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Ucrânia desocupa prédio e prende separatistas

8 de abril de 2014

Prédio da administração regional na cidade de Kharkiv é desocupado e cerca de 70 separatistas são presos. Rússia adverte sobre o uso da força contra os manifestantes.

Manifestante pró-Rússia atacam ucranianos em KharkivFoto: Reuters

Forças especiais da polícia ucraniana desocuparam nesta terça-feira (08/04) a sede da administração regional na cidade de Kharkiv, ocupada desde domingo por manifestantes pró-russos, afirmou o presidente interino da Ucrânia, Olexander Turtchinov.

Segundo ele, cerca de 70 separatistas foram detidos. O governo disse que a operação policial foi levada a cabo sem o uso de armas de fogo. No domingo, mais de 2.000 manifestantes com bandeiras russas concentraram-se em frente ao edifício, e algumas dezenas forçaram a entrada antes da atuação das forças de segurança.

Turchinov alertou que os separatistas que pegam em armas e invadem edifícios no leste do país serão tratados como terroristas e criminosos e julgados com a força da lei. Segundo ele, as forças de segurança não pegarão em armas contra os manifestantes pacíficos.

Já o governo da Rússia advertiu a Ucrânia sobre o uso da força contra os manifestantes. Ainda é incerto se as forças especiais da Ucrânia entrarão em ação para retomar prédios administrativos que foram invadidos em Donetsk e Lugansk, que permanecem em poder de manifestantes pró-Rússia.

O leste da Ucrânia tem uma grande população de etnia russa, e era a base de apoio do presidente deposto, Viktor Yanukovytch. O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, acusa o governo russo de estimular a desordem e de criar um pretexto para enviar tropas de anexação, a exemplo do que ocorreu na Crimeia.

"O plano é desestabilizar a situação para que tropas estrangeiras atravessem as fronteiras e tomem os territórios do país, o que nós não iremos permitir", disse o primeiro-ministro ucraniano.

Em Paris, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, apelou à Rússia para não agravar a situação no leste da Ucrânia e alertou para "consequências graves" de uma intervenção que constituiria um "erro histórico". "Apelo à Rússia para recuar e para não agravar a situação no leste da Ucrânia", declarou.

RCC/afp/rtr/ap/lusa

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