images/AFP/A. Altan

O primeiro-ministro turco, Binali Yidirim, afirmou neste sábado (13/08) que 81 mil funcionários públicos foram demitidos ou afastados desde a tentativa de golpe frustrada de 15 de julho.

A perseguição do regime de Recep Taiyyp Erdogan a supostos seguidores do clérigo Fethullah Gülen, a quem acusa de arquitetar o golpe, inclui professores, policiais, juízes, servidores e 3 mil membros das forças armadas. Além dos funcionários públicos, 21 mil professores perderam suas licenças.

Ao todo, 35 mil pessoas foram detidas, informou Yidirim em entrevista à rede americana de televisão CNN.

Segundo o premiê, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai visitar a Turquia em 24 de agosto para discutir o pedido de Erdogan para a extradição de Gülen, que vive exilado na Pensilvânia. A Casa Branca não se manifestou.

"O principal fator para melhorar nossas relações com os EUA é a extradição de Gülen, e não há espaço para negociação", afirmou. "Disso também depende se o antiamericanismo na Turquia vai continuar ou não."

Na semana passada, uma multidão participou de um comício em Istambul, convocado por Erdogan, em repúdio à tentativa de golpe de Estado. A passeata representou uma demonstração de força do presidente turco diante das críticas da União Europeia (UE) e dos EUA sobre a repressão em massa conduzida pelo governo turco contra supostos conspiradores.

KG/dpa/rtr

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