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Turquia suspende venda de fertilizantes após atentados

9 de junho de 2016

Segundo ministro da Agricultura, 64 mil toneladas de fertilizantes contendo nitrato foram apreendidas temporariamente. Artigo é usado na fabricação de explosivos. Dois ataques mataram pelo menos 17 pessoas nesta semana.

Turquia tem sido alvo de atentados sangrentos nos últimos meses
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Gurel

Após uma série de atentados a bomba nos últimos meses, a Turquia proibiu temporariamente a venda de fertilizantes que contenham a substância nitrato, pois eles podem ser usados para a fabricação de explosivos, informou o ministro da Agricultura, Faruk Celik, nesta quinta-feira (09/06).

O país já havia tomado medidas para controlar e monitorar a venda de fertilizantes, mas Celik afirmou que essas ações se mostraram insuficientes. "A partir de agora, a venda de fertilizantes contendo nitrato, usados em explosivos, foi congelada", disse o ministro à televisão estatal.

Celik acrescentou que autoridades de segurança já apreenderam temporariamente 64 mil toneladas desse tipo de fertilizantes dos distribuidores e varejistas do país. Desde então, as ações das empresas produtoras desses artigos despencaram mais de 3% na bolsa de valores de Istambul.

A Turquia tem sofrido uma onda de violência vinda de várias frentes, incluindo o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI), que foi responsabilizado por dois atentados suicidas em Istambul, e o proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Nesta terça-feira, um carro-bomba foi detonado em Istambul, no momento em que um ônibus da polícia passava próximo. Seis policiais e cinco civis morreram no ataque. No dia seguinte, outro carro-bomba explodiu perto de uma delegacia na cidade de Midyat, matando três policiais e três civis. A imprensa local afirmou que os explosivos foram fortificados com fertilizantes.

Segundo um funcionário do Ministério do Interior turco, há fortes indícios de que os dois atentados foram realizados pelo PKK, considerado uma organização terrorista por Ancara. Em julho do ano passado, um cessar-fogo entre a Turquia e o grupo entrou em colapso, aumentando assim os ataques contra o país.

EK/ap/rtr

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