Ucrânia confirma hackeamento de sistema eleitoral da Rússia
16 de março de 2024
"Lá não há mesmo eleições nem democracia", comentou funcionário do Serviço de Inteligência Militar ucraniano. Pleito de três dias já tem vencedor praticamente garantido: Vladimir Putin, prolongando mandato até 2030.
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Especialistas cibernéticos do Serviço de Inteligência Militar da Ucrânia (GUR) hackearam o sistema de serviços públicos através do qual é realizada a votação eletrônica nas eleições presidenciais da Rússia, informou neste sábado (16/03) a agência de notícias ucraniana Ukrinform, pouco depois de o partido do Kremlin, Rússia Unida, ter denunciado ataques informáticos.
Segundo fontes de inteligência citadas pela agência, os hackers do GUR conseguiram penetrar "todos os sistemas de proteção" e continuarão seus ataques contra o sistema até o fim da votação. Ao confirmar ao jornal Kyiv Independent as ofensivas cibernéticas, um funcionário do GUR comentou: "Lá não tem eleições nem democracia, de qualquer modo."
Rússia diz estar resistindo
A chefe da Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia, Ela Pamfilova, afirmou na véspera que cerca de 10.500 ataques contra o sistema de votação eletrônica foram bloqueados desde o início do escrutínio, nesta sexta-feira.
O partido Rússia Unida também informou neste sábado que vem sofrendo ataques DDoS (negação de serviço) em grande escala em todos os seus serviços eletrônicos, mas garante que os está repelindo.
Desde a sexta-feira Rússia realiza uma eleição presidencial pseudodemocrática, cujo resultado há muito já está previsto: Vladmir Putin, que comanda o país há 25 anos, ganhará um quinto mandato, permanecendo à frente do Kremlin pelo menos até 2030.
A única figura declaradamente de oposição, o político liberal Boris Nadezhdin, foi impedido de concorrer por tribunais russos, inclusive a Suprema Corte, após recurso. O pleito se estende até o domingo.
av (EFE,ots)
Imagens da guerra na Ucrânia ganham Prêmio Pulitzer 2023
Premiação reconhece trabalho fotojornalístico da agência de notícias AP na cobertura do conflito. A DW selecionou algumas das imagens premiadas.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP/picture alliance
Ataques em áreas residenciais
Natali Sevriukova ao lado de sua casa, destruída num ataque à capital ucraniana, Kiev, em 25 de fevereiro de 2022, logo no início da guerra lançada pela Rússia.
Foto: Emilio Morenatti/AP/picture alliance
Fuga em massa
Ucranianos se aglomeram sob uma ponte destruída enquanto tentam fugir pelo rio Irpin, nos arredores de Kiev, em 5 de março de 2022.
Foto: Emilio Morenatti/AP/dpa/picture alliance
Cenário de guerra
Mulher caminha entre tanques russos destruídos em Bucha, nos arredores de Kiev, em 3 de abril de 2022.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
A dor da perda
Nadiya Trubchaninova, de 70 anos, chora diante do caixão do filho Vadym, de 48, morto por soldados russos em Bucha. A imagem foi feita durante o funeral no cemitério de Mykulychi, nos arredores de Kiev, em 16 de abril de 2022.
Foto: Rodrigo Abd/AP Photo/picture alliance
Cenas que rodaram o mundo
Equipes de resgate e policiais ucranianos evacuam a grávida ferida Iryna Kalinina, de 32 anos, de uma maternidade destruída por um ataque aéreo russo em Mariupol, em 9 de março de 2022.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP/dpa/picture alliance
Alvos civis
Explosão irrompe de um prédio residencial em Mariupol, no leste da Ucrânia, bombardeado por um tanque do Exército russo em 11 de março de 2022.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP/dpa/picture alliance
Vidas destruídas
Anastasia Ohrimenko, de 26 anos, é consolada por parentes e amigos enquanto chora perto do caixão contendo o corpo do marido, Yury Styglyuk, durante seu funeral em Bucha, em 31 de agosto de 2022. Soldado ucraniano, ele morreu em combate em Maryinka, na região de Donetsk.
Foto: Emilio Morenatti/AP Photo/picture alliance
Desespero em hospital
Pessoas deitam no chão de um hospital durante bombardeio das forças russas em Mariupol, em 4 de março de 2022.
Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo/picture alliance
Destruição por todos os lados
Homem olha para edifícios destruídos durante os ataques russos a Borodyanka, nos arredores de Kiev, em 4 de junho de 2022.