A Comissão Europeia defendeu, nesta quarta-feira (28/01), em Bruxelas, um "financiamento substancialmente superior" dos países desenvolvidos para combater o aquecimento global. A intenção é alcançar um acordo "abrangente e ambicioso" na próxima conferência da ONU sobre alterações climáticas, que acontecerá no mês de dezembro em Copenhague, na Dinamarca.

De acordo com a Comissão, as metas que devem ser fixadas depois de expirado o Protocolo de Kyoto, em 2012, só serão alcançadas se o "mundo desenvolvido" apoiar mais os países em desenvolvimento.

Segundo as estimativas da União Europeia, para que as emissões dos gases que produzem o efeito estufa possam ser reduzidas, o investimento mundial líquido deverá subir para aproximadamente 175 bilhões de euros por ano até 2020. Os países em desenvolvimento irão necessitar de mais da metade desta quantia.

"O tratamento das causas e impactos das alterações climáticas vai exigir um significativo investimento público e privado ao longo das próximas décadas. No entanto, o custo desse investimento será muito menor do que se deixarmos as alterações climáticas continuarem o seu curso destrutivo", afirmou o comissário de Meio Ambiente da UE, Stavros Dimas.

As propostas da Comissão Europeia contemplam, também, a criação de um mercado de carbono. Stavros Dimas apontou que esse mercado "deve ser alargado às principais economias emergentes até 2020, com vista à criação de um mercado mundial do carbono". (jba)

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