A União Europeia (UE) atingiu nesta terça-feira (27/07) a meta de vacinar, com ao menos a primeira dose, 70% de adultos contra a covid-19 até o fim de julho.

"É um momento de que a UE pode se orgulhar coletivamente", observou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

Kyriakides acrescentou que 57% dos adultos da UE estão totalmente vacinados, ou seja, já receberam as duas doses, no caso de vacinas como as da Pfizer, Moderna e AstraZeneca, ou a dose única, como no caso da Janssen.

Projeções indicam que a UE deverá atingir o objetivo de assegurar a vacinação completa de pelo menos 70% dos adultos até o final do verão europeu, em setembro.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que "a União Europeia cumpriu a sua palavra e cumpriu o prometido". Ela disse que os números colocam a União Europeia entre os líderes mundiais na vacinação.

Von der Leyen e Kyriakides também apelaram àqueles que ainda não se vacinaram que o façam. "A ameaça de variantes mais transmissíveis está presente e é real, com o número de casos aumentando novamente em todos os Estados-membros e alguns ficando preocupantemente para trás na vacinação", disse a comissária.

Ela pediu aos cidadãos para que confiem na ciência e se vacinem para protegerem a si próprios e aos outros à sua volta.

Campanha com problemas

A vacinação na UE começou de forma lenta, com atrasos nas entregas, remessas em quantidades menores do que o acertado e acusações por Bruxelas de que as fabricantes, sobretudo a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, estavam privilegiando outros países.

A campanha de vacinação ainda foi marcada por desconfianças em relação às vacinas devido aos registros de efeitos colaterais raros, como formação de coágulos sanguíneos no caso da vacina da AstraZeneca.

Mais recentemente, a discussão gira em torno de "privilégios" para quem já tomou a vacina, o que causou revolta entre pessoas que não querem se vacinar.

Na Alemanha, 50% completamente vacinados

Já na Alemanha, mais da metade da população foi completamente imunizada contra a covid-19, enquanto 61% receberam ao menos uma dose, anunciou nesta quarta-feira o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn.

Embora o país não enfrente escassez de vacinas, o ritmo de imunização vem diminuindo. A questão será um dos temas a serem discutidos em uma reunião da chanceler federal, Angela Merkel, com os governadores dos 16 estados alemães no dia 10 de agosto.

Para a ministra de Integração, Annette Widmann-Mauz, uma das estratégias para incentivar as pessoas a se vacinarem pode ser oferecer informações em outros idiomas, já que uma em cada quatro pessoas na Alemanha tem histórico de imigração.

as (ots, Lusa)